sábado, 1 de junho de 2019

NOTÍCIAS DA IGREJA: PAPA FRANCISCO

Vaticano: Papa critica atrasos na reforma dos processos de nulidade de Matrimônio


Cidade do Vaticano, 20 mai 2019 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se hoje com os membros da Conferência Episcopal Italiana (CEI), criticando a lentidão da implementação da reforma dos processos de nulidade matrimonial nas suas dioceses.

Num discurso improvisado, no Vaticano, Francisco destacou que as mudanças por si promovidas se baseiam na “proximidade e gratuidade”.

“Proximidade de famílias feridas significa que o julgamento, tanto quanto possível, é celebrado na igreja diocesana, sem demora e sem prolongamentos desnecessários. Gratuidade refere-se ao mandato evangélico segundo o qual ‘o que recebeu de graça se deve dar de graça’, pelo que se exige que o pronunciamento eclesiástico de nulidade não seja equivalente a um alto custo que os pobres não podem suportar”, declarou, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa que após mais de quatro anos, esta reforma ainda está “longe de ser aplicada na grande parte das dioceses italianas”, alertando para o drama das pessoas “marcadas pela ferida de um amor desfeito”.

“Não permitamos que os interesses econômicos de alguns advogados ou o medo de perder o poder de alguns vigários judiciais travem ou atrasem a reforma”, advertiu.

A 73ª Assembleia Geral da CEI, que se realiza até 23 de maio, tem como tema “Modalidades e instrumentos para uma nova presença missionária”.

A intervenção do Papa abordou temas como sinodalidade e colegialidade, relação entre bispos e sacerdotes.

“Não se pode começar um Sínodo sem ir às bases”, apontou.

O colégio episcopal italiano é formado por 412 bispos, incluindo os eméritos; o Papa, segundo a tradição da Igreja Católica, é o bispo de Roma.



Amazônia: Sínodo especial já tem Documento de trabalho


Cidade do Vaticano, 17 mai 2019 (Ecclesia) – O Vaticano informou hoje que o próximo Sínodo Especial sobre a Amazônia, que vai decorrer em outubro, já tem documento de trabalho, após a 2ª reunião do conselho pré-sinodal.

Participaram todos os membros do conselho, que inclui cardeais, bispos, religiosas e um leigo, representando as Igrejas na Amazônia, além de especialistas, consultores da Secretaria-Geral e convidados especiais.

Nas várias sessões da reunião foi examinado o projeto do ‘Instrumentum laboris’ (documento de trabalho) para a Assembleia Especial que recolhe num único texto o material da consulta iniciada com o documento preparatório.

O documento de trabalho foi dividido em três partes que abordam as seguintes temáticas: a voz da Amazônia, entendida como escuta daquele território; ecologia integral; Igreja com o rosto amazônico.

“O objetivo do texto é apresentar a situação pastoral daquelas terras e iniciar novos caminhos para uma evangelização mais incisiva na Amazônia”, assinala o comunicado da Santa Sé.


Vaticano: Santa Sé revela tema do próximo Encontro Mundial de Famílias
10.ª edição do evento vai decorrer em Roma entre 23 e 27 de junho de 2021


Cidade do Vaticano, 17 mai 2019 (Ecclesia) – O Vaticano anunciou hoje o tema do 10.º Encontro Mundial de Famílias, que vai ter lugar em Roma entre os dias 23 e 27 de junho de 2021.

De acordo com um comunicado do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, publicado hoje pela sala de imprensa da Santa Sé, a iniciativa será subordinada ao tema ‘O amor familiar: vocação e caminho de santidade’.

“No quinto aniversário da exortação apostólica ‘A alegria do amor’ e três anos depois da publicação da exortação apostólica ‘Alegrai-vos e exultai’, este encontro quer destacar a importância do amor familiar como vocação e caminho de santidade, para compreender e partilhar o sentido profundo e salvífico das relações familiares na vida quotidiana”, pode ler-se.

O referido Dicastério do Vaticano sublinha que “o amor conjugal e familiar manifesta, de facto, o dom precioso da vida em comum, alimentando a comunhão e prevenindo a cultura do individualismo, do consumo e do descarte”.

“A experiência estética do amor expressa-se num olhar que contempla o outro como um fim em si mesmo, e ao mesmo tempo, reconhece a outra pessoa na sua sagrada identidade familiar, como marido, mulher, pai, mãe, filho, filha ou avô e avó”, refere a mesma fonte, que retoma as reflexões deixadas pelo Papa Francisco nas duas referidas exortações.

O setor do Vaticano dedicado aos Leigos, Família e Vida  aponta ainda que “ao dar forma à experiência concreta do amor, o matrimônio e a família manifestam o tesouro que são todas as relações humanas, na partilha das alegrias e das tristezas, na vivência do dia-a-dia, orientando as pessoas para o encontro com Deus”.

Um “caminho” que, “quando é vivido com fidelidade e perseverança, reforça o amor e promove a vocação à santidade, que está presente em cada pessoa e se concretiza nas relações conjugais e familiares”.

“Neste sentido, a vida familiar cristã é vocação e caminho de santidade”, e expressão do “rosto mais belo da Igreja”, destaca o Dicastério para os Leigos, Família e Vida, na nota dedicada ao próximo Encontro Mundial de Famílias, em 2021.

O último Encontro Mundial de Famílias teve lugar há cerca de um ano em Dublin, capital da Irlanda.

“Jesus encarnou no nosso mundo por meio duma família, e em cada geração, através do testemunho das famílias cristãs, tem o poder de romper todas as barreiras para reconciliar o mundo com Deus e fazer de nós aquilo que desde sempre estamos destinados a ser: uma única família humana que vive conjuntamente na justiça, na santidade e na paz”, disse na altura o Papa Francisco.

Em 2018 a celebração de encerramento do evento, presidida pelo Papa Francisco em Phoenix Park, contou com a participação de cerca de 500 mil pessoas, provenientes de mais de uma centena de países, incluindo Portugal.


Vaticano: Papa recorda atentado contra São João Paulo II e «proteção materna» de Fátima

Francisco recordou mensagem das aparições de 1917, apelando à recitação do terço


Cidade do Vaticano, 15 mai 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano o atentado contra São João Paulo II, a 13 de maio de 1981, ligando a sobrevivência do santo polaco à “proteção materna” de Nossa Senhora de Fátima.

“O 13 de maio é o dia que recorda a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, coincidindo com o dia do atentado contra a vida de São João Paulo II. Recordamos a sua afirmação: em tudo o que aconteceu vi uma particular proteção materna de Maria”, referiu o pontífice, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a audiência pública semanal.

Francisco repetiu passagens da mensagem deixada aos videntes, na Cova da Iria, durante as aparições: “Vim para advertir a humanidade, para que mude de vida e não entristeça Deus com graves pecados. Que os homens rezem o terço e façam penitência pelos seus pecados”.

Ouçamos esta recomendação, pedindo a Maria a sua proteção materna, o dom da conversão, o espírito de penitência e a paz para o mundo inteiro. Coração Imaculado de Maria, rogai por nós”.

O Papa voltou ao tema ao saudar os peregrinos de língua portuguesa, recordando que maio é considerado pelos católicos como o “mês de Maria”, convidando a “multiplicar os gestos diários de veneração e imitação da Mãe de Deus”.

“Procuremos rezar o terço todos os dias, dedicando a Deus aquele mínimo de tempo que Lhe devemos. Assim aproximaremos dos homens o Céu. Sede para todos a bênção de Deus”, apelou.

O atentado contra a vida de João Paulo II, atingido a tiro na Praça de São Pedro, a 13 de maio de 1981, mudou a relação deste Papa com Fátima, onde viria a realizar três visitas, em 18 anos.

Um ano após os disparos do turco Ali Agca, João Paulo II veio à Cova da Iria reconhecer publicamente a sua convicção de que houve uma intercessão de Nossa Senhora de Fátima na sua recuperação.

Logo na primeira audiência após o atentado, a 7 de outubro de 1981 – memória litúrgica de Nossa Senhora do Rosário – o santo polaco manifestou esta sua certeza interior: “Poderia esquecer que o acontecimento na Praça de São Pedro se realizou no dia e na hora, em que, há mais de 60 anos, se recorda em Fátima, em Portugal, a primeira aparição da Mãe de Cristo aos pobres e pequenos camponeses? Porque, em tudo aquilo que sucedeu exatamente nesse dia, notei aquela extraordinária proteção maternal e solicitude, que se mostrou mais forte do que o projétil mortífero”.

Em maio de 1982, no aniversário desse primeiro atentado contra a sua vida, Karol Wojtyla (1920-2005) chegava a Fátima.

Antes de partir, em Roma, João Paulo II explicava que queria ir à Cova da Iria, “lugar abençoado, também para escutar novamente, em nome de toda a Igreja, a Mensagem que ressoou há 65 anos nos lábios da Mãe comum, preocupada com a sorte dos seus filhos”.

Em Fátima, o Papa falou para “agradecer à Divina Providência neste lugar que a mãe de Deus parece ter escolhido de modo tão particular” (homilia do 13 de maio) e, na Capelinha das Aparições, agradeceu a “especial proteção materna de Nossa Senhora”.

“Pela coincidência – e não há meras coincidências nos desígnios da Providência divina – vi também um apelo e, quiçá, uma chamada à atenção para a mensagem que daqui partiu, há sessenta e cinco anos, por intermédio de três crianças, filhas de gente humilde do campo, os pastorinhos de Fátima, como são conhecidos universalmente”, acrescentou então.

Na Cova de Iria, viria a ser vítima de um novo ataque contra a sua vida, perpetrado pelo espanhol Juan Fernández Krohn, padre tradicionalista que usava um punhal.

Já depois da morte de João Paulo II (2 de abril de 2005), o cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi seu secretário particular, assegurava que este tinha sido ferido, embora de forma ligeira.





Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Junho de 2019
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
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