a)
Em livro sobre Madre Teresa, Papa escreve aos jovens
Cidade do Vaticano
(RV) – A poucos meses de sua canonização, Madre Teresa é a protagonista de um
livro que reúne dois pronunciamentos inéditos da missionária em encontros com
jovens e religiosas em 1973, em Milão.
Cidade do Vaticano
(RV) – A poucos meses de sua canonização, Madre Teresa é a protagonista de um
livro que reúne dois pronunciamentos inéditos da missionária em encontros com
jovens e religiosas em 1973, em Milão.
Sua reflexão sobre
o texto se resume em cinco palavras: oração, caridade, misericórdia,
família e jovens. Dirigindo-se precisamente aos jovens, que
encontrará na próxima semana na JMJ de Cracóvia, o Papa convida a serem
“construtores de pontes para romper a lógica da divisão, do rechaço, do medo
dos outros” e “colocarem-se a serviço dos pobres”. “Não deixem que lhes roubem
o futuro”, exorta.
No livro, Madre
Teresa afirma que “a doença mais grave não é a lepra ou a tuberculose, mas a
solidão. Ela é a causa de desordens, divisões e guerras”.
No início do
prefácio, o Papa lembra que “a Igreja não é uma ONG; as ONGs trabalham para
projetos e nós trabalhamos para Alguém. A Igreja trabalha para Cristo e para os
pobres nos quais Cristo vive, nos estende a mão, invoca ajuda, pede o nosso
olhar misericordioso, a nossa ternura”.
“Amemos
quem não é amado” está sendo publicado na Itália pela Editora Missionária Italiana(EMI),
tem 96 páginas e custa 8,55 euros.
b) Uma Igreja em saída
Se a Igreja inteira
assume o dinamismo missionário, há de chegar a todos, sem exceção. Mas, a quem
deveria privilegiar? Quando se lê o Evangelho, encontramos uma orientação muito
clara: não tanto aos amigos e vizinhos ricos, mas sobretudo aos pobres e aos
doentes, àqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, «àqueles que
não têm com que te retribuir» (Lc14, 14). Não devem subsistir dúvidas nem
explicações que debilitem esta mensagem claríssima. Hoje e sempre, «os pobres
são os destinatários privilegiados do Evangelho», e a evangelização dirigida
gratuitamente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer. Há que afirmar sem
rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os
deixemos jamais sozinhos!
Saiamos, saiamos para
oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja,
aquilo que muitas vezes disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires:
prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas,
a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias
seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa
num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve
santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos
nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo,
sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida.
Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos
nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam
em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá
fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós
mesmos de comer» (Mc 6, 37).
Papa Francisco,
Exortação Apóstólica, “O Evangelho da alegria” (Evangelii Gaudium), nn. 48-49
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Agosto de 2016
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br