Encíclica de Francisco focada na ecologia
humana e na Criação
Cidade do Vaticano (RV)
– Ao participar da Assembleia da Caritas Internacional que se realiza em Roma,
o Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter
Turkson, falou aos microfones da Rádio Vaticano sobre a iminente publicação da
Encíclica do Papa Francisco sobre Ecologia humana e natural:
“Acredito que o Papa permanecerá fiel ao
seu projeto original, isto é, o de fazer alguma coisa sobre ecologia humana e
natural. Portanto, acredito que estes dois pontos sempre estarão presentes na
Encíclica: preocupação pela salvaguarda da Criação e a salvaguarda por uma
ecologia e uma antropologia sã. As duas caminham juntas. Não se pode descuidar
da salvaguarda da Criação e depois pretender cuidar da vida humana, o seu
bem-estar, a saúde... As duas coisas caminham sempre juntas”.
RV: Na sua opinião, porque as pessoas estão
tão sensibilizadas em relação ao tema da próxima Encíclica?
“É uma experiência que fizemos no
dicastério... Existe sempre um grupo de críticos... Para esta Encíclica o tema
é a salvaguarda da Criação e já existia no Pontificado de Paulo VI, e João
Paulo II promoveu este chamado à conversão ecológica que já existia naqueles
anos. O que fez o Papa Francisco foi amplificar este assunto e este tema, visto
que temos agora tantíssimas provas do efeito deste tratamento abusivo do
ambiente. Se a Bíblia utiliza o paradigma do “jardim” para a Terra, isto nos
convida a conservar a sua beleza, mas também a sua delicadeza e a possibilidade
de destruir este jardim, convertendo-o em um deserto”.
RV: Em outras palavras, o resgate do homem
e o resgate da natureza andam necessariamente juntos…
“Se não existe a casa onde viver, se não
existe um bonito lugar que se pode chamar de casa, como consigo viver com este
corpo? A vida do homem e o ambiente desta vida estão ligados: se o ambiente é
destruído, a própria pessoa é destruída”. (JE-Sedoc)
A beatificação do arcebispo Oscar Arnulfo Romero - O defensor
dos pobres
Com a beatificação do arcebispo Oscar
Arnulfo Romero – celebrada em nome do Papa pelo cardeal Angelo Amato, prefeito
da Congregação para as causas dos santos, no dia 23 de Maio, em São Salvador –
é elevado às honras dos altares um mártir da Igreja do Vaticano II, um pastor
que mediu a sua ação segundo as linhas do concílio e a sucessiva reflexão do
episcopado latino-americano nas grandes assembleias do Continente.
O seu exemplo suscitou uma admiração
extraordinária na Igreja católica e o eco da sua morte e do seu testemunho
chegou a muitos cristãos de outras confissões. E a própria sociedade civil
ficou admirada com ele. As Nações Unidas, por exemplo, proclamaram 24 de Março,
data do seu martírio, dia internacional para o direito à verdade sobre graves
violações dos direitos humanos e pela dignidade das vítimas.
Certamente, o mundo mudou desde 1980,
quando Romero foi assassinado para que a sua voz silenciasse. Hoje monseñor – assim o chamava
o povo –ressoa ainda mais do que então. E a sua beatificação sob o pontificado
do primeiro Papa latino-americano confere ao testemunho de Romero uma força
particular. A afirmação do Papa Francisco: «Como gostaria de uma Igreja pobre,
para os pobres», liga fortemente Romero com o hoje da Igreja e com a sua
missão. Um relatório não muito favorável à ação pastoral do prelado
realçava:«Romero escolheu o povo e o povo escolheu Romero». E isto que para
alguns parecia uma nota negativa, era na verdade o elogio mais bonito. Ele
«sentia o cheiro das ovelhas» e elas ouviam a sua voz e seguiam-na. É comovedor
ver ainda hoje os camponeses salvadorenhos falar com ele quando estão de
joelhos diante do seu túmulo».
Vincenzo Paglia, Postulador
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
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