domingo, 1 de novembro de 2015

NOTÍCIAS DA IGREJA: VATICANO

VATICANO E PAPA FRANCISCO

Divulgado programa da visita do Papa à África

A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou o programa da viagem do Papa Francisco à África, a ser realizada de 25 a 30 de novembro próximo. Serão três os países a acolher o Pontífice: Quênia, Uganda e República Centro Africana.

 

Papa nos 50 anos do Sínodo: Igreja e Sínodo são sinônimos


Cidade do Vaticano (RV) – “Igreja e Sínodo são sinônimos”, porque “a Igreja não é outra coisa que o caminhar juntos” do Povo de Deus. Esta é uma das passagens do forte discurso do Papa Francisco pronunciado na manhã deste sábado na Sala Paulo VI, por ocasião do 50º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos por Paulo VI, em 15 de outubro de 1965. Em seu denso pronunciamento, o Santo Padre sublinhou que “em uma Igreja sinodal, também o exercício do primado petrino poderá receber maior luz” e desejou, referindo-se à Evangeliigaudium, uma “salutar descentralização”, já que o Papa não deve substituir os episcopados locais “no discernimento de todas as problemáticas” de seus territórios.

O Pontífice desenvolveu o seu discurso concentrando-se sobre o significado de “ser uma Igreja a caminho” para o Bispo de Roma. Desde o Concílio Vaticano até o atual Sínodo sobre a família – ressaltou – “experimentamos de modo mais intenso a necessidade e a beleza de caminhar juntos”. E recordou que desde o início de seu Pontificado quis valorizar o Sínodo, que “constitui uma das heranças mais preciosas” do Concílio.

Papa ao final do Sínodo: Igreja deve proclamar misericórdia e não aplicar condenações


Cidade do Vaticano (RV) – “Para a Igreja, encerrar o Sínodo significa voltar realmente a «caminhar juntos» para levar a toda a parte do mundo, a cada diocese, a cada comunidade e a cada situação a luz do Evangelho, o abraço da Igreja e o apoio da misericórdia Deus!”: palavras do Papa Francisco ao encerrar este sábado os trabalhos do Sínodo dos Bispos sobre a família.

Depois das palavras do Card. Raymundo Damasceno Assis, que presidiu à 18ª Congregação Geral, do Secretário do Sínodo dos Bispos, Card. Lorenzo Baldisseri, o Pontífice agradeceu a todos os participantes que “trabalharam de forma incansável e com total dedicação à Igreja”.

Ao encerrar o Sínodo, disse o Papa, “não significa que esgotamos todos os temas inerentes à família, mas que procuramos iluminá-los com a luz do Evangelho”; “não significa que encontramos soluções exaustivas para todas as dificuldades e dúvidas que desafiam e ameaçam a família, mas que colocamos tais dificuldades e dúvidas sob a luz da Fé, abordamo-las sem medo e sem esconder a cabeça na areia”. Mas significa "que demos provas da vitalidade da Igreja Católica, que não tem medo de abalar as consciências anestesiadas ou sujar as mãos discutindo, animada e francamente, sobre a família”.

O Pontífice ressaltou ainda as diferentes opiniões que se expressaram livremente – “e às vezes, infelizmente, com métodos não inteiramente benévolos” – que enriqueceram e animaram o diálogo, proporcionando a imagem viva duma Igreja que não usa 'impressos prontos', mas que, da fonte inexaurível da sua fé, tira água viva para saciar os corações ressequidos.

Para Francisco, a experiência do Sínodo fez compreender melhor “que os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão. Isto não significa de forma alguma diminuir a importância das fórmulas, das leis e dos mandamentos divinos, mas exaltar a grandeza do verdadeiro Deus”.

“O primeiro dever da Igreja não é aplicar condenações ou anátemas, mas proclamar a misericórdia de Deus, chamar à conversão e conduzir todos os homens à salvação do Senhor”, acrescentou o Pontífice.

Sínodo: grande consenso sobre o Relatório Final


Amplo consenso sobre o Relatório Final do Sínodo dos Bispos sobre a Família. Em 94 pontos a Assembleia Sinodal dos Bispos reuniu o seu mais recente documento sobre a Família, após 2 anos de intenso debate e participação das comunidades. Todos os pontos foram aprovados com maioria qualificada. Em particular, os parágrafos dedicados às situações familiares difíceis foram aprovados no limite dos dois terços dos votos expressos.

No número 84 os padres sinodais propõem uma maior integração dos divorciados recasados nas comunidades cristãs, sublinhando que a sua participação pode ser ao nível dos diversos serviços eclesiais. A esta situação específica dos casais em segunda união o número 86 do relatório final faz referência a um percurso de acompanhamento e de discernimento espiritual com um sacerdote. A este propósito o Padre Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, confirma a nova abordagem pastoral:

“São aqueles que dizem respeito às situações difíceis, a abordagem pastoral de famílias feridas ou em situação não regular de um ponto de vista canônico e da disciplina da Igreja. Em particular, as convivências, os matrimônios civis, os divorciados recasados e o modo de aproximar-se pastoralmente e estas situações. Mas, a maioria de dois terços foi sempre atingida.”

Luz na escuridão do mundo – é assim que o Relatório Final do Sínodo define a família, num texto que se apresenta com uma atitude positiva e acolhedora, onde é reafirmada a doutrina da indissolubilidade matrimonial. Contudo, para as situações de maior complexidade familiar é recomendado o discernimentos dos Pastores e uma análise em que a ‘misericórdia’ não seja negada a ninguém.

O documento sinodal não cita expressamente o acesso à Eucaristia para os divorciados recasados, mas recorda que esses não estão excomungados. Quanto às pessoas homossexuais é reafirmado no Relatório que não devem ser discriminadas, mas é declarado que a Igreja é contrária às uniões entre pessoas do mesmo sexo.

Importante contributo deste documento sinodal para a valorização da mulher e para a tutela das crianças. Também os idosos e as pessoas com necessidades especiais são citados com atenção.

De evidenciar também o reforço da preparação para o matrimônio apresentando a necessidade de uma formação adequada à afetividade, sendo chamada a atenção para a ligação entre ato sexual e ato de procriação, do qual os filhos são o fruto mais precioso porque transportam em si a memória e a esperança de um ato de amor.

Realce para a educação sexual e para a promoção de uma paternidade responsável. Neste particular, é feito um apelo às instituições para tutelarem a vida. Aos católicos comprometidos com a política é-lhes pedido que defendam a família e a vida. A este propósito, o Sínodo reafirma a sacralidade da vida e chama a atenção para as ameaças à família, tais como, o aborto e a eutanásia.

No final do Relatório Final os padres sinodais afirmam oferecer o documento ao Santo Padre para que avalie e pondere a eventual continuaçãodeste caminho com um seu documento.
(RS)


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Novembro de 2015Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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