Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Maio 2013
FALANDO DA MINHA QUERIDA MÃE
Essa mulher que falo hoje é minha fonte de carinho.
Amou-me com um amor tão puro que não conheci
engano.
Ainda muito pequeno falou-me sobre o mundo e seu
desengano.
Agora sou grande e reconheço que amor de mãe não
causa dano!
Mulher forte e simples que me ensinou sentimentos
de valor.
Quando ainda criança sentia medo, sede, fome ou
muita dor.
Mesmo estando longe de mim, ela escutava o meu
clamor;
Logo se fazia presente e partilhava comigo seu
meigo amor!
Há muitas coisas na vida que eu não posso
compreender:
Que por amor aos filhos a mãe sem medo chega até a
padecer;
Para cuidar dos seus filhos, a mãe renuncia a uma
vida de prazer.
Pergunto-me todas as noites: Mãe querida, que posso
por ti fazer?
Mãe, onde eu for tua imagem na minha memória
brilhará.
Aquele tempo em que estive na sua barriga jamais
voltará.
Amor de filho busca amor de mãe, como um peixe
busca o mar.
Agora, muito longe de ti, como uma criança ponho-me
a chorar!
Confesso-me que na minha juventude nas coisas do
mundo me perdi.
Não sei por quanto tempo que longe de teus beijos e
conselhos eu vivi.
Angustiado, peço-lhe perdão, mãezinha, por haver me
distanciado de ti.
Regresso à nossa humilde casa, para esse momento de
novo senti!
Por muito ingrato que seja um filho, a mãe à sua
casa de novo o convida.
Quando está sozinha sem seus filhos, ela por eles
chora e a Deus grita.
Pois deseja ardentemente ter de volta nos seus
braços aquela metade perdida,
Pois somente assim, ela se sente aquela mulher
feliz, serena e tranquila.
Fr. Laércio Rodrigues da Cruz OAR
Desejando felicidades à todas as mães!