“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à
plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à
santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt
5,48)
(Catecismo da Igreja Católica 2013).
Fruto da conversão realizada pelo Evangelho é a santidade de muitos
homens e mulheres do nosso tempo; não só daqueles que foram proclamados
oficialmente santos pela Igreja, mas também dos que, com simplicidade e no dia
a dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a Cristo.(1)
(1) João Paulo II, Homilia durante a Missa de encerramento da II
Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Europa (23 de Outubro de 1999),
4: AAS 92 (2000), 179.
Durante o ano, a Igreja celebra ou faz memória
de um santo diariamente. Mas no dia 1º de novembro, ela reúne-os todos numa
festa comum. Isso porque, mesmo entre os canonizados, muitos santos não têm um
dia exclusivo para sua homenagem. Essa celebração começou no século III, na
Igreja do Oriente. Já em Roma, a festa de Todos os Santos ocorreu pela primeira
no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio IV transformou o Panteão,
templo dedicado a todos os deuses pagãos do Olimpo, em uma igreja em honra à
Virgem Maria e a Todos os Santos.
Próximo do ano 800, houve a mudança do dia graças à intervenção do abade
inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno. Os pagãos celtas entendiam o
dia 1º de novembro como um dia de comemoração que anunciava o início do
inverno. Quando eles se convertiam, queriam continuar com a tradição da festa.
Assim, a veneração de Todos os Santos, lembrando os cristãos que morreram em
estado de graça, foi instituída no dia 1º de novembro.
O papa Gregório IV, em 835, fixou e estendeu
para toda a Igreja a comemoração em 1º de novembro. Oficialmente, a mudança do
dia da festa de Todos os Santos, de 13 de maio para 1º de novembro, só foi
decretada em 1475, pelo do papa Xisto IV.
Mas quem são os santos? Santos são todos os que
foram canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e
nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na terra
perseverando na fé em Cristo. Todos viveram na terra uma vida semelhante à
nossa. Batizados, marcados com o sinal da fé, fiéis aos ensinamentos de Cristo,
eles precederam-nos na pátria celeste e convidam-nos a irmos ter consigo. Nos
primeiros séculos, os cristãos praticavam o culto dos santos, a começar pelos
mártires, por isto hoje vivemos esta tradição, na qual nossa Mãe Igreja
convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade.
Além disso, a solenidade de Todos os Santos
enche de sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Novembro de 2018
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval NevesResponsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
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