Em Romaria: Dom Paulo Evaristo, uma vida de esperança
Cidade do Vaticano (RV) – “De
Esperança em Esperança” era o lema episcopal de Dom Paulo Evaristo Arns,
falecido aos 95 anos no dia 14 de dezembro.
Considerado uma das figuras mais
destacadas da Igreja católica na América-Latina da segunda metade do Séc. XX
Dom Paulo encontrava-se internado desde o dia 28 de novembro passado no
Hospital Santa Catarina, na capital paulista, em decorrência de uma
broncopneumonia.
Dom Paulo foi criado cardeal em
1973 pelo Papa Paulo VI, tendo sido arcebispo de São Paulo de 1970 até 1998,
ano em que renunciou por limite de idade, sendo substituído à frente da
arquidiocese paulista – a terceira maior do mundo (após Cidade do México e
Guadalajara) – pelo Cardeal Claudio Hummes.
Considerado uma das figuras mais
eminentes da Igreja latino-americana, o Cardeal Arns foi um dos grandes
articuladores da eleição de João Paulo II no Conclave de 1978.
Franciscano de origem alemã, Dom
Paulo foi um dos principais defensores dos direitos humanos durante a ditadura
militar que governou nosso país entre 1964 e 1985, período em que ajudou muitos
perseguidos também de outros países latino-americanos.
Dom Paulo era o último dos
cardeais em vida criados pelo Papa Paulo VI (também o Papa emérito Bento XVI
foi feito cardeal pelo Papa Montini).
Mensagem de Pesar do Papa Francisco pela morte do Cardeal Arns
Exmo e Revmo Dom Odilo Pedro Scherer
Cardeal Arcebispo de São Paulo
Recebida com grande pesar a notícia da morte do
venerado irmão Cardeal Paulo Evaristo Arns venho exprimir-lhe a si
e bispos auxiliares, ao clero, comunidades religiosas e fiéis da
Arquidiocese de São Paulo, bem como à família do falecido, meus pêsames
pelo desaparecimento desse intrépido pastor, que no seu ministério
eclesial se revelou autêntica testemunha do Evangelho no meio do seu povo, a
todos apontando a senda da verdade, na caridade e do serviço à comunidade
em permanente atenção pelos mais desfavorecidos.
Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão
generoso pastor e elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua
felicidade eterna este seu servo bom e fiel, enquanto envio a essa comunidade
arquidiocesana que chora a perda do seu amado pastor e à Igreja do Brasil, que
nele teve um seguro ponto de referência, e a quantos partilham esta hora de
tristeza que anuncia a Ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.
FRANCISCO P.P.
Tendo sabido do falecimento do Cardeal Paulo
Evaristo Arns, desejo testemunhar minhas condolências a Vossa Eminência e toda
essa comunidade que ele apascentou durante quase trinta anos, procurando manter
alto o farol da fé nos caminhos dos homens, sensível aos fermentos de renovação
presentes no contexto eclesial e civil e movido sempre pela preocupação de
realizar com fidelidade as orientações conciliares na edificação e consolidação
da Igreja. Ao recordar os valiosos serviços por ele prestados à Igreja inteira
com grande solicitude pastoral, a minha admiração e fraterna estima tornam-se
oração que se une à Vossa pelo falecido Cardeal, invocando junto com o Divino
Mestre o Prêmio Reservado aos seus discípulos fiéis. Cardeal Pietro Parolin,
secretário de Estado.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Janeiro de 2017
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