Brasil: Mais Ordem para ter
Progresso
A morte do cinegrafista ferido por um rojão durante um
protesto no Rio de Janeiro ecoou em todos os jornais, rádios e telejornais,
acirrando opiniões sobre a violência e a insegurança reinantes em nosso país.
Manifestações violentas, blackblocs,
tentativa de assaltos que terminam em morte, arrastões, ação de justiceiros e
etc. são manchetes estampadas na mídia que nos fazem refletir sobre os rumos de
nossa sociedade,
Certa vez, Kofi Annan, antigo Secretário-Geral da ONU,
definiu um país desenvolvido como "aquele que permite que todos os
cidadãos desfrutem de uma vida livre e saudável em um ambiente seguro”.
Diante de tal pensamento e da atual realidade da sociedade
brasileira, chegamos a conclusão que apesar de ser a sétima economia do mundo,
nosso país, ainda tem que vencer grandes desafios para estar inserido no rol
dos países desenvolvidos.
Um país é considerado desenvolvido quando possui alto nível
de desenvolvimento econômico e social, levando em conta alguns critérios de
análise. Um desses critérios é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que
mensura a riqueza, educação e esperança média de vida de um país, ou seja, mede
o bem-estar de uma determinada população. Os países desenvolvidos geralmente
são os que apresentam IDH elevado. Países que não se enquadram em tais
definições são qualificados como países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.
Infelizmente, os problemas políticos e sociais do nosso país nos deixam muito longe de
sermos considerados um país desenvolvido. Corrupção, nepotismo, descaso com políticas públicas para a população,
utilização da máquina pública para interesses particulares, violência,
criminalidade, saúde, educação, desigualdade social e etc. são apenas alguns de
nossos problemas.
Ao
refletir sobre todas essas questões, diria que a desigualdade social é um dos
grandes problemas do Brasil, pois, enfraquece o crescimento econômico, gerando
altos níveis de criminalidade e insegurança.
No campo da segurança pública, educação e
saúde observa-se uma crise crônica com dificuldade de solução em curto prazo,
pois, tais mudanças dependem de alterações intensas no procedimento de gestão
e, sobretudo, de um profundo choque de moralização de comportamentos. O pouco
rigor no cumprimento das leis aliado às injustiças sociais esclarece, em parte,
a intensificação da violência no Brasil.
Como brasileira gosto de pensar no lado positivo de meu país. Porém, é impossível ficar alheia à
classe política que nos envergonha com sucessivos escândalos, aos bandidos que
matam por R$10 ou aos blackblocs que
dizem praticar uma “violência simbólica” que tirou a vida de um cinegrafista em
pleno exercício de sua função. Além do mais, não se pode fechar os olhos para as pessoas que morrem
em filas de hospitais públicos ou para aqueles que parecem “zumbis” nas ruas
por conta do uso de drogas.
O Brasil é um país com grandes recursos e possibilidades. Afinal, foi uma das primeiras
economias a superar a crise global, mas diante de tanto descaso chegará algum
dia a se tornar uma nação considerada desenvolvida?
Quero
crer que sim. Mas, para isso o Brasil ainda tem muito a fazer em áreas que
incluem redução da desigualdade, a melhoria da educação, reformas nas
instituições públicas, combate à corrupção, combate à violência e até mesmo
respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos.
Vanusa do Reis Coêlho Rodrigues
Vanusa Coêlho é
graduada em Ciências Contábeis e Letras/Inglês. Possui Mestrado em Psicologia
da Educação (PUC/SP); MBA em Recursos Humanos (FGV). É Especialista em Educação
Lúdica, Neuroaprendizagem e em Psicopedagogia Clínica e institucional (PUC/SP).
ÉPersonalCoach e Practitioner em Programação Neurolinguística. Possui Certificação
em Mediação PEI e Curso de aperfeiçoamento em TDA/TDAH (EPSIBA/Buenos Aires).
Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Março 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
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