A Bíblia, o livro mais editado, é também um dos mais lidos em toda a história da humanidade. Em quase todas as casas podemos encontrar um exemplar dela, ou pelo menos, o Novo Testamento.
A Dei Verbum( Palavra de Deus) , Constituição Dogmática do Vaticano II diz que a “a Palavra de Deus é a força de Deus para a salvação de todo o povo crente (cfRm 1,16), e apresentada e manifesta seu vigor de modo eminente nos escritos do Novo Testamento. Com efeito, quando veio a plenitude do tempo(cf. Gl 4 4), o Verbo se fez carne habitou entre nós, cheio de graça e verdade”. Por isso que neste mês devemos dar o devido valor à Sagrada Escritura, pois o seu objetivo é despertar o interesse, a curiosidade, o desejo de se aproximar da Palavra, viva e eficaz, e se deixar por ela desafiar.
O que significa a palavra “bíblia”? É um termo que vem do grego “biblos”, que significa livros, ou melhor, livrinhos. A Bíblia é uma coleção de Livros, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Na Bíblia há textos de pessoas que viveram situações, experiências, dificuldades as mais variadas. Afinal de contas, a vida de fé é uma aventura, uma busca de Deus, da vida, dos irmãos e das irmãs. Assim também é a nossa vivência cristã no dia-a-dia.
A Bíblia testemunha como as pessoas buscaram relacionar-se com Deus e entre si mesmos nos mais variados momentos: alegria, tristeza, guerra, exílio, paz, morte, vitória e Ressurreição.
Para você se aprofundar um pouco mais indicarei os seguintes sites:
Regras de ouro para ler a Bíblia
1. Leia todos os dias a Bíblia
2. Tenha uma hora marcada para a Leitura
3. Marque a duração da Leitura
4. Escolha um bom lugar
5. Leia com lápis ou caneta na mão
6. Faça tudo em espírito de oração.
Veja os comentários destas regras em http://www.cancaonova.com/cnova/dicas.p/b
Estas regras foram extraídas do Livro do Pe. Jonas Abib, “A Bíblia no meu dia a dia”.
A SAGRADA ESCRITURA E SUA INTERPRETAÇÃO
A Sagrada Escritura é Palavra de Deus, porém, escrita por homens. Deus servindo-se do gênero humano quis se dá e se fazer compreendido por toda a humanidade e se perpetuado na memória da Sagrada Escritura. “Ele que nos falou por meio de homens, depois nos falou como Homem”. A Palavra nos vem acompanhada de um gênero literário específico, situado em um tempo e em uma cultura. A Sagrada Escritura é Palavra de Deus, viva em nosso meio, porém, escrita há muitos séculos atrás, em outro contexto histórico, por isso, ela deve ser contextualizada à luz do Espírito Santo, na Tradição e no Magistério.
Os textos da Sagrada Escritura são inspirados pelo Espírito Santo. Eles trazem em si toda a Verdade Revelada, sem sombras de dúvidas ou margens de erros, podendo ser até um pouco escura e confusa, devido ser interpretada por homens e expressada por linguagem humana. Por isso, é função do Espírito Santo nos ajudar na interpretação e compreensão da Sagrada Escritura na Igreja, na Comunidade dos Crentes e na vida pessoal do homem que crê.
A Sagrada Escritura possui um sentido e traz em si um conteúdo, por isso, cabe à Igreja “guardar e interpretar a Palavra de Deus”. Guardando seu sentido e interpretando seu conteúdo, ela nos oferece uma interpretação à luz da fé e do Espírito Santo. O que nos dificulta a compreensão da Sagrada Escritura é a condescendência de Deus, uma vez que a linguagem divina expressou-se na linguagem humana, houve deficiência da parte do homem de captar na íntegra toda a Revelação de Deus, onde Ele se desvela como Verdade, Santidade, Perfeição, Sabedoria e Benignidade para toda a da humanidade.
A Escritura é uma economia da Salvação Divina, descrita no Antigo Testamento como um conhecimento de Deus aos homens e anúncio da chegada de Cristo. A experiência do Antigo Testamento é a pedagogia que Deus usou para formar o povo na fé, na esperança e no amor. Portanto, o Antigo Testamento não pode ser compreendido sem o Novo Testamento. Percebemos experiências e fatos em ambos que se complementam reciprocamente. A máxima Revelação de Deus está contida no Novo Testamento: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Ele é um autêntico testemunho de Jesus Cristo como o Filho de Deus, através de suas obras e palavras; da comunidade apostólica como testemunhas oculares de sua vida, morte e ressurreição; e por último da ação poderosa e transformadora do Espírito Santo sobre a Igreja e cada fiel que Crê.
A Dei Verbum, aponta como problema hermenêutico as diferenças internas: como ler um conjunto de textos, aparentemente díspares, porém, que estão interligados entre si? Quais as lentes que devemos usar para se ter uma visão perfeita de um determinado texto da Escritura? Isso requer a necessidade de procurar um princípio de leitura que permita encontrar a unidade do texto com o contexto atual de acordo com a Tradição e o Magistério desenvolvido pela Igreja.
Cônego Edmilson Januário da Silva
Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Setembro 2013
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br
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