sábado, 4 de junho de 2016

NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO CATÓLICOS


Como sabemos, namoro é tempo de conhecimento mútuo, de revelação um ao outro, de alegria serena e de descoberta do amor. E, que ambos possam pensar sobre suas escolhas e desejos antes de formarem uma família. Namoro é um período em que o rapaz e a moça procuram conhecer-se em preparação para um compromisso mais sério: o casamento.

O namoro deve ser visto como um ato de amor, não como diversão, pois você estará desrespeitando um templo de Deus. Atualmente, a sociedade vem usando o termo  ‘FICAR’, que possui uma conotação anti-cristã, pois representa: Desonestidade, Desconfiança, Descompromisso, Superficialidade, Desrespeito contra vida, Não valoriza o verdadeiro amor, Infidelidade, Impureza, Indecisão, Perversidade, Ato de pura atração Física,...

O relacionamento entre duas pessoas cristãs deve ser sincero, honesto, fraterno, compromissado e, principalmente, santo! “Sereis santos porque Eu sou santo”, nos diz a Sagrada Escritura (Lv 11, 45). Lembremo-nos que não basta crer, é preciso viver a fé!! Os textos sagrados nos doutrinam, e nos dizem: “Meus filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade.” (1Jo 3, 18) E, mais: “E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?” (Jo 11, 26). 

Nada deve ser feito sem pensar muito. O ditado diz: “A pressa é a inimiga da perfeição” e observar é a principal arma que nós temos para evitar desilusões, sofrimentos, desapontamentos e arrependimentos futuros. O que vale mesmo é o interior e não o exterior. “Sede sóbrios e vigiai. (1Pd 5, 8)

O Noivado, especialmente, é um ato mais firme que o namoro, pois ambos têm um pouco mais de certeza do sentimento que sentem um pelo outro e querem ampliar seu compromisso. Ele é um passo mais concreto do futuro que o casal deseja para si. Para o verdadeiro cristão esses três estágios (namoro, noivado e matrimônio) precisam ser percorridos, pois são dons de Deus para a sua vida, são sacramentos vivos para que juntos, possam planejar e estruturar sua futura família, o casal possa caminhar na Graça Absoluta de Deus.

Lembre-se que você é diferente, proclama o texto sagrado: “Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.” (1Jo 2, 4) “aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu.” (1Jo 2, 6). Se no decorrer desta longa caminhada, você perceber que o outro não está caminhando junto, é o momento de repensar o namoro e talvez até desfazê-lo. A sociedade prega que o casal deve ter relações sexuais quando quiserem, contudo, a Bíblia nos diz claramente: “Mas, se não podem guardar a castidade, casem-se. É melhor casar do que abrasar-se.” (1Cor 7, 9). E, o catecismo nos ensina para que o "sim" dos esposos seja um ato livre e responsável e para que a aliança matrimonial tenha bases humanas e cristãs sólidas e duráveis, a preparação para o casamento é de primeira importância: O exemplo e o ensinamento dos pais e da família continuam sendo o caminho privilegiado desta preparação (C.I.C. §1632).

No matrimônio, homem e mulher doam seus corpos, constituem uma só carne e tornam-se instrumentos de Deus na formação de uma família e na geração de novas vidas. Nele, vemos a completa união do casal. Ele é para toda a vida! A Sagrada Escritura nos da uma ordem: “Vós todos considerai o matrimônio com respeito e conservai o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os impuros e os adúlteros”(Hb 13, 4). Jesus foi muito claro quando afirmou a indissolubilidade do casamento.  “Não separe, pois, o homem o que Deus uniu (...) Ele disse-lhes: Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério." (Mt 10, 9-12) Porém, morrendo o marido, fica desligada da lei, de maneira que, sem se tornar adúltera, poderá casar-se com outro homem.” (Rm 7, 2-3).

Na epiclese deste sacramento, diz o catecismo (§1624), os esposos recebem o Espírito Santo como comunhão de amor de Cristo e da Igreja (Cf Ef 5,32). Logo, Cristo é a fonte desta graça. "Como outrora Deus tomou a iniciativa do pacto de amor e fidelidade com seu povo, assim agora o Salvador dos homens, Esposo da Igreja, vem ao encontro dos cônjuges cristãos pelo sacramento do Matrimônio ." Permanece com eles, concede-lhes a força de segui-lo levando sua cruz e de levantar-se depois da queda, perdoar-se mutuamente, carregar o fardo uns dos outros , "submeter-se uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5,21) e amar-se com um amor sobrenatural, delicado e fecundo. Nas alegrias de seu amor e de sua vida familiar, Ele lhes dá, aqui na terra, um antegozo do festim de núpcias do Cordeiro.

O casal ideal é o de dois cristãos unidos por uma única esperança, um único desejo, uma única disciplina, o mesmo serviço. Ambos, filhos de um mesmo Pai, servos de um mesmo Senhor. Nada pode separá-los, nem no espírito nem na carne; ao contrário, eles são verdadeiramente dois numa só carne. Onde a carne é uma só, um também é o espírito.


Prof. Adilson L. P. Oliveira


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Junho de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquiahttp://www.pnslourdes.com.br