quarta-feira, 5 de março de 2014

PALAVRA DO PÁROCO

Vamos Caminhar

A vida é dinâmica! Precisamos estar sempre atentos aos acontecimentos. Neste mês, a Igreja nos coloca num tempo muito especial que é a Quaresma.

Tempo para parar um pouco de ouvir tantos barulhos e sim ouvir o que Deus tem a nos dizer. Em primeiro lugar, Ele nos convida a uma mudança de vida. No nosso coração devemos tirar o que não presta e deixar a graça de Deus reinar em nós. Vamos procurar nesta Quaresma tirar pelo menos um defeito de nossa vida.

O primeiro passo é ter uma vida de oração.

A nossa Paróquia esse ano terá um dia de Adoração toda primeira sexta feira do mês.  O Santíssimo estará exposto à espera de sua visita, das 9h às 19h. Vamos adorar Jesus!

Outras iniciativas devem ser tomadas por você. Seja criativo para amar Jesus. Nossa Paróquia oferece muitas oportunidades para você fazer parte do Apostolado do Reino de Deus. Sua participação é a certeza que estamos construindo uma cultura da paz.

Falamos que existe violência. Ela existe.  Podemos diminuir ou acabar a partir de momento que eu, minha família, minha comunidade plantarmos a paz. Nossas atitudes são fundamentais para essa transformação. Eu quero, você quer, nós podemos ter uma sociedade de nossos sonhos.

Venha fazer a experiência de caminhar com Jesus! Vamos caminhar! Nossa Paróquia precisa de pessoas como você. Não deixe o amor que existe em você morrer.

Frei Egisto Cansian, OAR.


Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Março 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br

A ESPIRITUALIDADE DO TEMPO DA QUARESMA

A expressão Quaresma é originária do latim, quadragesima dies (quadragésimo dia). O adjetivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais raro, quadragesimal (1).

O tempo da Quaresma inicia-se na Quarta – Feira de Cinzas até a Missa de Quinta – Feira Santa, ou Ceia do Senhor. Por tanto, são quarenta dias que nós, fiéis católicos, temos para fazermos um itinerário cristão de conversão para nos configurarmos a Jesus Cristo que também foi tentado quarenta dias no deserto.

No Antigo e Novo Testamento encontramos o simbolismo do número quarenta com que ambos representam os momentos salientes da experiência da fé da comunidade judaica e cristã.

Ao analisarmos o número quarenta na Biblia e, em especial no Antigo Testamento, podemos encontrar os seguintes significados:

Primeiro, na história de Noé, durante o dilúvio (Gn 7, 4.12; 8, 6). Tempo transcorrido na arca, junto com a sua família e com os animais. Após o dilúvio, passarão mais quarenta dias antes de tocar a terra firme.

Segundo, na narrativa referente a Moisés, é o tempo de sua permanência no monte Sinai – quarenta dias e quarenta noites – para receber a Lei ( Ex 24, 18). Quarenta anos dura a viagem do povo judeu do Egito para a Terra prometida (Dt 8, 2.4).

Terceiro, na descrição do profeta Elias que leva quarenta dias para chegar ao monte Horeb, onde se encontra com Deus ( 1 Rs 19, 8). Os cidadãos de Nínive fazem penitência durante quarenta dias para obter o perdão de Deus ( Gn 3, 4).

Quarto, na propria contagem dos Quarenta anos que duraram os reinados de Saul ( At 13, 21), de Davi ( 2 Sm 5, 4-5) e de Salomão ( 1 Rs 11, 41), os três primeiros reis de Israel.

Quinto, no livro dos Salmos se apresentam como um simbolismo que está presente no Salmo 95, no trecho em que se recita “Durante quarenta anos essa geração desgostou-me”. Já no Novo Testamento, podemos encontrar os seguintes significados:

Primeiro, Jesus foi levado por Maria e José ao Templo, quarenta dias após o seu nascimento, para ser apresentado ao Senhor ( Lc 2, 22).

Segundo, Jesus, antes de iniciar a sua vida pública, retira-se no deserto por quarenta dias e quarenta noites, sem comer nem beber ( Mt 4, 2; Mc 1, 13; Lc 4, 1-2).

Terceiro, durante quarenta dias Jesus ressuscitado instrui os seus discípulos, antes de subir ao Céu e enviar o Espírito Santo ( At 1, 3).

Esta preparação de quarenta dias é feita através de jejum, abstinência de carne, mortificações, caridade e orações. “Por tanto, todos os fiéis, cada qual a seu modo, têm obrigação de fazer penitência.

Prescreve-se, neste contexto disciplinar, que nos dias de penitência os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência, segundo as normas do Direito Canônico” (2).

“Os fiéis são exortados a guardarem a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades. Os fiéis devem seguir o preceito da abstinência e do jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo” (3).

Portanto, neste tempo precioso, nós cristãos católicos, somos chamados a nos prepararmos na comunidade para a celebração da festa pascal, onde celebraremos a ressurreição e a vitória de Cristo depois do seu sofrimento e morte, conforme narrados nos Evangelhos.

Frei Laércio da Cruz, OAR.

Veja mais textos sobre a Quaresma no site da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes: 
http://www.pnslourdes.com.br/lit_quaresma.htm com os temas:

(1) Enciclopédia Barsa Universal (em português). 2 ed. São Paulo: Barsa Planeta, 2009. 4955 p. 18 vol. vol. 14.
(2) Igreja Católica. Código de Direito Canônico (em português). Cân. 1249. 4 ed. Lisboa: Conferência Episcopal Portuguesa, 1983.

(3) Ibid. Cân. 1251



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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Todos sabem que o preconceito é um marco presente na vida da humanidade e a mulher não ficou de fora, em razão dele sofreu grandes perdas.

Ao longo da história, as mulheres estiveram sempre subjugadas às vontades dos homens, a trabalhar como serviçais, sem receber nada pelo seu trabalho ou então ganhavam um salário injusto, que não dava para sustentar sua família.

Em razão desses e tantos outros modos de discriminação, as mulheres se uniram para buscar maior respeito aos seus direitos, ao seu trabalho e à sua vida.

A discriminação era tão grande e séria que chegou ao ponto de operárias de uma fábrica têxtil serem queimadas vivas, presas à fábrica em que trabalhavam (em Nova Iorque) após uma manifestação onde reivindicavam melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária de 16 para 10 horas diárias, salários iguais aos dos homens – que chegavam a ganhar três vezes mais no exercício da mesma função.

Porém, em 8 de março de 1910, aconteceu na Dinamarca uma conferência internacional feminina, onde assuntos de interesse das mulheres foram discutidos, além de decidirem que a data seria uma homenagem àquelas mortas carbonizadas.

No governo do presidente Getúlio Vargas as coisas no Brasil tomaram outro rumo. Com a reforma da constituição, acontecida em 1932, as mulheres brasileiras ganharam os mesmos direitos trabalhistas que os homens, conquistaram o direito ao voto e a cargos políticos do executivo e do legislativo.

Ainda em nosso país, há poucos anos, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da grande luta pelos direitos da mulher, garantindo bons tratos dentro de casa, para que não sejam mais espancadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais deles.

Mas a mulher não desiste de lutar pelo seu crescimento, o dia 8 de março não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas um dia para se firmarem discussões que visem à diminuição do preconceito, onde são discutidos assuntos que tratam da importância do papel da mulher diante da sociedade, trazendo sua importância para uma vida mais justa em todo o mundo.


HOMENAGEM À MULHER





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AGENDA DE MARÇO


01
SAB
1ª sexta Hora Santa e Missa a partir das 18h00

02
DOM
8° Domingo do Tempo Comum: Mt 6,24-34
(Confiança no Pai)

03
SEG
Terço dos Homens às 20h00

04
TER
Carnaval

05
QUA
Quarta feira de Cinzas às 19h00
Dia de Jejum e Abstinência
Mt 6,1-6.16-18 (A esmola, a oração e o jejum)

08
SAB
Dia Internacional da Mulher

09
DOM
1.º Domingo da Quaresma: Mt 4,1-11
(A Tentação de Jesus)
Missa da Família  19h00

15
SAB
Reunião LM às 15h00

16
DOM
2.º Domingo da Quaresma: Mt 17,1-9
(Transfiguração)

19
QUA
São José: Missa Solene às 19h00

20
QUI
Preparação de Pais e Padrinhos p/ Batismo às 20h00

22
SAB
Santa Rita – Missa às 15h00
Oração pelas Famílias às 16h30 – Pastoral Familiar, com o tema "Como se preparar para a Páscoa em Família?"

23
DOM
3.º Domingo da Quaresma: Jo 4,5-42
(Samaritana)

29
sab
Bazar Beneficente às 08h00
Missa c/ Oração de Cura e Libertação às 18h00

30
DOM
4.º Domingo da Quaresma
(Cego de Nascença)







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MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA



Queridos irmãos e irmãs!

Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão.

Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9).

O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade.

A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de Cristo

Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15).

A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano.Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na beira da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito (cf. Rm 8, 29).

Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunho

Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiênicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diaconia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo.

O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína econômica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.

Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Papa Francisco



Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Março 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
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ACONTECEU NA IGREJA

PAPA ORGANIZA NOVA ESTRUTURA DE GESTÃO ECONÔMICA

Por meio do Motu Proprio Fidelis dispensator et prudens, o papa Francisco constituiu uma nova estrutura de gerenciamento econômico da Santa Sé e do Vaticano. A Secretaria para a Economia terá o atual arcebispo de Sidney (Austrália), cardeal George Pell, como dirigente.

A expressão Fidelis dispensator et prudens pode ser traduzida como “gerente fiel e prudente”. Para o papa, no texto do Motu Proprio, o administrador “tem a tarefa de cuidar atentamente daquilo que lhe foi confiado, assim a Igreja tem consciência da responsabilidade de tutelar e gerir com atenção os próprios bens, à luz da sua missão de evangelização e com particular solicitude para com os necessitados."

De acordo com o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi, em entrevista à Rádio Vaticano, o novo organismo é a autoridade sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano. “Uma instituição forte, que coordena toda esta dimensão da realidade operativa dentro da Santa Sé e da Cidade do Vaticano: prepara os balanços, publica os balanços e responde a um Conselho”. O conselho é composto por 15 membros, sendo oito eclesiásticos (cardeais ou bispos) e sete leigos especialistas em problemas econômicos e financeiros.

Outra instituição é o Setor do Revisor Geral que tem a incumbência de executar as tarefas de revisão nos balanços e situações econômicas.

Algumas funções e estruturas permanecem sem alteração, como a Autoridade de Informação Financeira (AIF), instituição autônoma em relação às outras, responsável por colaborar com as unidades de informação financeira de outros Estados.

No que se refere ao combate à lavagem de dinheiro; a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Aspa), com a função reiterada de Banco Centro para o Estado da Cidade do Vaticano e o Instituto para as Obras de Religião (IOR), que, segundo Lombardi, continua sendo objeto de estudo e reflexão, mas é apenas uma pequena parte dentro do horizonte mais amplo “que diz respeito às dimensões econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano em seu conjunto”.


PRIMEIRO CONSISTÓRIO DO PAPA FRANCISCO CONTOU COM A PRESENÇA DO PAPA EMÉRITO BENTO XVI

O primeiro Consistório do Papa Francisco contou com a presença do Papa emérito Bento XVI sentado entre os cardeais.

A imagem de Francisco saudando Bento é daquelas que ficarão para a história. Dois homens generosos, humildes e simples, essenciais para este período da Igreja.

O arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta junto com outros 18 bispos foram criados cardeais na cerimônia que aconteceu no dia 22 de fevereiro, na Basílica de São Pedro.

Consistório, “sentar juntos”, é uma assembleia de Cardeais, presidida pelo Papa, para tratar de assuntos da Igreja. Participam do consistório os Cardeais e aqueles que já foram anunciados cardeais. Estes são os assessores imediatos do Papa, seus conselheiros.

Durante o Consistório serão aprofundadas a teologia e a pastoral da família, que deve ser implementada no contexto atual.  O Papa Francisco pediu aos cardeais que ajudem a refletir sobre a realidade da família com profundidade sem cair na “casuística”. “Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, afirmou Francisco.

Nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2014, o Papa e os Cardeais refletiram sobre temas relacionados à família, “que é a célula fundamental da sociedade humana”. “Ajudemos os esposos a viverem com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades, com uma pastoral inteligente, corajosa e permeada de amor”, exortou o Papa.

As reflexões sobre a realidade da família neste Consistório incluem-se na preparação do próximo Sínodo dos Bispos, que será realizado, de 5 a 19 de outubro de 2014, durante o qual serão abordados os desafios pastorais da família, no contexto da evangelização.

CNBB

Papa nomeia bispos brasileiros para Conselho do Vaticano
O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal João Braz de Aviz e o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta foram nomeados pelo papa Francisco para o Pontifício Conselho para os Leigos.
O papa também nomeou alguns consultores do Conselho para os Leigos, entre eles, o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira Corrêa e frei Hans Stapel, fundador e presidente da Associação Internacional de Fiéis - Família da Esperança. As nomeações foram feitas nesta quinta-feira, 6. Na foto, dom João Braz, dom Alberto e dom Orani.
Irão integrar o Conselho, outros cardeais indicados pelo papa, entre os quais o arcebispo de Viena (Áustria), ChristophSchoborn, o de Milão (Itália), Angelo Scola, o de Nairóbi (Quênia), John Njue, o de Munique (Alemanha), Reinhard Marx, de Manila (Filipinas), Luis Antônio Tagle.
O Pontifício Conselho para os Leigos colabora com o papa nas questões voltadas a atuação dos leigos que atuam na missão da Igreja, seja meio de organismos ou de forma individual. A proposta de criação deste conselho teve como base as indicações do decreto do Concílio Vaticano II sobre o apostolado dos leigos: Apostolicam Actuositatem, n. 26. Em 6 de janeiro de 1967 foi aprovada a instalação do órgão pelo papa Paulo VI.




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ACONTECEU NA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

Dom Odilo celebra 12 anos de bispo

Na festa da Apresentação do Senhor no Templo, o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano, completou doze anos de ordenação episcopal. A missa que marcou a homenagem da Arquidiocese aconteceu no próprio domingo (2), na Catedral da Sé. Crianças entregaram ao cardeal doze flores e ele foi calorosamente abraçado pelos fiéis presentes.

Na homilia, dom Odilo falou sobre o ministério episcopal, alertando para o fato de não se tratar de mérito pessoal, ou privilégio profissional, mas de graça e serviço. O arcebispo agradeceu poder servir à Igreja por tanto tempo e confessou que os anos passaram rápido, talvez por São Paulo ser muito desafiadora e ter muito trabalho.

Gaúcho de nascimento, dom Odilo cresceu, no entanto, no Paraná. Foi ordenado bispo em Toledo (PR), Toledo, e veio para São Paulo para ser auxiliar do cardeal dom Cláudio Hummes, em 2002.

Nomeado pelo papa Bento 16 para suceder dom Cláudio em São Paulo em março de 2007, foi criado cardeal em novembro do mesmo ano.


Toma posse novo diretor responsável pelo jornal O São Paulo

O Jornal O São Paulo, semanário da maior arquidiocese do Brasil, que há 59 anos leva informações da igreja para toda cidade, está sob nova direção. Pe. Michelino Roberto, tomou posse na tarde do dia 3/2, na cúria metropolitana.

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, conduziu a cerimônia de posse e agradeceu o cônego Antonio Aparecido (Pe. Cido) pelos 31 anos de serviços prestados ao jornal, sendo 14 como diretor.

Dom Odilo externou sua gratidão e enfatizou o conhecimento do Pe. Cido acerca do jornal. Destacou a tese de mestrado sobre o semanário defendida pelo ex-diretor, além da profunda identificação com o jornal e sua história. “Em nome da Arquidiocese de São Paulo, os meus mais profundos agradecimentos pelo seu trabalho e dedicação ao jornal O São Paulo. Esta é uma história que fica narrada, arquivada e que, naturalmente, fica para que o futuro diga sua palavra sobre o trabalho feito”.

Pe. Cido deixa a direção do jornal consciente de que desempenhou com eficácia o que lhe foi confiado. Ele enalteceu a equipe de redação do jornal, “composta por jornalistas que se entendem e amam a igreja”. E salientou que, para um jornalista atuar em meios de comunicação da Igreja, é necessário que seja compromissado com Ela. “Se não, não há credibilidade com aquilo que comunica”. “Desejo ao padre Micheli toda alegria, pois ele terá muitas alegrias no jornal O São Paulo e irá colocar a serviço da Igreja tudo o que ele aprendeu e tem no coração”. Concluiu.

O arcebispo lembrou o quão é difícil manter um jornal impresso e ratificou que Pe. Michelino terá tempo para pensar e discutir sobre as melhorias para o periódico, a fim de que ajude o semanário a cumprir sua missão na Arquidiocese. Dom Odilo afirmou que a finalidade de um jornal não é ser produzido para poucos leitores ou usá-lo como arquivo. Ele tem que ser lido. “Nós gostaríamos que o jornal O São Paulo pudesse chegar a muitas mãos. Que, no seu trabalho, possa ajudar que o jornal atinja este objetivo”. Disse dom Odilo ao novo diretor.

Dom Odilo visitou o Papa Francisco no Vaticano

Pela primeira vez, o papa Francisco e o cardeal Odilo Pedro Scherer puderam conversar em particular sobre alguns dos temas mais importantes para a Igreja em São Paulo. Em entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO em Roma, o Arcebispo de São Paulo revelou que os dois refletiram sobre a necessidade de se realizar uma verdadeira “retomada missionária” nas grandes metrópoles urbanas de todo o mundo. Eles recordaram o forte exemplo do Beato Padre José de Anchieta, um dos primeiros jesuítas enviados por Santo Inácio de Loyola ao Brasil, em 1553, cuja canonização “está próxima”.

O encontro ocorreu na manhã do dia 15 de fevereiro, um sábado, em audiência que durou pouco mais de meia hora, como já é costume  no Vaticano. Dom Odilo contou que a conversa com o Papa foi simples. “Foi um encontro bonito. O Papa estava muito tranquilo, afável, amoroso. Ele nos deixa muito à vontade.”

Em poucos minutos, o Cardeal expôs um pouco da realidade da Igreja em São Paulo e suas prioridades – conforme o Plano Pastoral da Arquidiocese, entre elas estão a “permanente missão”, a necessidade de formação dos fiéis, e o esforço para evangelizar os jovens. “O Papa falou sobre sua experiência em Buenos Aires, capital da Argentina, que também é uma grande cidade, e perguntou como se faz o trabalho da Igreja na metrópole paulistana”, detalhou dom Odilo, referindo-se ao fato de que Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, foi arcebispo metropolitano de Buenos Aires por 15 anos, antes de ser eleito Bispo de Roma em março de 2013.

Embora a Arquidiocese de Buenos Aires seja bem menor que a Arquidiocese de São Paulo, as dificuldades pastorais são parecidas. As grandes cidades possuem graves desigualdades sociais, o tráfico de drogas e de pessoas, o abandono de idosos e doentes, a exploração de menores e diversas outras formas de violência. “A presença da Igreja nas grandes cidades é uma reflexão profunda, compartilhada por outras áreas metropolitanas do mundo”, disse o Cardeal, explicando que o Papa concorda com essa percepção. De fato, na exortação apostólica Evangelii Gaudium (“A Alegria do Evangelho”), Francisco fala da problemática da Igreja nas cidades, afirmando que é preciso “criar espaços de oração e comunhão com características inovadoras, mais atraentes e significativas para as populações urbanas”.

Dom Odilo comentou com o Papa sobre “a dificuldade de a Igreja estar próxima das pessoas, uma vez que também a vida urbana é muito absorvente e deixa pouco espaço e tempo para o envolvimento com a Igreja”. Mas, segundo o Cardeal, é preciso continuar a “bater nas portas” e buscar soluções. “Em São Paulo, há vários anos, assumimos o versículo do salmo 48, ‘Deus habita esta cidade’, certos de que a metrópole não está esquecida de Deus. Nós, como Igreja, temos a missão de dar testemunho dessa presença amorosa de Deus junto de todos os seus filhos, ainda mais quando se encontram no abandono social e no meio de sofrimentos”, disse.




Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Março 2014
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