CNBB (Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil)
Comissão da CNBB divulga subsídios da Semana da Família e da Vida
Os
subsídios "Hora da Família" e "Hora da Vida" são produzidos
pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) e Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), com a
proposta de animar as famílias ao encontro fraterno, de partilhas e reflexão
sobre os ensinamentos e valores cristãos acerca da vida e da família.
A partir da primeira quinzena do mês de março, os subsídios
estarão disponíveis para venda no site da Pastoral Familiar: www.lojacnpf.org.br.
O
"Hora da Família" e "Hora da Vida" estarão disponíveis
simultaneamente. O objetivo é motivar as comunidades para celebrar
intensamente, em todo o Brasil, a Semana Nacional da Família, de 9 a 15 de
agosto, e a Semana Nacional da Vida, de 1º a 7 de outubro, que culminará com o
Dia do Nascituro, dia 8.
Encontros
A edição
2015 do "Hora da Família" está em sintonia com o tema do Encontro
Mundial das Famílias, que ocorrerá no mês de setembro, na Filadélfia. Propõe
para reflexão "O amor é a nossa missão: a família plenamente viva" e
traz na capa do subsídio uma imagem do papa Francisco rodeado de crianças
alegres com balões, celebrando a família.
O "Hora da Vida" traz como tema de reflexão "O
Evangelho da Vida: Anunciar, Celebrar e Servir", propondo sete encontros,
com diferentes abordagens sobre a celebração da Vida. O subsídio recorda também
os 20 anos da Encíclica Evangelium Vitae, de São
João Paulo II.
CNBB divulga nota sobre a realidade atual do Brasil
“O que nós devemos procurar
fazer é estabelecer cada vez mais um diálogo entre as diversas instituições,
entre os poderes constituídos, a sociedade, as entidades da sociedade civil”,
afirmou o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, durante entrevista
coletiva nesta quinta-feira, dia 12, na sede da instituição, em Brasília.
Na ocasião foi divulgada a nota
da Conferência sobre a realidade atual do Brasil. O texto foi aprovado na
reunião do Conselho Permanente, ocorrida de 10 a 12 de março, e tem o objetivo
de alertar para o possível enfraquecimento do Estado Democrático de Direito,
frente ao “delicado momento pelo qual passa o país”.
Dom Damasceno ainda ressaltou a necessidade
de preservar o Estado Democrático de Direito. “Depois de muitos anos difíceis
pelos quais passamos durante o período do Regime Militar, creio que em nenhum
momento deve ser quebrada essa ordem democrática”, salientou.
Quanto às manifestações, o presidente da CNBB
as considerou normais dentro do regime democrático para que as pessoas
reivindiquem seus direitos e demonstrem sua insatisfação. “Nós achamos
legítimas essas manifestações contanto que elas transcorram no respeito ao
patrimônio público, ao patrimônio particular, às pessoas que participam das
manifestações. Mas na medida em que elas podem se transformar em manifestações
de desrespeito à ordem pública, ao patrimônio público, às pessoas,
evidentemente que isso cria um clima de intranquilidade, de insegurança e de
violência que não contribuem em nada para a manutenção do Estado de Direito,
democrático”, enfatizou.
O bispo auxiliar de Brasília e secretário
geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, falou da importância dos posicionamentos
diferentes mostrados nas ruas. “A reação que nós sentimos também é que as manifestações
de rua são de discordância, muitas vezes ideológica que é normal e diria,
inclusive, necessária e democrática”, considerou.
Leia a nota na íntegra:
Nota da CNBB sobre a realidade atual do Brasil
“Pratica a justiça todos os
dias de tua vida e não sigas os caminhos da iniquidade” (Tb 4, 5)
O Conselho Permanente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos
dias 10 a 12 de março de 2015, manifesta sua preocupação diante do delicado
momento pelo qual passa o País. O escândalo da corrupção na Petrobras, as
recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Governo, o aumento da inflação,
a crise na relação entre os três Poderes da República e diversas manifestações
de insatisfação da população são alguns sinais de uma situação crítica que,
negada ou mal administrada, poderá enfraquecer o Estado Democrático de Direito,
conquistado com muita luta e sofrimento.
Esta situação clama por medidas
urgentes. Qualquer resposta, no entanto, que atenda ao mercado e aos interesses
partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres,
nega a ética e desvia-se do caminho da justiça. Cobrar essa resposta é direito
da população, desde que se preserve a ordem democrática e se respeitem as
Instituições da comunidade política.
As denúncias de corrupção na
gestão do patrimônio público exigem rigorosa apuração dos fatos e
responsabilização, perante a lei, de corruptos e corruptores. Enquanto a
moralidade pública for olhada com desprezo ou considerada empecilho à busca do
poder e do dinheiro, estaremos longe de uma solução para a crise vivida no
Brasil. A solução passa também pelo fim do fisiologismo político que alimenta a
cobiça insaciável de agentes públicos, comprometidos sobretudo com interesses
privados. Urge, ainda, uma reforma política que renove em suas entranhas o
sistema em vigor e reoriente a política para sua missão originária de serviço
ao bem comum.
Comuns em épocas de crise, as
manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a
todos pelo Estado. O que se espera é que sejam pacíficas. “Nada justifica a
violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a
agressão a pessoas e Instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de
pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso
ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma
incoerência corrosiva, que leva ao seu descrédito” (Nota da CNBB 2013).
Nesta hora delicada e exigente,
a CNBB conclama as Instituições e a sociedade brasileira ao diálogo que supera
os radicalismos e impede o ódio e a divisão. Na livre manifestação do
pensamento, no respeito ao pluralismo e às legítimas diferenças, orientado pela
verdade e a justiça, este momento poderá contribuir para a paz social e o
fortalecimento das Instituições Democráticas.
Deus, que acompanha seu povo e
o assiste em suas necessidades, abençoe o Brasil e dê a todos força e sabedoria
para contribuir para a justiça e a paz. Nossa Senhora Aparecida, padroeira do
Brasil, interceda pelo povo brasileiro.
Brasília, 12 de março de
2015.
Dom Raymundo Cardeal Damasceno
Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva,
OFM
Arcebispo de São Luis do
Maranhão – MA
Vice Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner,
OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Abril 2015Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval NevesResponsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SPSite da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br