domingo, 7 de setembro de 2014

COTIDIANO: DEPRESSÃO

Depressão não é uma simples tristeza.

A notícia da morte de Robin Williams chocou muita gente. O ator de filmes como “Patch Adams - O Amor é Contagioso” e “Sociedade dos Poetas Mortos”, que havia se internado diversas vezes em clínicas de reabilitação para tratamento contra o alcoolismo e o uso de drogas, enforcou-se com um cinto após tentativa de cortar os pulsos. Robin Williams tinha 63 anos, estava no estágio inicial do Mal de Parkinson e lutava contra a depressão. Há suposições de que seu suicídio tenha sido conseqüência da depressão. Não podemos afirmar, mas é possível.

A palavra depressão é freqüentemente empregada como sinônimo de tristeza ou desânimo, porém, ao contrário da tristeza, na depressão ocorrem alterações químicas no cérebro que exigem tratamento, pois, esta é, de fato, uma doença e não uma simples tristeza.

O diagnóstico é clínico e o profissional competente analisa o quadro a partir do histórico familiar da pessoa, assim como, de sintomas como tristeza e a falta de prazer para fazer qualquer atividade, principalmente aquelas que costumavam deixar a pessoa feliz. Outros sintomas, como insônia, redução do desejo sexual e compulsão alimentar estão entre os indícios mais freqüentes.

No caso de depressão esses sintomas, às vezes não possuem motivo aparente e costumam perdurar por meses. Esse mal não elege idade, muito menos classe social e pesquisas indicam que pessoas solitárias têm maiores possibilidades de desenvolver o problema.

Estima-se que entre 20% e 25% da população tenha a doença. No entanto, a maioria dos que sofrem da doença não procuram tratamento ou não conseguem suporte para tal. Contudo, mesmo aqueles que possuem condições, às vezes, não fazem o tratamento, pois, negam a doença e se recusam a serem internados quando necessário ou, pior ainda, não possuem apoio dos amigos e familiares que, às vezes, erradamente, crêem que o doente tem “preguiça” ou “falta de força de vontade”.

O alcoolismo e uso de drogas fazem crescer as chances de depressão, assim como, o de suicídio. Especialistas afirmam que mais da metade das pessoas que cometem suicídio possuem depressão ou alcoolismo. Ser portador de males neurológicos, como, por exemplo, o mal de Parkinson, também aumenta a possibilidade de suicídio. 

Infelizmente, com a depressão, o alcoolismo, o Parkinson e as drogas, Robin Williams fazia parte desse grupo de alto risco. Uma pena.

Vanusa do Reis Coêlho Rodrigues
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Vanusa Coêlho é graduada em Ciências Contábeis e Letras/Inglês. Possui Mestrado em Psicologia da Educação (PUC/SP); MBA em Recursos Humanos (FGV). É Especialista em Educação Lúdica, Neuroaprendizagem e em Psicopedagogia Clínica e institucional (PUC/SP). É PersonalCoach e Practitioner em Programação Neurolinguística. Possui Certificação em Mediação PEI e Curso de aperfeiçoamento em TDA/TDAH (EPSIBA/Buenos Aires).


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Setembro 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br