quarta-feira, 2 de março de 2016

NOTÍCIAS DA IGREJA: PAPA FRANCISCO

Papa Francisco e patriarca russo assinam declaração comum em encontro histórico.


“Falamos claramente, sem meias-palavras, e confesso-vos que senti a consolação do Espírito neste diálogo”, disse o papa Francisco, após a assinatura da declaração comum com o líder da Igreja Ortodoxa Russa, patriarca Kirill, durante encontro em Havana, Cuba, nesta sexta-feira, 12.

O momento foi considerado histórico, pois reuniu líderes das duas Igrejas após mais de 900 anos de separação. “Apesar desta Tradição comum dos primeiros dez séculos, há quase mil anos que católicos e ortodoxos estão privados da comunhão na Eucaristia. Estamos divididos por feridas causadas por conflitos de um passado distante ou recente, por divergências – herdadas dos nossos antepassados – na compreensão e explicitação da nossa fé em Deus, uno em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo”, dizem na declaração.

O documento representa uma nova fase nas relações entre as Igrejas, que estão “determinadas a realizar tudo o que seja necessário para superar as divergências históricas” herdadas e a “unir esforços para testemunhar o Evangelho de Cristo e o patrimônio comum da Igreja do primeiro milênio, respondendo em conjunto aos desafios do mundo contemporâneo”.

Entre esses desafios, os líderes religiosos expressam preocupação com a perseguição dos cristãos, sobretudo no Oriente Médio e no norte da África. “Em muitos países do Médio Oriente e do Norte de África, os nossos irmãos e irmãs em Cristo veem exterminadas as suas famílias, aldeias e cidades inteiras. As suas igrejas são barbaramente devastadas e saqueadas; os seus objetos sagrados profanados, os seus monumentos destruídos. Na Síria, no Iraque e noutros países do Médio Oriente, constatamos, com amargura, o êxodo maciço dos cristãos da terra onde começou a espalhar-se a nossa fé e onde eles viveram, desde o tempo dos apóstolos, em conjunto com outras comunidades religiosas”, afirmam.

Ainda no documento, abordam a importância da liberdade e do diálogo inter-religioso. Segundo o papa Francisco e o patriarca Kirill, “nas circunstâncias atuais, os líderes religiosos têm a responsabilidade particular de educar os seus fiéis num espírito respeitador das convicções daqueles que pertencem a outras tradições religiosas".

Outras questões também são abordadas na declaração como as pessoas que vivem em situações de pobreza, migrantes e refugiados, as famílias.

Após o encontro, Francisco seguiu viagem para o México.

Para ver a matéria completa e o documento assinado, acesse:


Papa Francisco pede perdão aos indígenas pelo abuso contra suas terras e sua cultura. Em Chiapas, Francisco fez um duro pronunciamento contra “a dor, o abuso e a desigualdade”


O que o governo mexicano mais temia aconteceu: o papa Francisco, cuja liderança mundial transcende o religioso, chegou na segunda-feira à floresta de Chiapas e fez um duro pronunciamento contra “a dor, o abuso e a desigualdade” sofridos pelos povos indígenas que no México somam 11 milhões de pessoas de um total de 50 milhões em toda a América Latina -no Brasil, são quase um milhão. Jorge Mario Bergoglio pediu perdão aos indígenas e encorajou os governantes a fazê-lo também por os terem “excluído, menosprezado e expulsado de suas terras”.



Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Março de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves

Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP

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