Queridos paroquianos!
Quero manifestar a todos
vocês uma breve mensagem de agradecimento por estes três anos vividos na
Paróquia. Gostaria de resumir em três pontos: Trabalho, louvor e perdão.
Trabalho: Acredito que foram anos de
muito trabalho, muitas colaborações e parcerias. Nossa Comunidade teve muitas
oportunidades de ser uma “Comunidade de comunidades”, uma rede de pessoas
interligadas pela mesma afinidade de fé: Jesus Cristo. Fizemos pequenas
melhorias na nossa Igreja, como o telhado do salão Santa Mônica e da antiga
casa paroquial que hoje funciona como sala de catequese; foram anos de
quermesses e de eventos realizados para colaborar com a obra social Sopão e com
os mais necessitados da paróquia.
Tivemos muitas formações e a
volta do curso de Teologia para agentes de pastoral. Os frutos desse laborioso
trabalho ainda estão sendo colhidos. Outras pessoas, talvez por medo ou
insegurança se esquivaram, mas até isso houve um propósito.
Paróquias, pessoas,
movimentos e grupos, a todos que colaboraram deixo o meu muito obrigado! Não
podemos deixar de lembrar da festa das crianças, confraternizações e as festas
da Padroeira. É o Reino de Deus no meio de nós. É preciso saber ver estes
sinais. Nossas festas, nossos eventos, colaboração de poucos ou de muitos tudo
foi feito para o bem.
Louvor: É preciso saber
agradecer, reconhecer que tudo que buscamos foi graças a Deus e o empenho de
pessoas. A gratidão é um dom, que poucas pessoas possuem. Mas as que possuem,
sabem que graças ao Senhor tudo foi realizado. Louvamos pela vida da comunidade
que com tantas dificuldades soube dar um pouco de si. Louvamos até pelas pessoas
que ainda não adentraram ao tempo da comunidade. Algumas ainda estão encerradas
em si mesmas e em seus grupos. Mas o Senhor há de abrir a consciência e o
coração delas. Louvo pela vida de todos aqueles que me ajudaram nestes anos e a
toda a minha comunidade religiosa.
Perdão: Saber reconhecer é
importante, pois nem sempre acertamos, nem sempre conseguimos ser melhores. A
comunidade que se respeita e se ama, sabe ser espaço de reconciliação e perdão.
Abrir mão de projetos pessoais para o bem da Igreja. Abrir mão do orgulho, para
enxergar o outro. Peço perdão a todas as pessoas com quem convivi este ano. No
trabalho, na convivência, mas principalmente na Evangelização, com a motivação
de fazer o certo, às vezes somos mal compreendidos e de alguma forma afetamos
ou prejudicamos alguém.
O padre tem muitas
obrigações, funções, responsabilidades que nem todos sabem. Sei, contudo, que
uma em especial não pode ficar prescindida da vocação sacerdotal: acolher a
todos sem distinção. Esforcei-me dentro dos meus limites em agregar e integrar
a todos. Peço perdão para as pessoas que me aproximei para tentar ajudar e não
consegui. Tenho a convicção que todos têm direito de serem felizes, e esta
felicidade só pode estar inserida na vida em Cristo.
O grande risco do mundo
atual, com a sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza
individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada
de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se
fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não
entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria
do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Muitos caem nele,
transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha
duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não
é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo.
Às vezes preciso ter
paciência para compreender que nem todas as pessoas querem viver a felicidade
em Cristo. Houve desencantos por causa disso, culpa de ninguém, mas minhas
expectativas sempre são grandes porque acredito na regeneração das pessoas.
Termino essa mensagem
fazendo minhas as palavras de Jesus quando percebeu que os pobres, abandonados
e pessoas excluídas do seu tempo acolheram sua mensagem. Assim hoje rezo com
vocês: “Eu te louvo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas
coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos” (Mt 11,25).
Que Deus abençoe a todos e
que nossa Senhora de Lourdes nos acompanhe sempre! Até qualquer dia...
Rezem por mim que estarei
rezando por todos!
Frei Alcimar Fioresi, OAR.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Janeiro de 2019
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br