Aproxima-se o fim deste período da quaresma.
Em tão pouco tempo, vislumbraremos a Páscoa de Jesus Cristo! Para isso é
necessário e urgente que reconheçamos o verdadeiro significado do Tempo,
determinação e compreensão dos símbolos. Estes fatores são igualmente
importantes para vivermos a plenitude da Pascoa. Nós que somos batizados
devemos viver com intensidade nosso compromisso com a Igreja segundo o
Evangelho de Cristo.
Assumindo com fraternal empenho nossa relação
com a comunidade na qual estamos inseridos. Assumindo a parte que nos cabe para
a construção de uma história sólida e uma sociedade justa. Que tem como base o
amor, a fé e os valores morais e cristãos. Todos nós somos chamados a vivermos
a páscoa que é uma passagem para uma vida nova com Cristo. Somos convidados e
orientados pela Igreja para esta mudança de vida, somos todos conduzidos a nos
abrirmos totalmente, sem medida e a todo tempo a este projeto divino
estabelecido por Deus. Somos o novo povo de Deus que caminha não mais no
deserto. Aproveitemos bem este tempo
para que possamos cumprir bem este projeto: “ser criatura nova, ser criatura
pascal”.
Em toda a Sagrada Escritura nos deparamos com
os testemunhos deste ser pascal. Como exemplo, citamos José do Egito, que
vendido como escravo foi o provedor de alimento e garantiu a sobrevivência da
sua família e de todo o seu povo. Outro exemplo que podemos citar no segundo
testamento é o daquele que doou os cinco pães e dois peixes (cf. Mt 14,17), tão
pouco e aparentemente insignificante dom, colaborou para que o Mestre saciasse
aquela multidão. Entendemos com isso que páscoa é vida em abundancia.
E nós o que temos para contribuir neste
processo de morte e ressurreição? Nossa
ação concreta será nossa parcela de contribuição que depositaremos no altar do
sábado santo, na noite de vigília pascal. Só assim, poderemos continuar
vigiando, e poderemos aguardar confiantes, o amanhecer do domingo da
ressurreição. A Igreja nos convida a seguir aquelas santas mulheres que vão
perfumar os restos mortais do Crucificado, para que também sejamos testemunhas
da pedra removida do sepulcro e possamos ouvir: “Por que procurais entre os
mortos Aquele que vive?” Ele não está aqui! “RESSUSCITOU” (Lc. 24,1-8). É nosso
dever e nossa alegria espalhar esta novidade. A páscoa não pode ser um evento
isolado na minha vida, deve ser vivida na comunidade. Que ela nos arranque do
isolamento, do nosso comodismo, do nosso conforto.
A páscoa transformou a noite em dia, a dor em
alegria, a espera em realização, a morte em vida eterna. Esta é a verdade
central da nossa fé. Fomos batizados e somos cristãos porque Jesus Cristo
ressuscitou. Este é o caminho de passagem para uma vida renovada pelo Cristo.
Se todo este período quaresmal não foi suficiente, ainda nos é concedido um
pouco de tempo para alcançarmos a verdadeira páscoa.
Meus queridos irmãos e irmãs, ardorosamente
busquemos a Páscoa de Cristo. Mas antes, façamos acontecer os frutos
penitenciais deste tempo santo que antecede a ressurreição. Para que sejamos
também agraciados com as delicias da terra prometida, dos manjares celestes,
das núpcias do cordeiro, na imensa satisfação dos filhos de Deus. Que este
tempo que a liturgia nos oferece, seja um exílio necessário que nos levará a
páscoa eterna. Por isso tudo tem seu tempo conforme diz o livro do Eclesiastes
(Ecl 3). Saberemos que ele foi favorável pelos frutos que iremos colher no
percurso das nossas vidas.
Pois só o cristão consciente se beneficia
dele para poder participar da intimidade de Cristo. Pois ele deseja sentar à
sua mesa e ouvir da boca do Ressuscitado: “Vinde benditos do meu Pai”
Bendita seja nossa Santa Mãe Igreja que nos
reservou parte do tempo para que nos dediquemos com mais determinação e bravura
na luta contra nossos próprios vícios, contra as nossas próprias fraquezas e
distrações. Ela como Mãe que ama e cuida se oferece como mediadora em atar o
que está desatado, unir o que está desligado, resgatar o que está perdido. A
Igreja é quem nos oferta aquilo pelo qual posso no agora experimentar o que
para nós está garantido plenamente no céu.
Meus queridos irmãos e irmãs desejo a todos
um santo tempo pascal para que seja um momento de renovação da alegria de
pertencermos ao novo povo de Deus na alegria do Ressuscitado. Aquele que nos
chamou à vida é fiel. Deu-nos o tempo e as condições para vencermos as dores e
a morte para chegarmos à vida eterna.
Por
João Petrônio dos Santos.
Universidade
Salesiana (Unisal) -Campus Pio XI- (São Paulo-SP)
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Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Abril de 2017
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br
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