quinta-feira, 1 de novembro de 2018

CATEQUESE


Diante da morte, como reagir e superar o medo?

A morte é um mistério que gera medo nas pessoas. Como se preparar para viver esse momento?

Muitos de nós, quando perguntados sobre medos, podemos elencar uma série deles: dirigir, falar em público, perder o emprego, ficar desamparado, não ter ninguém para compartilhar a vida dentre tantos outros.

Porém, um dos medos mais comuns que as pessoas trazem consigo é o da morte. Muitos têm medo de como será esse momento, outros, de quando isso vai acontecer. Como popularmente é dito, sabemos o dia do nascimento, mas o mistério da morte é ainda um dos medos centrais de nossa vida. Nossa cultura ainda traz resistências para lidar com a morte e suas adversidades, bem como lidar com aspectos como velório, sepultamento, como falar sobre morte para os filhos e outros aspectos.

Os rituais que envolvem a morte, especialmente no Brasil, foram se modificando pouco a pouco. Estudos sociológicos dizem que a própria civilização foi conduzindo o luto e seu ritual, afastando-o das casas, tendo dificuldade para falar sobre isso. Busca-se prolongar a vida e estender a vitalidade e a beleza. Falar sobre morte e sobre o fim da vida chega a ser algo aversivo para algumas pessoas.

Lidar com a morte

Diante da morte e dos receios que ela pode nos trazer, o que pode ser feito?

1 – Um dos elementos estudados, no enfrentamento da morte, é a fé. Nota-se que as pessoas que possuem alguma crença conseguem lidar melhor com a finitude e com o significado dessa passagem da vida para a morte.

2– Aceitar que somos finitos é compreender que nosso ciclo de vida envolve o nascimento, o desenvolvimento e a morte, bem como os processos naturais, emocionais e fisiológicos do envelhecimento.

3 – É importante viver o luto e seus rituais. Muitas vezes, nossa conduta nos leva a evitar os rituais envolvidos no processo da morte, bem como viver o luto e os sentimentos que lhe são típicos. Até algum tempo (e ainda em muitas comunidades distantes), vivia-se o velar dentro das casas. Fazia-se, naquele momento, o ritual com orações, com as lembranças, com o choro. Com o tempo, isso foi sendo afastado para os velórios municipais e a morte nos hospitais. Estudos sobre tanatologia, ciência que estuda a morte e seus processos, revelam o quão doloroso tem se tornado o processo da morte: afastam-se do momento da morte, escondem-nos das crianças e, com isso, afasta-se o significado.




Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Novembro de 2018
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquiahttp://www.pnslourdes.com.br