ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
Dom Odilo Scherer: Sínodo, caminho de unidade pastoral para a
vida de Igreja
Cidade do Vaticano (RV) – Em 15 de outubro
de 1965 o Papa Paulo VI, ao final do Concílio Vaticano II, instituiu o Sínodo
dos Bispos. No Angelus de 22 de setembro de 1974, o próprio Paulo VI deu uma
definição do Sínodo dos Bispos: “É uma instituição eclesiástica, que nós,
interrogando os sinais dos tempos, e mais do que isto, procurando interpretar
em profundidade os desígnios divinos e a constituição da Igreja Católica,
estabelecemos após o Concílio Vaticano II, para favorecer a união e a
colaboração dos Bispos de todo o mundo com esta Sé Apostólica, mediante um
estudo comum das condições da Igreja e a solução concorde das questões
relativas à sua missão. Não é um Concílio, não é um Parlamento, mas um Sínodo
de particular natureza”.
Os 50 anos da instituição do Sínodo estão sendo celebrados neste
sábado na Sala Paulo VI, no Vaticano. Entre os presentes, está o Cardeal Odilo
Pedro Scherer, participante do Sínodo dos Bispos em andamento, que falou à
Rádio Vaticano sobre a importância deste organismo de colegialidade:
“A instituição do Sínodo no final do Concílio foi um desejo
muito forte do próprio Concílio, dos participantes do Concílio, que chegando ao
final do Concílio, desejaram, pediram ao Papa de que a experiência do Concílio
não parasse por aí, pois foi uma grande experiência de comunhão, de
participação, de colegialidade e de co-responsabilidade de todo o episcopado
pela Igreja. E aí o Sínodo foi pedido para ser este organismo da Igreja, que
não substituísse o Concílio, mas de alguma forma continuasse a experiência do
Concílio, se reunisse com certa freqüência com o Papa, convocado pelo
Papa, para retomar os grandes temas do Concílio e de tempos em tempos
atualizar a reflexão, dar novas orientações em relação aos grandes temas do
Concílio que são os grandes temas da Igreja. Por outro lado, que através do
Sínodo dos Bispos, se concretizasse aquilo que foi no Concílio colocado com
tanta evidência, isto é, a Igreja é uma comunhão, a Igreja não depende só do
Papa, um Papa com os Bispos, o Papa à frente, o Papa naturalmente com o carisma
próprio dele, do sucessor de Pedro. Mas o Papa não é sozinho o encarregado da
Igreja, é com os Bispos, daí a ideia da colegialidade, da co-responsabilidade,
que vem expressa então através da ideia justamente do Sínodo. Sínodo, a própria
palavra quer dizer caminho juntos, ou seja, o Sínodo deveria ser este
organismo do episcopado, que junto com o Papa dá as direções à Igreja, um
caminho de orientação, de comunhão juntos, não de dispersão, cada um pro seu
lado, mas juntos, buscando as grandes linhas pastorais de orientação para a
Igreja. E é isto que o Sínodo tem feito, através das 14 Assembleias Gerais
Ordinárias até agora, nós estamos na 14ª, das 3 Assembleias Gerais
Extraordinárias e das muitas outras Assembleias Regionais que houve, sobretudo
na época da preparação do Grande Jubileu do terceiro milênio. O Sínodo, creio,
foi uma feliz intuição, iniciativa do Papa Paulo VI e do Concílio e que está
trazendo os seus frutos para dentro da igreja. O Sínodo, naturalmente, não é um
organismo de decisão, como é o Concílio. É um organismo de consulta, mas é um
organismo importante, porque cada vez que se reúne o Sínodo convocado pelo
Papa, o Sínodo realmente apresenta a voz da Igreja e também, digamos assim,
expressa um caminho de unidade pastoral para a vida de Igreja”. (JE)
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
Papa Francisco reafirma desejo de
voltar ao Brasil em 2017
O arcebispo de Aparecida (SP), cardeal Raymundo
Damasceno Assis, participou do Sínodo dos Bispos sobre a Família, no Vaticano,
como presidente-delegado. No dia,
12, Festa de Nossa Senhora Aparecida, o cardeal conversou com o papa Francisco
que reafirmou o desejo de voltar ao Brasil para a celebração dos 300 anos do
encontro da imagem, em 2017.
Dom Raymundo foi recebido em audiência privada no
gabinete do papa, na Casa Santa Marta. O arcebispo disse que Francisco não
esqueceu do compromisso que fez com o povo brasileiro na visita ao Santuário
Nacional de Aparecida, em julho de 2013, por ocasião da Jornada Mundial da
Juventude.
“Está distante ainda, não podemos dizer que a visita
seja oficial, porque não nos cabe dar essa notícia, cabe, é claro, à Santa Sé
(…), mas nós o aguardamos e esperamos que o Santo Padre nos visite em 2017;
será realmente uma bênção muito grande para todo o Brasil a sua visita.”
300 anos de Aparecida
O cardeal lembrou ao papa a promessa que ele mesmo fez
aos fiéis: “Até 2017”. De acordo com dom Damasceno, Francisco quer voltar ao
Brasil, sobretudo nesta ocasião dos 300 anos, "que é um acontecimento
muito especial, singular para Aparecida e para todo o País”.
Fonte: www.cnbb.org.br
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Novembro de 2015
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br
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