Depressão não é uma simples tristeza.
A notícia da morte
de Robin Williams chocou muita gente. O ator
de filmes como “Patch Adams - O Amor é Contagioso” e “Sociedade dos Poetas
Mortos”, que havia se internado diversas vezes em clínicas
de reabilitação para tratamento contra o alcoolismo e o uso de drogas,
enforcou-se com um cinto após tentativa de
cortar os pulsos. Robin Williams tinha 63 anos, estava no estágio inicial
do Mal de Parkinson e lutava contra a depressão.
Há suposições de que seu suicídio tenha sido conseqüência da depressão. Não
podemos afirmar, mas é possível.
A
palavra depressão é freqüentemente empregada como sinônimo de tristeza ou
desânimo, porém, ao contrário da tristeza, na depressão ocorrem alterações
químicas no cérebro que exigem tratamento, pois, esta é, de fato, uma doença e não uma simples tristeza.
O
diagnóstico é clínico e o profissional competente analisa o quadro a partir do
histórico familiar da pessoa, assim como, de sintomas como tristeza e a falta
de prazer para fazer qualquer atividade, principalmente aquelas que costumavam
deixar a pessoa feliz. Outros sintomas, como insônia, redução do desejo sexual
e compulsão alimentar estão entre os indícios mais freqüentes.
No caso de depressão esses sintomas, às vezes não possuem
motivo aparente e costumam perdurar por meses. Esse mal não elege idade, muito
menos classe social e pesquisas indicam que pessoas solitárias têm maiores
possibilidades de desenvolver o problema.
Estima-se
que entre 20% e 25% da população tenha a
doença. No entanto, a maioria dos que
sofrem da doença não procuram tratamento ou não conseguem suporte para tal.
Contudo, mesmo aqueles que possuem condições, às vezes, não fazem o tratamento,
pois, negam a doença e se recusam a serem internados quando necessário ou, pior
ainda, não possuem apoio dos amigos e familiares que, às vezes, erradamente,
crêem que o doente tem “preguiça” ou “falta de força de vontade”.
O alcoolismo e uso de drogas fazem crescer as chances de
depressão, assim como, o de suicídio. Especialistas afirmam que mais da metade
das pessoas que cometem suicídio possuem depressão ou alcoolismo. Ser portador
de males neurológicos, como, por exemplo, o mal de Parkinson, também aumenta a
possibilidade de suicídio.
Infelizmente, com a depressão, o
alcoolismo, o Parkinson e as drogas, Robin Williams fazia parte desse grupo de
alto risco. Uma pena.
Vanusa do Reis Coêlho Rodrigues
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Vanusa Coêlho é graduada em Ciências Contábeis e Letras/Inglês. Possui Mestrado em Psicologia da Educação (PUC/SP); MBA em Recursos Humanos (FGV). É Especialista em Educação Lúdica, Neuroaprendizagem e em Psicopedagogia Clínica e institucional (PUC/SP). É PersonalCoach e Practitioner em Programação Neurolinguística. Possui Certificação em Mediação PEI e Curso de aperfeiçoamento em TDA/TDAH (EPSIBA/Buenos Aires).
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Setembro 2014
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