quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

NOTÍCIAS DA IGREJA: ARQUIDIOCESE, CNBB E PAPA FRANCISCO

Cardeal Scherer ordena quatro padres para a Arquidiocese

Diáconos seminaristas receberam a ordenação presbiteral pela imposição das mãos de Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo metropolitano

No dia 7 de Dezembro, em solene celebração eucarística, na Catedral da Sé, diáconos seminaristas receberam a ordenação presbiteral pela imposição das mãos de Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo metropolitano. A Arquidiocese de São Paulo possui quatro novos padres!

A Santa Missa foi concelebrada pelos bispos auxiliares da Arquidiocese de São Paulo e dezenas de padres, e contou com a participação de familiares e fiéis que, em algum momento, acompanharam a trajetória vocacional dos neossacerdotes: Carlos André Romualdo, Francisco Ferreira da Silva, Hernane Santos Módena e Luiz Carlos Ferreira Tose Filho.

O rito de ordenação presbiteral teve início logo após a Liturgia da Palavra, com a apresentação dos candidatos, quando o Padre Cícero Alves de França, Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, deu testemunho de que eles foram considerados dignos do Ministério Presbiteral.

Em seguida, Dom Odilo proferiu a homilia da celebração, seguida dos demais ritos próprios do sacramento da Ordem, a saber: manifestação dos propósitos dos eleitos (vide box ao lado), imposição das mãos, prece de ordenação, a paramentação com a estola e a casula, unção das mãos e entrega da patena e do cálice.


Conselho Episcopal Latino Americano convida para o Dia Continental de Oração pela Paz


O Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) convida as Conferências episcopais, as organizações eclesiais, comunidades religiosas e movimentos apostólicos e o Povo de Deus, em geral, a se unirem ao Dia Continental de Oração pela Paz pelos povos da América Latina e Caribe, no dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe. O organismo eclesial confia as dores e alegrias dos povos da América Latina e Caribe à intercessão materna de Maria.

O objetivo é unir-se em oração com a intenção comum para todos os países da América Latina e Caribe: obter a paz. “Convidamos vocês a organizar com suas comunidades paroquiais, movimentos apostólicos, Conferências episcopais, famílias ou amigos, um momento de oração, rezando o Terço, participando de uma liturgia da Palavra ou da Eucaristia ou dedicando um tempo durante o dia para rezar por essa intenção ”, destaca o Celam numa nota.

Fluxo público de comunicação nas redes sociais

O Celam pede também para que seja criado um fluxo público de comunicação sobre o que acontecerá durante o Dia Continental de Oração pela Paz, através das redes sociais, usando a hashtag #AméricaLatinaRezaPorLaPaz.

“Conte-nos de onde vocês se unirão para rezar pela paz no continente, como celebrarão a festa da Virgem de Guadalupe em seus países. Recordamos que a mensagem da Virgem de Guadalupe é a da harmonia entre todos os povos numa única civilização de amor e dedicação a Deus. ”.

No evento de Guadalupe, “Maria aperfeiçoa a enculturação do Evangelho. Ela é o nosso modelo de discípula e missionária a quem confiamos o destino de nossos povos”, conclui a nota do Celam.


O Papa no Ângelus: Em Maria, reflete-se a beleza de Deus que é amor, graça e dom de si


Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Ângelus deste domingo (08/12), Solenidade da Imaculada Conceição, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice recordou que esta solenidade está situada no “contexto do Advento, tempo de espera: Deus realizará o que prometeu, mas na festa de hoje nos é anunciado que algo já está cumprido, na pessoa e na vida da Virgem Maria. Consideramos hoje o início desse cumprimento que se realiza antes do nascimento da Mãe do Senhor”.

De fato, a sua imaculada conceição nos leva ao momento preciso em que a vida de Maria começou a palpitar no seio de sua mãe: ali já estava presente o amor santificador de Deus, preservando-a do contágio do mal que é uma herança comum da família humana.

No Evangelho de hoje ressoa a saudação do Anjo a Maria: «Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo! »

Francisco sublinhou que “Deus pensou e quis Maria desde sempre, em seu desígnio imperscrutável, como criatura cheia de graça, ou seja, repleta de seu amor”.

Mas para estar repletos é preciso abrir espaço, esvaziar-se, colocar-se de lado. Como fez Maria, que soube escutar a Palavra de Deus e confiar-se totalmente à sua vontade, acolhendo-a sem reservas em sua vida. E nela a Palavra se fez carne. Isso foi possível graças ao seu "sim". Ao Anjo que lhe pergunta se estava disponível para se tornar a mãe de Jesus, Maria responde: Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. »

Para o Papa, “Maria não se perde em vários raciocínios, não coloca obstáculos ao Senhor, mas com prontidão se confia e abre espaço para a ação do Espírito Santo. Coloca imediatamente à disposição de Deus todo o seu ser e sua história pessoal, para que sejam a Palavra e a vontade de Deus a moldá-los e levá-los à termo. Assim, correspondendo perfeitamente ao projeto de Deus sobre ela, Maria torna-se a “toda bela”, a “toda santa”, mas sem a menor sombra de envaidecimento. É uma obra-prima, mas permanecendo humilde, pequena e pobre. Nela se reflete a beleza de Deus que é amor, graça e dom de si”.

Gosto de destacar a palavra com a qual Maria se define em sua entrega a Deus: professa-se «a serva do Senhor». O "sim" de Maria a Deus assume desde do início um comportamento de serviço, de atenção às necessidades dos outros. Isso é testemunhado pela visita a Isabel, que vem logo depois da Anunciação. A disponibilidade a Deus se confirma na disponibilidade de assumir as necessidades do próximo.

“Tudo isso sem fazer clamores e ostentações, sem buscar lugares de honra, sem propaganda, porque a caridade e as obras de misericórdia não precisam ser exibidas como um troféu. As nossas comunidades também são chamadas a seguir o exemplo de Maria, praticando o estilo da discrição e do silêncio. ”

“Que a festa de nossa Mãe nos ajude a fazer de toda a nossa vida um sim a Deus, um sim de adoração a Ele e de gestos cotidianos de amor e serviço”, concluiu o Pontífice.



Mensagem Urbi et Orbi: "Que o Emmanuel seja luz para toda a humanidade ferida"


Síria, Líbano, Iêmen, Iraque, Venezuela e nações do continente americano, Ucrânia, República Democrática do Congo, Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria. Regiões da humanidade onde há dor e sofrimento provocados pelas trevas nos corações humanos, nas relações pessoais, familiares, sociais, nos conflitos econômicos, geopolíticos e ecológicos, receberam a atenção do Santo Padre em sua mensagem Urbi et Orbi neste dia de Natal: "Mas a luz de Cristo é maior", reiterou.
Cidade do Vaticano

A Mensagem e a Bênção Urbi et Orbi do Santo Padre:

«O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9,1).

Queridos irmãos e irmãs, feliz Natal!

Nesta noite, do ventre da mãe Igreja, nasceu de novo o Filho de Deus feito homem. O seu nome é Jesus, que significa Deus salva. O Pai, Amor eterno e infinito, enviou-O ao mundo, não para condenar o mundo, mas para o salvar (cf. Jo 3, 17). O Pai no-Lo deu, com imensa misericórdia; deu-O para todos; deu-O para sempre. E Ele nasceu como uma chamazinha acesa na escuridão e no frio da noite.

Aquele Menino, nascido da Virgem Maria, é a Palavra de Deus que Se fez carne; a Palavra que guiou o coração e os passos de Abraão rumo à terra prometida, e continua a atrair aqueles que confiam nas promessas de Deus; a Palavra que guiou os judeus no caminho desde a escravidão à liberdade, e continua a chamar os escravos de todos os tempos, incluindo os de hoje, para saírem das suas prisões. É Palavra mais luminosa do que o sol, encarnada num pequenino filho de homem, Jesus, luz do mundo.

Por isso, o profeta exclama: «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9,1). É verdade que há trevas nos corações humanos, mas é maior a luz de Cristo; há trevas nas relações pessoais, familiares, sociais, mas é maior a luz de Cristo; há trevas nos conflitos económicos, geopolíticos e ecológicos, mas é maior a luz de Cristo.

Que Jesus Cristo seja luz para tantas crianças que padecem a guerra e os conflitos no Médio Oriente e em vários países do mundo; seja conforto para o amado povo sírio, ainda sem o fim à vista das hostilidades que dilaceraram o país nesta década; sacuda as consciências dos homens de boa vontade; inspire os governantes e a comunidade internacional, para encontrar soluções que garantam a segurança e a convivência pacífica dos povos da Região e ponham termo aos seus sofrimentos; seja sustentáculo para o povo libanês, para poder sair da crise atual e redescobrir a sua vocação de ser mensagem de liberdade e coexistência harmoniosa para todos.

Que o Senhor Jesus seja luz para a Terra Santa, onde Ele nasceu, Salvador do homem, e onde continua a expectativa de tantos que, apesar de cansados, mas sem se perder de ânimo, aguardam dias de paz, segurança e prosperidade; seja consolação para o Iraque, atravessado por tensões sociais, e para o Iémen, provado por uma grave crise humanitária.

Que o Menino pequerrucho de Belém seja esperança para todo o continente americano, onde várias nações estão a atravessar um período de convulsões sociais e políticas; revigore o querido povo venezuelano, longamente provado por tensões políticas e sociais, e não lhe deixe faltar a ajuda de que precisa; abençoe os esforços de quantos se empenham em favorecer a justiça e a reconciliação e trabalham para superar as várias crises e as inúmeras formas de pobreza que ofendem a dignidade de cada pessoa.

Que o Redentor do mundo seja luz para a querida Ucrânia, que aspira por soluções concretas para uma paz duradoura.

Que o Senhor recém-nascido seja luz para os povos da África, onde perduram situações sociais e políticas que, frequentemente, obrigam as pessoas a emigrar, privando-as duma casa e duma família; haja paz para a população que vive nas regiões orientais da República Democrática do Congo, martirizada por conflitos persistentes; seja conforto para quantos padecem por causa das violências, calamidades naturais ou emergências sanitárias; dê consolação a todos os perseguidos por causa da sua fé religiosa, especialmente os missionários e os fiéis sequestrados, e para quantos são vítimas de ataques de grupos extremistas, sobretudo no Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria.

Que o Filho de Deus, descido do Céu à terra, seja defesa e amparo para todos aqueles que, por causa destas e outras injustiças, devem emigrar na esperança duma vida segura. É a injustiça que os obriga a atravessar desertos e mares, transformados em cemitérios; é a injustiça que os obriga a suportar abusos indescritíveis, escravidões de todo o género e torturas em campos de detenção desumanos; é a injustiça que os repele de lugares onde poderiam ter a esperança duma vida digna e lhes faz encontrar muros de indiferença.

Que o Emmanuel seja luz para toda a humanidade ferida. Enterneça o nosso coração frequentemente endurecido e egoísta e nos torne instrumentos do seu amor. Através dos nossos pobres rostos, dê o seu sorriso às crianças de todo o mundo: às crianças abandonadas e a quantas sofreram violências. Através das nossas frágeis mãos, vista os pobres que não têm nada para se cobrir, dê o pão aos famintos, cuide dos enfermos. Pela nossa frágil companhia, esteja próximo das pessoas idosas e de quantas vivem sozinhas, dos migrantes e dos marginalizados. Neste dia de festa, dê a todos a sua ternura e ilumine as trevas deste mundo.




Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Janeiro de 2020
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquiahttp://www.pnslourdes.com.br