A Dinâmica da Misericórdia
“Misericórdia é o
caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos
amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.” (MisericordiaeVultus)
Queridos
irmãos e irmãs, já passamos da metade do ano de 2016 e estamos vivendo um tempo
importante na nossa Igreja com a descoberta da dinâmica da
misericórdia. Desde a primeira aparição na janela do Palácio Apostólico,
até o seu primeiro Angelus, o Papa Francisco fez referência à misericórdia
divina e a importância da misericórdia em nossas vidas.
Na
ocasião citou o livro do cardeal Walter Kaspers, intitulado “Misericórdia”, o
qual recomendo a leitura. Depois disso, vários são os depoimentos e reflexões
sobre a importância da misericórdia na vida cristã e na atividade da Igreja.
Por fim, a instituição do Ano Santo da Misericórdia, como que dizendo: vamos
dedicar um tempo especial para refletir sobre a importância da misericórdia na
vida da Igreja.
A primeira coisa que
se descobriu foi que a misericórdia não se resume a um sentimento e nem para no
sentimento. Misericórdia é uma dinâmica, como tivemos oportunidade de refletir
no decorrer da Quaresma deste no de 2016. É dinâmica por ser a expressão
concreta do amor.
Deus ama e, em sua
misericórdia, vem ao nosso encontro para nos levantar. Lembro que grandes
teólogos do início da Igreja, como Origines, Ambrósio e Agostinho, explicavam
que Jesus é o Bom Samaritano que se inclina sobre a humanidade ferida e sem
condições de caminhar sozinha. Por isso, a misericórdia é dinâmica, um
movimento restaurador. A Igreja deve agir como o Bom Samaritano: ver, sentir
compaixão e agir.
Papa Francisco tem
dado pequenas indicações de atitudes misericordiosas para com quem vive à
margem da vida e da sociedade. Assim, ocupou uma parte da colunata do Vaticano,
na Praça São Pedro, para atender moradores de rua, transformou uma casa em
hospedaria para pobres e, recentemente, trouxe consigo imigrantes para morar em
Roma. Gestos pequenos, mas exemplares. Se todas as comunidades cristãs fizessem
o mesmo, uma nova cultura começaria existir em nosso meio social. Lembremos que
a nossa Igreja deve ser entendida por “Igreja em saída”, que não fica nas
sacristias. O Ano Santo da Misericórdia não é para refletir somente, mas para
tomar consciência da necessidade de sermos uma Igreja dinâmica e transformadora
com a força restauradora da misericórdia.
Agradeço imensamente
a todos que trabalharam para a realização da nossa quermesse. Obrigado a todos
aqueles que participaram e ajudaram de alguma forma para que tivéssemos êxito.
Graças a Deus superamos tudo o que tínhamos planejado. A boa participação nos
motiva a continuar firmes na caminhada e com o propósito de unir mais famílias
que participam da nossa realidade paroquial. Lembro a todos que teremos um mês
mais tranquilo em julho, momento de descanso por todo trabalho realizado até
aqui, porém convoco-os a começarem com muita fé e entusiasmo o mês de agosto
que trará mudanças significativas na vida pastoral e comunitária da nossa
Paróquia. Acompanhem os planejamentos que estamos fazendo no Conselho de
Pastoral Paroquial e participem conosco desta “Igreja em saída”. Que Nossa
Senhora de Lourdes nos acompanhe e nos proteja neste segundo semestre de 2016.
Conto com a ajuda de todos os paroquianos para desenvolvermos este projeto.
Assim seja. Amém.
Frei Alcimar Fioresi, OAR
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Julho de 2016
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br