Os dogmas
são encontrados em muitas religiões onde são considerados princípios
fundamentais que devem ser respeitados por todos os seguidores dessa religião
em sua religiosidade. Já, o termo "dogma" é atribuído a princípios
teológicos que são considerados básicos, de modo que sua disputa ou proposta de
revisão por uma pessoa não é aceita nessa religião. Aí, neste contexto e
discurso religioso os dogmas podem ser clarificados e elaborados, desde que não
contradigam outros dogmas como vai nos informar a teologia judaico-cristã na
Sagrada Escritura, por exemplo, o livro de Gálatas (1,8-9).
A
teologia dogmática católica diz que os dogmas são uma verdade de fé revelada
por Deus. Mas, um dogma é imutável e definitivo; não pode ser mudado nem
revogado, pois os atributos de Deus diz que Ele sendo Perfeito e Eterno, não
está sujeito à mudança. – O SENHOR é o mesmo ontem, hoje e eternamente (cf.: Hb
13,8). Os dogmas católicos são 43 e foram todos proclamados institucionalmente
pelo Sagrado Magistério da Igreja, e ela que os dividiu dogmaticamente em 8 categorias
distintas, que são:1. Dogmas sobre Deus; 2. Dogmas sobre Jesus Cristo; 3.
Dogmas sobre a criação do mundo; 4. Dogmas sobre o ser humano; 5. Dogmas
marianos; 6. Dogmas sobre o Papa e a Igreja; 7. Dogmas sobre os Sacramentos; 8.
Dogmas sobre as últimas coisas (Escatologia).
A
rejeição do dogma é considerada heresia ou blasfêmia em determinadas religiões
e pode levar à expulsão do grupo religioso. Para a maioria do cristianismo
oriental, os dogmas estão contidos no Credo niceno-constantinopolitano e nos
cânones dos dois, três ou sete primeiros concílios ecumênicos, dependendo se o
grupo seria de nestorianos, ortodoxos orientais ou ortodoxos bizantinos. Estes
princípios são resumidos por São João de Damasco em sua Exposição Exata da Fé
Ortodoxa, que é o terceiro livro de sua obra principal, intitulada A fonte do
Conhecimento. Neste livro, ele assume uma dupla abordagem para explicar cada
artigo da fé ortodoxa para os cristãos, onde ele utiliza citações da Bíblia e,
ocasionalmente, de obras de outros Padres da Igreja, e outro, dirigido a
não-cristãos e ateus, para quem emprega a lógica aristotélica e a dialética, ad
absurdum, especialmente o reductio.
Entretanto
os católicos também têm como dogma as decisões dos vinte e um concílios
ecumênicos e dois decretos promulgados por papas que exerçam a infalibilidade
papal (ex.: a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria). Protestantes afirmam
em graus diferentes partes destes dogmas, e muitas vezes dependem de uma
confissão de fé para resumir os seus dogmas. Já no Islã, os princípios
dogmáticos estão contidos no Aqidah. E, Dentro de muitas denominações cristãs,
o dogma é referido como simplesmente "doutrina".
Conclui-se,
que os dogmas conceitualmente são uma verdade divinamente revelada, um fenômeno
religioso ou uma religiosidade. Para que tal aconteça, são necessárias duas
condições: a) O sentido deve ser suficientemente manifestado como sendo uma
autêntica verdade revelada por Deus; b) Essa verdade ou doutrina deve ser
proposta e definida solenemente. E, além disso, deve ser proposto diretamente à
virtude teologal da fé, através de uma definição solene, logo infalível e
avaliada pelo Magistério da Igreja.
Prof. Adilson L.P. Oliveira
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Julho de 2016
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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