terça-feira, 5 de julho de 2016

OS DOGMAS NA IGREJA CATÓLICA


Os dogmas são encontrados em muitas religiões onde são considerados princípios fundamentais que devem ser respeitados por todos os seguidores dessa religião em sua religiosidade. Já, o termo "dogma" é atribuído a princípios teológicos que são considerados básicos, de modo que sua disputa ou proposta de revisão por uma pessoa não é aceita nessa religião. Aí, neste contexto e discurso religioso os dogmas podem ser clarificados e elaborados, desde que não contradigam outros dogmas como vai nos informar a teologia judaico-cristã na Sagrada Escritura, por exemplo, o livro de Gálatas (1,8-9).

A teologia dogmática católica diz que os dogmas são uma verdade de fé revelada por Deus. Mas, um dogma é imutável e definitivo; não pode ser mudado nem revogado, pois os atributos de Deus diz que Ele sendo Perfeito e Eterno, não está sujeito à mudança. – O SENHOR é o mesmo ontem, hoje e eternamente (cf.: Hb 13,8). Os dogmas católicos são 43 e foram todos proclamados institucionalmente pelo Sagrado Magistério da Igreja, e ela que os dividiu dogmaticamente em 8 categorias distintas, que são:1. Dogmas sobre Deus; 2. Dogmas sobre Jesus Cristo; 3. Dogmas sobre a criação do mundo; 4. Dogmas sobre o ser humano; 5. Dogmas marianos; 6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja; 7. Dogmas sobre os Sacramentos; 8. Dogmas sobre as últimas coisas (Escatologia).

A rejeição do dogma é considerada heresia ou blasfêmia em determinadas religiões e pode levar à expulsão do grupo religioso. Para a maioria do cristianismo oriental, os dogmas estão contidos no Credo niceno-constantinopolitano e nos cânones dos dois, três ou sete primeiros concílios ecumênicos, dependendo se o grupo seria de nestorianos, ortodoxos orientais ou ortodoxos bizantinos. Estes princípios são resumidos por São João de Damasco em sua Exposição Exata da Fé Ortodoxa, que é o terceiro livro de sua obra principal, intitulada A fonte do Conhecimento. Neste livro, ele assume uma dupla abordagem para explicar cada artigo da fé ortodoxa para os cristãos, onde ele utiliza citações da Bíblia e, ocasionalmente, de obras de outros Padres da Igreja, e outro, dirigido a não-cristãos e ateus, para quem emprega a lógica aristotélica e a dialética, ad absurdum, especialmente o reductio.

Entretanto os católicos também têm como dogma as decisões dos vinte e um concílios ecumênicos e dois decretos promulgados por papas que exerçam a infalibilidade papal (ex.: a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria). Protestantes afirmam em graus diferentes partes destes dogmas, e muitas vezes dependem de uma confissão de fé para resumir os seus dogmas. Já no Islã, os princípios dogmáticos estão contidos no Aqidah. E, Dentro de muitas denominações cristãs, o dogma é referido como simplesmente "doutrina".

Conclui-se, que os dogmas conceitualmente são uma verdade divinamente revelada, um fenômeno religioso ou uma religiosidade. Para que tal aconteça, são necessárias duas condições: a) O sentido deve ser suficientemente manifestado como sendo uma autêntica verdade revelada por Deus; b) Essa verdade ou doutrina deve ser proposta e definida solenemente. E, além disso, deve ser proposto diretamente à virtude teologal da fé, através de uma definição solene, logo infalível e avaliada pelo Magistério da Igreja.


Prof. Adilson L.P. Oliveira


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Julho de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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