UM DIA DE DESTAQUE PARA OS PAIS (*)
O dia dos pais já se tornou tradicional no segundo
domingo de agosto. Ninguém mais ignora esta data. Este dia é uma forma de dar
cumprimento ao quarto mandamento da Lei de Deus: “Honrar pai e mãe”. A
instituição do dia dos pais e das mães é mais uma prova de que os mandamentos
da Lei de Deus estão intimamente gravados na consciência humana. Sua
promulgação não foi mais do que uma explicitação do que já existia no íntimo
das pessoas.
Entre a multidão de pais espalhados pelo mundo inteiro,
há muitos que, infelizmente, nem sabem que são pais; outros nem sequer
assumiram a responsabilidade paterna. Entretanto, e estes são muitos, maior é o
número dos pais responsáveis que lutam pela formação de seus filhos e sofrem
por eles e com eles.
Não olhemos para as luzes apagadas de nossas cidades, mas
para as lâmpadas que brilham, ainda que solitárias, no extremo da avenida.
Perderíamos muito tempo, e estaríamos desprezando as outras muitas que brilham
em torno de nós na caminhada.
Assim, deixando de lado o aspecto pessimista da figura de
pais irresponsáveis, não só na geração como na educação de seus filhos, voltemo-nos
para a veneranda figura de tantos pais dignos e responsáveis, aqueles pais
justos que se alegram em seus filhos (Pr 23,24).
Por que o comércio procura aumentar e diversificar o seu
estoque de presentes? Porque sabe que a procura de presentes para os pais nesse
dia é uma prova de que existem muitíssimos pais cujos filhos querem manifestar
sua gratidão no simbolismo do presente, por mais simples que seja.
Mais do que presentes materiais, simbólicos, os pais
merecem um tríplice presente: amor, reverência e obediência. Haverá, talvez,
quem se escandalize com as palavras reverência e obediência. Se estas duas
palavras não forem expressões de amor, não deixarão de causar escândalo. Aliás,
elas não passariam de hipocrisia.
Este é um dia de reconhecimento e gratidão e. por que não
dizer, também de perdão? Na inconstância e fragilidade humanas, pais e filhos
às vezes se desentendem e se chocam durante o ano. É um momento de
reconciliação, porém sem drama na festa do amor. O sorriso, o abraço, o
presente.
(*)
RIBEIRO, Frei José P. - Sementes ao vento. Ribeirão Preto (SP),
Rocharte, 2007, p.125-126.
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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