quinta-feira, 6 de outubro de 2016

NOTÍCIAS DA IGREJA: PAPA FRANCISCO

VATICANO DE PAPA FRANCISCO

Mensagem do papa para o Dia Mundial das Missões

Igreja missionária: testemunha de misericórdia

“Queridos irmãos e irmãs! O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que a Igreja está a viver, proporciona uma luz particular também ao Dia Mundial das Missões de 2016: convida-nos a olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material. Com efeito, neste Dia Mundial das Missões, todos somos convidados a «sair» como discípulos missionários, e por os talentos, a criatividade, a sabedoria e experiência de cada um de nós para levar a mensagem da ternura e da compaixão de Deus a todas as famílias.

Em virtude do mandato missionário, a Igreja se dirige aos que não conhecem o Evangelho, pois deseja que todos sejam salvos e cheguem a experimentar o amor do Senhor. Ela «tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho» (Bula Misericordiae Vultus, 12), e anunciá-la em todos os cantos da terra, até alcançar toda a mulher, homem, idoso, jovem e criança.

A misericórdia gera íntima alegria no coração do Pai, sempre que encontra cada criatura humana; desde o princípio, Ele dirige-se amorosamente às mais vulneráveis, porque a sua grandeza e poder manifestam-se precisamente na capacidade de empatia com os mais pequenos, os descartados, os oprimidos (cf. Dt 4, 31; Sal 86, 15; 103, 8; 111, 4). É o Deus benigno, solícito, fiel; aproxima-se de quem passa necessidade para estar perto de todos, sobretudo dos pobres; envolve-se com ternura na realidade humana, tal como fariam um pai e uma mãe na vida dos seus filhos (cf. Jr 31, 20). É ao ventre materno que alude o termo utilizado na Bíblia hebraica para dizer misericórdia: trata-se, pois, do amor de uma mãe pelos filhos; filhos que ela amará sempre, em todas as circunstâncias suceda o que suceder, porque são frutos do seu ventre.

Este é um aspeto essencial também do amor que Deus nutre por todos os seus filhos, especialmente pelos membros do povo que gerou e deseja criar e educar: perante as suas fragilidades e infidelidades, o seu íntimo comove-se e estremece de compaixão (cf. Os 11, 8). Mas Ele é misericordioso para com todos, o seu amor é para todos os povos e a sua ternura estende-se sobre todas as criaturas (cf. Sal 144, 8-9).

A misericórdia encontra a sua manifestação mais alta e perfeita no Verbo encarnado. Ele revela o rosto do Pai, rico em misericórdia: «não somente fala dela e a explica com o uso de comparações e parábolas, mas sobretudo Ele próprio a encarna e a personifica» (João Paulo II, Enc. Dives in misericordia, 2).

Aceitando e seguindo Jesus por meio do Evangelho e dos Sacramentos, com a ação do Espírito Santo, podemos tornar-nos misericordiosos como o nosso Pai celestial, aprendendo a amar como Ele nos ama e fazendo da nossa vida um dom gratuito, um sinal da sua bondade (cf. Bula Misericordiae Vultus, 3).

A primeira comunidade que, no meio da humanidade, vive a misericórdia de Cristo é a Igreja: sempre sente sobre si o olhar d’Ele que a escolhe com amor misericordioso e, desse amor, ela deduz o estilo do seu mandato, vive dele e o dá a conhecer aos povos em um diálogo respeitoso de cada cultura e convicção religiosa.

Como nos primeiros tempos da experiência eclesial, há tantos homens e mulheres de todas as idades e condições que dão testemunho desse amor de misericórdia. Sinal eloquente do amor materno de Deus é uma considerável e crescente presença feminina no mundo missionário, ao lado da presença masculina. As mulheres, leigas ou consagradas – e hoje também numerosas famílias –, realizam a sua vocação missionária nas mais variadas formas: desde o anúncio direto do Evangelho ao serviço sociocaritativo.

Ao lado da obra evangelizadora e sacramental dos missionários, aparecem as mulheres e as famílias que entendem, de forma muitas vezes mais adequada, os problemas das pessoas e sabem enfrentá-los de modo oportuno e, por vezes, inédito: cuidando da vida, com uma acrescida atenção centrada mais nas pessoas do que nas estruturas e fazendo valer todos os recursos humanos e espirituais para construir harmonia, relacionamento, paz, solidariedade, diálogo, cooperação e fraternidade, tanto no setor das relações interpessoais como na área mais ampla da vida social e cultural e, de modo particular, no cuidado dos pobres.

Em muitos lugares, a evangelização parte da atividade educativa, à qual o trabalho missionário dedica esforço e tempo, como o vinhateiro misericordioso do Evangelho (cf. Lc 13, 7-9; Jo 15, 1), com paciência para esperar os frutos depois de anos de lenta formação; geram-se assim pessoas capazes de evangelizar e fazer chegar o Evangelho onde ninguém esperaria vê-lo realizado.

A Igreja pode ser definida «mãe», mesmo para aqueles que um dia poderão chegar à fé em Cristo. Espero, pois, que o povo santo de Deus exerça o serviço materno da misericórdia, que tanto ajuda os povos que ainda não conhecem o Senhor a encontrá-Lo e a amá-Lo. Com efeito, a fé é dom de Deus, e não fruto de proselitismo; mas cresce graças à fé e à caridade dos evangelizadores, que são testemunhas de Cristo. Quando os discípulos de Jesus percorrem as estradas do mundo, é-lhes pedido aquele amor sem medida que tende a aplicar a todos a mesma medida do Senhor; anunciamos o dom mais belo e maior que Ele nos ofereceu: a sua vida e o seu amor.

Cada povo e cultura tem direito de receber a mensagem de salvação, que é dom de Deus para todos. E a necessidade dela redobra ao considerarmos quantas injustiças, guerras, crises humanitárias aguardam, hoje, por uma solução. Os missionários sabem, por experiência, que o Evangelho do perdão e da misericórdia pode levar alegria e reconciliação, justiça e paz. O mandato do Evangelho – «Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei» (Mt 28, 19-20a) – não terminou antes, pelo contrário, impele-nos a todos, nos cenários presentes e desafios atuais, a sentir-nos chamados para uma renovada «saída» missionária, como indiquei na Exortação Apostólica Evangelii gaudium: «cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (n. 20).

Precisamente neste Ano Jubilar, celebra o seu nonagésimo aniversário o Dia Mundial das Missões, promovido pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé e aprovado pelo Papa Pio XI em 1926. Por isso, considero oportuno recordar as sábias indicações dos meus Predecessores, estabelecendo que fossem destinadas a esta Obra todas as ofertas que cada diocese, paróquia, comunidade religiosa, associação e movimento, de todo o mundo, pudessem recolher para socorrer as comunidades cristãs necessitadas de ajuda, e ainda, revigorar o anúncio do Evangelho até os últimos confins da terra.

Também nos nossos dias, não nos subtraiamos a este gesto de comunhão eclesial missionário; não restrinjamos o coração às nossas preocupações particulares, mas o alarguemos aos horizontes da humanidade inteira. Santa Maria, ícone sublime da humanidade redimida, modelo missionário para a Igreja, ensine a todos, homens, mulheres e famílias, a gerar e guardar por todo o lado a presença viva e misteriosa do Senhor Ressuscitado, que renova e enche de jubilosa misericórdia as relações entre as pessoas, as culturas e os povos”.

Vaticano, 15 de maio, Solenidade de Pentecostes de 2016.
Papa Francisco

Papa a Núncios: “não apontar o dedo ou agredir quem não pensa como nós”

Rádio Vaticano (RV) – O Papa recebeu os Núncios Apostólicos na manhã do dia 17/09, na conclusão do encontro que reuniu no Vaticano os representantes do Pontífice no mundo inteiro.

Mais cedo, Francisco celebrou a missa na Casa Santa Marta com os núncios.

Ao recordar as palavras do Beato Papa Paulo VI, que reformou o serviço diplomático da Santa Sé, o Pontífice sublinhou o papel dos Núncios.

“A sua missão não deve se sobrepor ao bispo, nem substitui-lo ou impedi-lo, mas o respeita, aliás, o favorece e apoia com o fraterno e discreto conselho”.

Não apontar o dedo

Francisco dividiu sua reflexão em três partes: na primeira falou sobre o serviço do Núncio, que deve ser feito com “sacrifício como humildes enviados” em cada realidade nacional.

“Não basta apontar o dedo ou agredir quem não pensa como nós. Esta é uma mísera tática das atuais guerras políticas e culturais, mas não pode ser o método da Igreja. O nosso olhar deve ser vasto e profundo. A formação das consciências é o nosso dever primordial de caridade e isso requer delicadeza e perseverança na sua atuação”.

Casa do Papa

Francisco pediu que as Nunciaturas sejam “verdadeiramente a Casa do Papa”.

Que sejam um “lugar permanente de apoio e conselho a todo âmbito eclesial, um ponto de referência às autoridades públicas, não somente para a função diplomática, mas para o caráter próprio e único da diplomacia pontifícia. Vigiem para que as Nunciaturas não sejam refúgio dos ‘amigos e amigos de amigos’. Fujam das fofocas e dos carreiristas”.

A seguir, o Papa ressaltou a necessidade de que os núncios “acompanhem as Igrejas com o coração de pastores” e “acompanhem os povos nos quais a Igreja de Cristo está presente”.

Por fim, ao reenviar os núncios, Francisco concluiu: “Não somos vendedores de medo e da noite, mas guardiões do alvorecer e da luz do Ressuscitado. O medo mora na obscuridade do passado e é provisório. O futuro pertence à luz. O futuro é nosso porque pertence a Cristo!”.

 

No Twitter, Papa saúda atletas paraolímpicos

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma saudação a todas as atletas e os atletas que participaram das Paraolimpíadas no Rio de Janeiro.

Em um tuíte publicado no dia 12/09, o Pontífice faz votos de que “o esporte seja uma ocasião de crescimento e de amizade”. Uma saudação a todas as atletas e os atletas participantes nas Paraolimpíadas: que o esporte seja ocasião de crescimento e de amizade.

Em 11 dias de competição – até 18 de setembro – mais de 4300 atletas disputaram 534 provas. Os participantes são oriundos de 162 países para competir nas 23 modalidades das Paraolimpíadas. No quadro de medalhas, o Brasil ocupou a oitava posição, com 14  de ouro,  29 de  prata e  29 de bronze, num total de 72 medalhas. Atletas paraolímpicos, nossos Parabéns!!!

 

Papa a catequistas: insensibilidade de hoje escava abismos

“Neste Jubileu dos Catequistas, nos é pedido para não nos cansarmos de colocar em primeiro lugar o anúncio principal da fé: o Senhor ressuscitou. Não existem conteúdos mais importantes, nada é mais firme e atual. Todo conteúdo da fé torna-se perfeito se estiver ligado a este centro, se for permeado pelo anúncio pascal. Se ficar isolado, perde sentido e força. Somos chamados continuamente a viver e anunciar a Boa Nova do amor do Senhor.”

O mandamento de que fala São Paulo faz-nos pensar também no mandamento novo de Jesus: «Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei». “É amando que se anuncia o Deus-Amor: nunca impondo a verdade e nem obstinando-se em torno de alguma obrigação religiosa ou moral.” 

“Anuncia-se Deus, encontrando as pessoas, com atenção à sua história e ao seu caminho. Porque o Senhor não é uma ideia, mas uma Pessoa viva: a sua mensagem se comunica através do testemunho simples e verdadeiro, da escuta e acolhimento, da alegria que se irradia. Não se fala bem de Jesus, quando nos mostramos tristes; nem se transmite a beleza de Deus limitando-nos a fazer sermões bonitos. O Deus da esperança se anuncia vivendo no dia-a-dia o Evangelho da caridade, sem medo de o testemunhar inclusive com novas formas de anúncio.”

“Como servidores da palavra de Jesus, somos chamados a não ostentar aparência, nem procurar glória; não podemos sequer ser tristes e lastimosos. Não sejamos profetas da desgraça, que se comprazem em lobrigar perigos ou desvios; não sejamos pessoas que vivem entrincheiradas nos seus ambientes, proferindo juízos amargos sobre a sociedade, sobre a Igreja, sobre tudo e todos, poluindo o mundo de negatividade. O ceticismo lamentoso não se coaduna com quem vive familiarizado com a Palavra de Deus.”

Segundo o Papa Francisco, “quem anuncia a esperança de Jesus é portador de alegria e vê longe, porque sabe olhar para além do mal e dos problemas. Ao mesmo tempo, vê bem de perto, porque está atento ao próximo e às suas necessidades. Hoje o Senhor nos pede isso: diante dos inúmeros Lázaros que vemos, somos chamados a inquietar-nos, a encontrar formas de os atender e ajudar, sem delegar sempre a outras pessoas nem dizer: «Ajudo você  amanhã». O tempo gasto socorrendo é tempo doado a Jesus, é amor que permanece: é o nosso tesouro no céu, que nos asseguramos aqui na terra”.




Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Outubro de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquiahttp://www.pnslourdes.com.br