quarta-feira, 3 de junho de 2015

NOTÍCIAS DA IGREJA: PAPA FRANCISCO

Encíclica de Francisco focada na ecologia humana e na Criação
Cidade do Vaticano (RV) – Ao participar da Assembleia da Caritas Internacional que se realiza em Roma, o Presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, Cardeal Peter Turkson, falou aos microfones da Rádio Vaticano sobre a iminente publicação da Encíclica do Papa Francisco sobre Ecologia humana e natural:
“Acredito que o Papa permanecerá fiel ao seu projeto original, isto é, o de fazer alguma coisa sobre ecologia humana e natural. Portanto, acredito que estes dois pontos sempre estarão presentes na Encíclica: preocupação pela salvaguarda da Criação e a salvaguarda por uma ecologia e uma antropologia sã. As duas caminham juntas. Não se pode descuidar da salvaguarda da Criação e depois pretender cuidar da vida humana, o seu bem-estar, a saúde... As duas coisas caminham sempre juntas”.
RV: Na sua opinião, porque as pessoas estão tão sensibilizadas em relação ao tema da próxima Encíclica?
“É uma experiência que fizemos no dicastério... Existe sempre um grupo de críticos... Para esta Encíclica o tema é a salvaguarda da Criação e já existia no Pontificado de Paulo VI, e João Paulo II promoveu este chamado à conversão ecológica que já existia naqueles anos. O que fez o Papa Francisco foi amplificar este assunto e este tema, visto que temos agora tantíssimas provas do efeito deste tratamento abusivo do ambiente. Se a Bíblia utiliza o paradigma do “jardim” para a Terra, isto nos convida a conservar a sua beleza, mas também a sua delicadeza e a possibilidade de destruir este jardim, convertendo-o em um deserto”.
RV: Em outras palavras, o resgate do homem e o resgate da natureza andam necessariamente juntos…
“Se não existe a casa onde viver, se não existe um bonito lugar que se pode chamar de casa, como consigo viver com este corpo? A vida do homem e o ambiente desta vida estão ligados: se o ambiente é destruído, a própria pessoa é destruída”. (JE-Sedoc)

A beatificação do arcebispo Oscar Arnulfo Romero - O defensor dos pobres

Com a beatificação do arcebispo Oscar Arnulfo Romero – celebrada em nome do Papa pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as causas dos santos, no dia 23 de Maio, em São Salvador – é elevado às honras dos altares um mártir da Igreja do Vaticano II, um pastor que mediu a sua ação segundo as linhas do concílio e a sucessiva reflexão do episcopado latino-americano nas grandes assembleias do Continente.
O seu exemplo suscitou uma admiração extraordinária na Igreja católica e o eco da sua morte e do seu testemunho chegou a muitos cristãos de outras confissões. E a própria sociedade civil ficou admirada com ele. As Nações Unidas, por exemplo, proclamaram 24 de Março, data do seu martírio, dia internacional para o direito à verdade sobre graves violações dos direitos humanos e pela dignidade das vítimas.
Certamente, o mundo mudou desde 1980, quando Romero foi assassinado para que a sua voz silenciasse. Hoje monseñor – assim o chamava o povo –ressoa ainda mais do que então. E a sua beatificação sob o pontificado do primeiro Papa latino-americano confere ao testemunho de Romero uma força particular. A afirmação do Papa Francisco: «Como gostaria de uma Igreja pobre, para os pobres», liga fortemente Romero com o hoje da Igreja e com a sua missão. Um relatório não muito favorável à ação pastoral do prelado realçava:«Romero escolheu o povo e o povo escolheu Romero». E isto que para alguns parecia uma nota negativa, era na verdade o elogio mais bonito. Ele «sentia o cheiro das ovelhas» e elas ouviam a sua voz e seguiam-na. É comovedor ver ainda hoje os camponeses salvadorenhos falar com ele quando estão de joelhos diante do seu túmulo».
Vincenzo Paglia, Postulador

Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Junho 2015
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br