SANTOS E FESTAS EM AGOSTO
01- Santo Afonso Maria de Ligório;
02- São Euzébio de Vercelli e São Pedro Julião;
04- São João Maria Vianey (o Cura d’Ars);
05- Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior;
06- Festa da Transfiguração do Senhor;
07- São Caetano;
08- São Domingos de Gusmão;
09- Santa Teresa Benedita da Cruz;
10- São Lourenço, Diácono e Mártir;
12- Santa Joana Francisca de Chantal;
13- São Ponciano e Santo Hipólito;
14- São Maximiliano Maria Kolbe;
16- Santo Estêvão da Hungia;
18- Solenidade da Assunção de Nossa Senhora;
20- São Bernardino Abade;
21- São Pio X;
22- Nossa Senhora Rainha;
23- Festa de Santa Rosa de Lima, virgem, Padroeira da América Latina;
24- Festa de São Bartolomeu, Apóstolo;
25- São José de Calasans;
29- Martírio de São João Batista;
31- São Raimundo Nonato.
SÃO JOÃO MARIA VIANEY, Patrono dos Sacerdotes
João Maria Batista Vianney sem dúvida alguma, se tornou o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes".
Ele nasceu em 8 de maio de 1786, no povoado de Dardilly, ao norte de Lyon, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de frequentar a igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote.
Vianney só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na sua aldeia, escola que frequentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando aprendeu a língua francesa, pois em sua casa se falava um dialeto regional.
Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade ele foi para o Seminário de Écully, onde surgiram os obstáculos por causa de sua falta de instrução.
Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para os professores e superiores, era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os outros seminaristas, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo.
Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém para Deus ele era um homem extraordinário e foi por meio desse apostolado que o dom do Espírito Santo manifestou-se sobre ele. Transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.
Durante o seu aprendizado em Écully, o abade Malley havia percebido que ele era um homem especial e dotado de carismas de santidade. Assim, três anos depois, conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente. Foi então designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans. Isso porque nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia ao norte de Lyon, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não-praticantes e afamados pela violência. Por isso a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas.
Ele chegou em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros. Conta a tradição que na estrada ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: "Me mostras o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu". Hoje, um monumento na entrada da cidade lembra esse encontro.
Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam confessar-se, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo.
Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com eles.
A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem de esperavam horas ou dias inteiros. Assim, o local tornou-se um centro de peregrinações.
O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo.
O seu corpo incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja Padroeiro dos Sacerdotes e o dia de sua festa, 4 de agosto, escolhido para celebrar o Dia do Padre.
SANTOS E SANTAS AGOSTINIANAS EM AGOSTO
Em agosto celebramos os seguintes santos agostinianos:
02- Beato João de Rieti;
17- Santa Clara da Cruz de Montefalco;
19- Santo Ezequiel Moreno, Bispo;
26- Santos Liberato, Bonifácio e Companheiros Mártires;
27- Festa de Santa Mônica, Mãe de Santo Agostinho;
28- Solenidade de Santo Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja, Fundador dos Agostinianos.
Acesse o site da Província Santa Rita de Cássia para conhecer a vida e as obras de Santo Agostinho: www.santarita-oar.org.br ).
19 de agosto - Santo Ezequiel Moreno.
Nasceu em 9 de abril de 1848 em Alfaro, Rioja ( Espanha). No seio de uma humilde família e com grande devoção católica, seus pais foram Félix Moreno e Josefa Díaz. Desde garoto descobriu sua vocação à vida religiosa e em 21 de setembro de 1884 ingressou como religioso no convento espanhol dos agostinianos recoletos em Montegudo, Navarra.
No ano seguinte fez sua profissão religiosa no teologado de Marcilla. Em 1870 viajou a Manila, (Filipinas), onde se desempenhou como missionário. No ano seguinte foi ordenado sacerdote e destinado ao Mindoro onde continuou suas atividades missionárias. Pouco tempo depois se adoeceu de paludismo e retornou a Manila.
Mais tarde foi nomeado superior do convento de Monteagudo e volta para a Espanha para dedicar-se à formação dos futuros religiosos missionários.
Em 1888 viajou à Colômbia comandando um grupo de missionários agostinianos recoletos. Neste país começou a reativar as missões e em 1893 foi nomeado bispo titular de Pinar e vigário apostólico de Casanare, em 1895 foi nomeado Bispo de Pasto. Santo Ezequiel desempenhou sua nova missão com a eficácia e generosidade que o caracterizavam, mas teve que superar numerosos obstáculos.
Em 1905 foi-lhe diagnosticado câncer e diante das reiteradas súplicas dos fiéis e dos religiosos de sua Ordem, no ano seguinte voltou para a Espanha para operar-se. A operação não teve êxito e Santo Ezequiel, firme em sua fé, retirou-se ao convento de Monteagudo, Espanha, onde morreu em 19 de agosto de 1906.
Sua fama de santidade cresceu rapidamente, sobretudo na Colômbia. Foi beatificado pelo Papa Paulo VI em 1975 e em 11 de outubro de 1992 foi canonizado pelo Papa João Paulo II . Santo Ezequiel Moreno é considerado como o especial intercessor diante de Deus pelos doentes do câncer e um dos maiores apóstolos da Evangelização da América.
Oração: Pai, perdoai todas as minhas culpas; dai-me força de vontade para emendar-me e perseverar em vossa amizade. Pela intercessão de São Ezequiel, fazei que vos sirva melhor no comprimento fiel de minhas obrigações; concedei também a graça especial de... Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
27 de agosto - SANTA MÔNICA
Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus.
Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão.
Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo.
E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.
28 de agosto- SANTO AGOSTINHO
Aurélio Augusto nasce em Tagaste (hoje Souk Ahras, na Argélia), norte da África, no dia 13 de novembro de 354. Seu pai, Patrício, era um africano romanizado, pagão. Sua mãe, Mônica, era mulher cristã, que educou seus filhos dentro dos preceitos religiosos de sua época. Ele teve dois irmãos: Navílio e Perpetua.
Agostinho tem os primeiros ensinamentos na escola da aldeia. Depois, estuda em Madaura, cidade vizinha, e, mais tarde, em Cartago, capital da África Romana. Lá, vê-se seduzido pelos teatros e pela vida boêmia. Apaixona-se e vive com uma mulher com a qual tem um filho, Adeodato. Devido a preconceitos familiares de casta, Agostinho não se casa, apesar de viver por 15 anos com ela.
Aos 20 anos, entra para uma seita chamada Maniqueísmo, fascinado por sua atitude racionalista, que consistia num dualismo radical que opunha Bem e Mal. Segue a doutrina do Maniqueísmo durante nove anos.
A morte do pai e a dificuldade financeira levam Agostinho a lecionar gramática, durante um ano, em Tagaste. Entre os alunos, encontra-se Alípio, que se tornará seu grande amigo. Retorna a Cartago, onde abre uma escola de retórica. Publica seu primeiro livro: Do belo e do conveniente.
Em 383, depois de oito anos, Agostinho muda-se para Roma, onde consegue uma cátedra. Leciona de 384 a 386. Nesse momento, conhece o Bispo Ambrósio, que interpreta a Sagrada Escritura de um modo aceitável, para a mente racional de Agostinho.
A "conversão" de Agostinho é muitas vezes resumida na cena do jardim de Milão: "Chorava no jardim de casa, quando ouvi a voz de uma criança que cantava: ‘Toma e lê, Toma e lê'. Entendi que era Deus que me convidava a abrir a bíblia que eu segurava entre as mãos. Apressei-me a ler o texto que tinha diante de meus olhos: ‘Nada de rixas, ciúmes, mas revesti-vos do Senhor Jesus'.
Fui ao encontro de meus amigos e minha mãe e finalmente pedi o batismo." Essa cena retrata na verdade o resultado de um rude e duro combate. Dilacerado entre a fé e razão, o intelectual debatia-se com ansiedade. Ao escolher o caminho da fé cristã, no ano de 387, o Bispo Ambrósio administra o batismo a Agostinho e também ao seu filho Adeodato e seu amigo Alípio. Os três vão para Cassicíaco, na Itália, onde ficam em retiro durante sete meses.
Agostinho volta para a África, com o propósito de fundar uma comunidade religiosa em Tagaste. Em Óstia, antes de embarcar, sua mãe morre. No ano de 388, Agostinho realiza seu sonho de fundar uma comunidade de oração e contemplação. No ano seguinte, seu filho é acometido de grave doença e vem a falecer.
Em Hipona, no ano de 391, o bispo Valério precisa de um padre que o ajude no ministério da pregação. O povo aclama por Agostinho, por julgarem-no digno da função. Quatro anos depois, ele é ordenado Bispo e, em 396, sucede a Valério na diocese de Hipona.
Os anos passam e Agostinho continua seu ministério e publica vários escritos dogmáticos, morais, exegéticos, pastorais, dentre outros. Entre seus livros estão: Da Doutrina Cristã (397-426), Confissões (397-398), A Cidade de Deus (413-426), Da Trindade (400-416), Retratações, Do Mestre, Conhecendo a si mesmo.
Aos 28 de agosto de 430, Agostinho morre com 76 anos. Sereno e maduro, intelectual e espiritualmente. É nesta data, 28 de agosto, que comemoramos o dia de Santo Agostinho, porque, no Cristianismo Católico e Ortodoxo, o dia da morte é uma espécie de "aniversário" de quem nasceu para Deus e vive eternamente cercado de luz, porque ressuscitou pela fé.
(Para conhecer mais sobre Santo Agostinho, acesse o site da Província Santa Rita de Cássia: www.santarita-oar.org.br ).
Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Agosto 2013
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br