OS PAIS, “PRIMEIROS
EDUCADORES”
Santo Agostinho
- Da mesma forma que a nós bispos compete
pastorear nossa Igreja, também a vós, pais, compete governar vossa casa. Em
ambos os casos, a fim de prestar contas a Deus daqueles que nos foram
confiados. (In ps. 50,24).
- Deus ama a
disciplina. E é perversa a inocência falsificada do pai que tolera os pecados
de seus filhos. O pecado que não te desagrada no teu filho, na realidade é
porque te agrada a ti. Embora não cometas o mesmo ato, é a mesma concupiscência
que te move. (In ps. 50,24)
- Todo pai de família deve reconhecer, neste título, uma dívida de amor para com
aqueles que lhe foram confiados. Por amor do Cristo e da vida eterna, instrua,
admoeste, corrija e exorte todos os seus. Ser pai não é um é um ofício, mas sim
um serviço. (In Joan. 51,13).
- Educa o teu filho. E
faze isso de forma tal que, na medida do possível, a instrução vá acompanhada
de pudor e liberdade. Quer dizer, procura que o teu filho sinta vergonha de te
ofender sem que, por esse motivo, chegue a temer-te como se teme a um juiz... Se
isto, porém, não for suficiente, não receies em lançar mão do castigo,
produzindo dor nele, mas procurando a sua salvação. Muitos têm sido corrigidos
por meio do amor, outros pelo temor: por temor ao castigo, eles chegaram ao
amor. (Serm. 13,8).
- Melhor amar com severidade do que enganar
com suavidade. (Epist. 93,2.4)
- Não consiste a felicidade em ter filhos,
mas sim em ter bons filhos. (In ps.
127,15).
- Não se deve dar a todos o mesmo remédio, se
bem que a todos é preciso dar o mesmo amor. Uns devem ser amados com gentileza,
outros com severidade. Com um amor, que sem ser inimigo de ninguém, seja
atencioso com todos. (De cat. rud.
15,25).
- O fato de dar já supõe mérito para receber.
(Epist. 266,1).
- Não é a mesma coisa “ser” pai, que “cumprir
as funções de pai” (Serm. 44,1; Epist.
208,2).
Oração
do pai de família
Senhor, tu que fizeste com que eu te
encontrasse e me concedeste o ânimo para seguir buscando-te, não me abandones
ao cansaço e à desesperança.
Faze com que eu sempre te procure, e cada vez
com mais ardor e dá-me a força para fazer progressos na tua procura.
Diante de ti coloco minha fortaleza e, junto
com ela, a minha fraqueza. Aumenta em mim a primeira e sara-me da segunda.
Diante de ti coloco minha ciência e, junto a
ela, a minha ignorância. Ali onde me abriste a porta, recebe-me, pois estou
entrando. Ali onde me criaste, abre-me, pois estou batendo à tua porta.
Faze com que sempre me lembre de ti, faze que
eu te compreenda, que eu te ame.
Acrescenta em mim teus favores até que eu
totalmente me reforme em ti.
(De Trin. 15,28.51).
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Agosto 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br