Papa
Francisco e patriarca russo assinam declaração comum em encontro histórico.
“Falamos claramente,
sem meias-palavras, e confesso-vos que senti a consolação do Espírito neste
diálogo”, disse o papa Francisco, após a assinatura da declaração comum com o líder
da Igreja Ortodoxa Russa, patriarca Kirill, durante encontro em Havana, Cuba,
nesta sexta-feira, 12.
O momento foi
considerado histórico, pois reuniu líderes das duas Igrejas após mais de 900
anos de separação. “Apesar desta Tradição comum dos primeiros dez séculos, há
quase mil anos que católicos e ortodoxos estão privados da comunhão na
Eucaristia. Estamos divididos por feridas causadas por conflitos de um passado
distante ou recente, por divergências – herdadas dos nossos antepassados – na compreensão
e explicitação da nossa fé em Deus, uno em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito
Santo”, dizem na declaração.
O documento
representa uma nova fase nas relações entre as Igrejas, que estão “determinadas
a realizar tudo o que seja necessário para superar as divergências históricas”
herdadas e a “unir esforços para testemunhar o Evangelho de Cristo e o
patrimônio comum da Igreja do primeiro milênio, respondendo em conjunto aos
desafios do mundo contemporâneo”.
Entre esses desafios,
os líderes religiosos expressam preocupação com a perseguição dos cristãos,
sobretudo no Oriente Médio e no norte da África. “Em muitos países do Médio
Oriente e do Norte de África, os nossos irmãos e irmãs em Cristo veem
exterminadas as suas famílias, aldeias e cidades inteiras. As suas igrejas são
barbaramente devastadas e saqueadas; os seus objetos sagrados profanados, os
seus monumentos destruídos. Na Síria, no Iraque e noutros países do Médio
Oriente, constatamos, com amargura, o êxodo maciço dos cristãos da terra onde começou
a espalhar-se a nossa fé e onde eles viveram, desde o tempo dos apóstolos, em
conjunto com outras comunidades religiosas”, afirmam.
Ainda no documento,
abordam a importância da liberdade e do diálogo inter-religioso. Segundo o papa
Francisco e o patriarca Kirill, “nas circunstâncias atuais, os líderes
religiosos têm a responsabilidade particular de educar os seus fiéis num
espírito respeitador das convicções daqueles que pertencem a outras tradições
religiosas".
Outras questões
também são abordadas na declaração como as pessoas que vivem em situações de
pobreza, migrantes e refugiados, as famílias.
Após o encontro,
Francisco seguiu viagem para o México.
Para ver a matéria completa e o documento assinado, acesse:
Papa
Francisco pede perdão aos indígenas pelo abuso contra suas terras e sua cultura. Em Chiapas, Francisco fez um duro pronunciamento contra “a dor, o abuso e a
desigualdade”
O
que o governo mexicano mais temia aconteceu: o papa Francisco, cuja liderança
mundial transcende o religioso, chegou na segunda-feira à floresta de Chiapas e
fez um duro pronunciamento contra “a dor, o abuso e a desigualdade” sofridos
pelos povos indígenas que no México somam 11 milhões de pessoas de um total de
50 milhões em toda a América Latina -no Brasil, são quase
um milhão. Jorge Mario Bergoglio pediu perdão aos indígenas e encorajou os
governantes a fazê-lo também por os terem “excluído, menosprezado e expulsado
de suas terras”.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Março de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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