Diante da morte, como reagir e superar o medo?
A morte é um mistério que gera medo nas pessoas.
Como se preparar para viver esse momento?
Muitos de nós, quando perguntados sobre medos,
podemos elencar uma série deles: dirigir, falar em público, perder o emprego,
ficar desamparado, não ter ninguém para compartilhar a vida dentre tantos
outros.
Porém, um dos medos mais comuns que as pessoas
trazem consigo é o da morte. Muitos têm medo de como será esse momento, outros,
de quando isso vai acontecer. Como popularmente é dito, sabemos o dia do
nascimento, mas o mistério da morte é ainda um dos medos centrais de nossa
vida. Nossa cultura ainda traz resistências para lidar com a morte e suas
adversidades, bem como lidar com aspectos como velório, sepultamento, como
falar sobre morte para os filhos e outros aspectos.
Os rituais que envolvem a morte, especialmente
no Brasil, foram se modificando pouco a pouco. Estudos sociológicos dizem que a
própria civilização foi conduzindo o luto e seu ritual, afastando-o das casas,
tendo dificuldade para falar sobre isso. Busca-se prolongar a vida e estender a
vitalidade e a beleza. Falar sobre morte e sobre o fim da vida chega a ser algo
aversivo para algumas pessoas.
Lidar com
a morte
Diante da morte e dos receios que ela pode nos trazer, o que pode ser
feito?
1 – Um dos elementos estudados, no enfrentamento
da morte, é a fé. Nota-se que as pessoas que possuem alguma crença conseguem
lidar melhor com a finitude e com o significado dessa passagem da vida para a
morte.
2– Aceitar que somos finitos é compreender que nosso ciclo de vida envolve o nascimento, o desenvolvimento e a morte, bem como os processos naturais, emocionais e fisiológicos do envelhecimento.
3 – É importante viver o luto e seus rituais. Muitas vezes, nossa conduta nos leva a evitar os rituais envolvidos no processo da morte, bem como viver o luto e os sentimentos que lhe são típicos. Até algum tempo (e ainda em muitas comunidades distantes), vivia-se o velar dentro das casas. Fazia-se, naquele momento, o ritual com orações, com as lembranças, com o choro. Com o tempo, isso foi sendo afastado para os velórios municipais e a morte nos hospitais. Estudos sobre tanatologia, ciência que estuda a morte e seus processos, revelam o quão doloroso tem se tornado o processo da morte: afastam-se do momento da morte, escondem-nos das crianças e, com isso, afasta-se o significado.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Novembro de 2018
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval NevesResponsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br