Palavras do
Papa Francisco na América Latina
A semana que o Papa Francisco passou em
Viagem Apostólica na América Latina, visitando o Equador, a Bolívia e o
Paraguai, continua a suscitar muitos comentários e reações.
As palavras do Santo Padre foram fortes
e concretas e recordamos aqui e agora algumas delas:
“Maria está atenta a todas as situações:
“é mãe” e “dirige-se com confiança a Jesus” e ensina-nos a pôr as nossas
famílias nas mãos de Deus.
Se confiarmos em Deus e com a ajuda de
Maria, pode acontecer o milagre de recuperarmos “a alegria da família, a
alegria de viver em família”.
“A voz dos Pastores, que tem de ser
profética, fala à sociedade em nome da Igreja Mãe, partindo da sua opção
evangélica preferencial pelos últimos, pelos descartados, pelos excluídos, essa
é a opção preferencial da Igreja.”
“Os pobres e necessitados deverão ocupar
um lugar prioritário.”
“Senhor Jesus, dou-Te graças por estar
aqui e porque me deste irmãos como Liz, Manuel e Orlando, dou-Te graças porque
nos deste tantos irmãos como eles.”
“Jesus, peço-Te pelos rapazes e
raparigas que não sabem que sois a sua fortaleza, e que têm medo de viver, medo
de ser felizes, têm medo de sonhar.”
“Senhor Jesus, dá-nos fortaleza, dá-nos
um coração livre, dá-nos esperança, dá-nos amor e ensina-nos a servir. Amém.”
(RS)
Papa:
juventude da América Latina é lição para a Europa
O Papa Francisco regressou
ao Vaticano no dia 13 de julho depois da sua visita à América Latina, visitando
o Equador, a Bolívia e o Paraguai. Durante a viagem, o Santo Padre, como
habitualmente, respondeu às perguntas dos jornalistas.
As rugas do Velho
Continente, que perdeu o valor da juventude, espelham-se na frescura balsâmica
da América Latina: é esta a ajuda jovem do povo e da Igreja da ‘outra parte do
mundo’ da qual provém o Papa, e que pode oferecer às terras que deixaram de
fazer filhos e futuro.
O Papa afirmou que “a
Igreja latino-americana tem uma grande riqueza: “é uma igreja jovem e é isso
que nós devemos aprender e corrigir, e estes povos jovens dão-nos força nisto.”
Respondendo a uma pergunta
sobre a próxima viagem a Cuba e EUA, o Santo Padre afirmou não ter havido
propriamente uma mediação do Vaticano, no acordo entre os dois países, mas
algumas pequenas ações concretas. O mérito é da boa vontade dos dois países:
“Não foi uma mediação, foi
a boa vontade dos dois países, o mérito é deles, nós não fizemos quase nada.”
Sobre a situação
financeira da Grécia o Papa Francisco referiu que o caminho das dívidas e dos
empréstimos não têm mais fim, sendo necessário “encontrar um caminho para
resolver o problema grego e também um caminho de vigilância para não recair em
outros países o mesmo problema.”
Sobre o presente recebido
do presidente da Bolívia, Evo Morales, que representa uma foice e um martelo
com um crucifixo cravado no meio dessa peça, o Santo Padre reafirmou tratar-se
de uma obra do Padre Espinal, “uma arte de protesto, mas que eu não conhecia e
não me ofende” – afirmou o Papa que explicou que o Padre Espinal era escultor e
poeta e que perfilhava uma das linhas da Teologia da Libertação, das várias que
havia nos anos 70 e 80 e que fazia “uma análise marxista da realidade”. É uma
obra enquadrada numa “arte de protesto” – sublinhou o Papa Francisco.
Questionado sobre a falta
de mensagens direcionadas para a classe média, o Santo Padre referiu ser algo
sobre que vai pensar, não deixando de salientar que o mundo está, hoje em dia,
muito polarizado entre os ricos e os muitos pobres, e os pobres estão no
coração do Evangelho.
Neste encontro com os
jornalistas ainda uma pergunta sobre a grande vivacidade do Papa Francisco no
seu pontificado e, em particular, nesta viagem, e para a qual o Santo Padre
respondeu com bom humor: “o mate (chá) ajuda-me. Mas não provei a coca. Isso é
claro.” (RS)
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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