Vaticano: Papa critica atrasos na reforma dos processos de
nulidade de Matrimônio
Cidade do
Vaticano, 20 mai 2019 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se hoje com os membros da
Conferência Episcopal Italiana (CEI), criticando a lentidão da implementação da
reforma dos processos de nulidade matrimonial nas suas dioceses.
Num
discurso improvisado, no Vaticano, Francisco destacou que as mudanças por si
promovidas se baseiam na “proximidade e gratuidade”.
“Proximidade
de famílias feridas significa que o julgamento, tanto quanto possível, é
celebrado na igreja diocesana, sem demora e sem prolongamentos desnecessários.
Gratuidade refere-se ao mandato evangélico segundo o qual ‘o que recebeu de
graça se deve dar de graça’, pelo que se exige que o pronunciamento
eclesiástico de nulidade não seja equivalente a um alto custo que os pobres não
podem suportar”, declarou, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da
Santa Sé.
O Papa que
após mais de quatro anos, esta reforma ainda está “longe de ser aplicada na
grande parte das dioceses italianas”, alertando para o drama das pessoas
“marcadas pela ferida de um amor desfeito”.
“Não
permitamos que os interesses econômicos de alguns advogados ou o medo de perder
o poder de alguns vigários judiciais travem ou atrasem a reforma”, advertiu.
A 73ª
Assembleia Geral da CEI, que se realiza até 23 de maio, tem como tema
“Modalidades e instrumentos para uma nova presença missionária”.
A
intervenção do Papa abordou temas como sinodalidade e colegialidade, relação
entre bispos e sacerdotes.
“Não se
pode começar um Sínodo sem ir às bases”, apontou.
O colégio
episcopal italiano é formado por 412 bispos, incluindo os eméritos; o Papa,
segundo a tradição da Igreja Católica, é o bispo de Roma.
Amazônia:
Sínodo especial já tem Documento de trabalho
Cidade do
Vaticano, 17 mai 2019 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje que o próximo
Sínodo Especial sobre a Amazônia, que vai decorrer em outubro, já tem documento
de trabalho, após a 2ª reunião do conselho pré-sinodal.
Participaram
todos os membros do conselho, que inclui cardeais, bispos, religiosas e um
leigo, representando as Igrejas na Amazônia, além de especialistas, consultores
da Secretaria-Geral e convidados especiais.
Nas várias
sessões da reunião foi examinado o projeto do ‘Instrumentum laboris’ (documento
de trabalho) para a Assembleia Especial que recolhe num único texto o material
da consulta iniciada com o documento preparatório.
O
documento de trabalho foi dividido em três partes que abordam as seguintes
temáticas: a voz da Amazônia, entendida como escuta daquele território;
ecologia integral; Igreja com o rosto amazônico.
“O
objetivo do texto é apresentar a situação pastoral daquelas terras e iniciar
novos caminhos para uma evangelização mais incisiva na Amazônia”, assinala o
comunicado da Santa Sé.
Vaticano: Santa Sé revela tema do próximo Encontro Mundial de
Famílias
10.ª
edição do evento vai decorrer em Roma entre 23 e 27 de junho de 2021
Cidade do
Vaticano, 17 mai 2019 (Ecclesia) – O Vaticano anunciou hoje o tema do 10.º Encontro
Mundial de Famílias, que vai ter lugar em Roma entre os dias 23 e 27 de junho
de 2021.
De acordo
com um comunicado do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, publicado hoje
pela sala de imprensa da Santa Sé, a iniciativa será subordinada ao tema ‘O
amor familiar: vocação e caminho de santidade’.
“No quinto
aniversário da exortação apostólica ‘A alegria do amor’ e três anos depois da
publicação da exortação apostólica ‘Alegrai-vos e exultai’, este encontro quer
destacar a importância do amor familiar como vocação e caminho de santidade,
para compreender e partilhar o sentido profundo e salvífico das relações
familiares na vida quotidiana”, pode ler-se.
O referido
Dicastério do Vaticano sublinha que “o amor conjugal e familiar manifesta, de
facto, o dom precioso da vida em comum, alimentando a comunhão e prevenindo a
cultura do individualismo, do consumo e do descarte”.
“A
experiência estética do amor expressa-se num olhar que contempla o outro como
um fim em si mesmo, e ao mesmo tempo, reconhece a outra pessoa na sua sagrada
identidade familiar, como marido, mulher, pai, mãe, filho, filha ou avô e avó”,
refere a mesma fonte, que retoma as reflexões deixadas pelo Papa Francisco nas
duas referidas exortações.
O setor do
Vaticano dedicado aos Leigos, Família e Vida aponta ainda que “ao dar
forma à experiência concreta do amor, o matrimônio e a família manifestam o
tesouro que são todas as relações humanas, na partilha das alegrias e das
tristezas, na vivência do dia-a-dia, orientando as pessoas para o encontro com
Deus”.
Um
“caminho” que, “quando é vivido com fidelidade e perseverança, reforça o amor e
promove a vocação à santidade, que está presente em cada pessoa e se concretiza
nas relações conjugais e familiares”.
“Neste
sentido, a vida familiar cristã é vocação e caminho de santidade”, e expressão
do “rosto mais belo da Igreja”, destaca o Dicastério
para os Leigos, Família e Vida, na nota dedicada ao próximo Encontro Mundial de
Famílias, em 2021.
O último
Encontro Mundial de Famílias teve lugar há cerca de um ano em Dublin, capital
da Irlanda.
“Jesus
encarnou no nosso mundo por meio duma família, e em cada geração, através do
testemunho das famílias cristãs, tem o poder de romper todas as barreiras para
reconciliar o mundo com Deus e fazer de nós aquilo que desde sempre estamos
destinados a ser: uma única família humana que vive conjuntamente na justiça,
na santidade e na paz”, disse na altura o Papa Francisco.
Em 2018 a
celebração de encerramento do evento, presidida pelo Papa Francisco em Phoenix
Park, contou com a participação de cerca de 500 mil pessoas, provenientes de
mais de uma centena de países, incluindo Portugal.
Vaticano: Papa recorda atentado contra São João Paulo II e
«proteção materna» de Fátima
Francisco
recordou mensagem das aparições de 1917, apelando à recitação do terço
Cidade do
Vaticano, 15 mai 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano o
atentado contra São João Paulo II, a 13 de maio de 1981, ligando a
sobrevivência do santo polaco à “proteção materna” de Nossa Senhora de Fátima.
“O 13 de
maio é o dia que recorda a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima,
coincidindo com o dia do atentado contra a vida de São João Paulo II. Recordamos
a sua afirmação: em tudo o que aconteceu vi uma particular proteção materna de
Maria”, referiu o pontífice, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça
de São Pedro, para a audiência pública semanal.
Francisco
repetiu passagens da mensagem deixada aos videntes, na Cova da Iria, durante as
aparições: “Vim para advertir a humanidade, para que mude de vida e não
entristeça Deus com graves pecados. Que os homens rezem o terço e façam
penitência pelos seus pecados”.
Ouçamos esta recomendação, pedindo a Maria a sua proteção
materna, o dom da conversão, o espírito de penitência e a paz para o mundo
inteiro. Coração Imaculado de Maria, rogai por nós”.
O Papa
voltou ao tema ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, recordando que
maio é considerado pelos católicos como o “mês de Maria”, convidando a
“multiplicar os gestos diários de veneração e imitação da Mãe de Deus”.
“Procuremos
rezar o terço todos os dias, dedicando a Deus aquele mínimo de tempo que Lhe
devemos. Assim aproximaremos dos homens o Céu. Sede para todos a bênção de
Deus”, apelou.
O atentado
contra a vida de João Paulo II, atingido a tiro na Praça de São Pedro, a 13 de
maio de 1981, mudou a relação deste Papa com Fátima, onde viria a realizar três
visitas, em 18 anos.
Um ano
após os disparos do turco Ali Agca, João Paulo II veio à Cova da Iria
reconhecer publicamente a sua convicção de que houve uma intercessão de Nossa
Senhora de Fátima na sua recuperação.
Logo na
primeira audiência após o atentado, a 7 de outubro de 1981 – memória litúrgica
de Nossa Senhora do Rosário – o santo polaco manifestou esta sua certeza
interior: “Poderia esquecer que o acontecimento na Praça de São Pedro se
realizou no dia e na hora, em que, há mais de 60 anos, se recorda em Fátima, em
Portugal, a primeira aparição da Mãe de Cristo aos pobres e pequenos
camponeses? Porque, em tudo aquilo que sucedeu exatamente nesse dia, notei
aquela extraordinária proteção maternal e solicitude, que se mostrou mais forte
do que o projétil mortífero”.
Em maio de
1982, no aniversário desse primeiro atentado contra a sua vida, Karol Wojtyla
(1920-2005) chegava a Fátima.
Antes de
partir, em Roma, João Paulo II explicava que queria ir à Cova da Iria, “lugar
abençoado, também para escutar novamente, em nome de toda a Igreja, a Mensagem
que ressoou há 65 anos nos lábios da Mãe comum, preocupada com a sorte dos seus
filhos”.
Em Fátima,
o Papa falou para “agradecer à Divina Providência neste lugar que a mãe de Deus
parece ter escolhido de modo tão particular” (homilia do 13 de maio) e, na Capelinha
das Aparições, agradeceu a “especial proteção materna de Nossa Senhora”.
“Pela
coincidência – e não há meras coincidências nos desígnios da Providência divina
– vi também um apelo e, quiçá, uma chamada à atenção para a mensagem que daqui
partiu, há sessenta e cinco anos, por intermédio de três crianças, filhas de
gente humilde do campo, os pastorinhos de Fátima, como são conhecidos
universalmente”, acrescentou então.
Na Cova de
Iria, viria a ser vítima de um novo ataque contra a sua vida, perpetrado pelo
espanhol Juan Fernández Krohn, padre tradicionalista que usava um punhal.
Já depois
da morte de João Paulo II (2 de abril de 2005), o cardeal Stanislaw Dziwisz,
que foi seu secretário particular, assegurava que este tinha sido ferido,
embora de forma ligeira.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Junho de 2019
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br