sábado, 6 de agosto de 2016

PAIS E FILHOS QUE INTERAGEM NA ERA LÍQUIDA NOMOFÓBICA

Atualmente os pais analógicos e filhos digitais, da geração “Z”, são os que interagem na era líquida e transcendem-na numa aquisição de convivência saudável, possuem uma vida mental socializadora e não são vítimas do sonambulismo digital e nem sofrem de nomofobia.

Nos dias atuais  os pais que são ‘os educadores’  e os profissionais da educação que são os ‘formadores’ numa era líquida (digital, HD, 3D, informatização, novas tecnologias, globalização,...), estes em todo o país discursam sobre o tema Geração Z, que tem o enunciado sobre a Família e a Escola na era digital como foco temático.

Este é o ambiente que há pouco tempo era definido pelo trio lápis, papel e lousa que hoje em dia passou por uma revolução. E, agora, vive uma nova era dialeticamente ascendente, decorrente da infinidade de possibilidades trazidas pelas tecnologias digitais.   Logo, devemos saber que vivemos numa época de comunicação instantânea (on-line via satélites), do jamais sonhado acúmulo de informações, que exige de pais e educadores constante atualização para uma melhor educação e formação humanas.

Por sua vez é importante saber que a definição sociológica denominada geração “Z” caracteriza-se pelas crianças nascidas na era da internet que superou a era da impressão no período histórico da renascença, inseridas no mundo virtual, nas redes de relacionamento, nos blogs, etc., são os chamados nativos digitais. 

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, desde que colocou, em 1999, sua ideia da “modernidade líquida" –  que é uma etapa na qual tudo que era sólido se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso" –, seu argumento em tese tornou-se uma figura de referência da sociologia na pós-modernidade, século XXI.  Ele, vai nos dizer que as redes sociais mudaram a forma como as pessoas protestam e que há uma exigência de transparência.

Podemos perguntar se eu ou você somos um cético sobre esse “ativismo de sofá" e ressaltamos que a Internet também nos entorpece com entretenimento barato. Em vez de um instrumento revolucionário, como alguns pensam, as redes sociais são o novo ópio do povo, como disse Sartre sobre a religião?

A questão anterior se trata da identidade que foi transformada de algo preestabelecido em uma tarefa: você tem que criar a sua própria comunidade e a grande diferença está entre a comunidade e a rede, diz o sociólogo. E, isto, é o que você pertence à esta comunidade, mas a rede pertence a você. Logo, é possível adicionar e deletar amigos, e controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos se sintam um pouco melhor, porque a solidão e a neurose de angústia são as grandes ameaças nesses tempos individualistas. Mas, nas redes, é tão fácil adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. Elas são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se precisa ter uma interação razoável.

Aí você tem que enfrentar as dificuldades, se envolver em um diálogo. E, como diz o papa Francisco em seus discursos, sobre as redes sociais, elas não nos ensinam a dialogar, porque nelas é muito fácil evitar a controvérsia. E, é por isto que muita gente as usa não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o eco de suas próprias vozes, monólogo interior, onde o único que veem são os reflexos de suas próprias caras.

Conclui-se que as redes são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha. Isto se dá porque causa nomofobia, que é um pânico da dependência digital, e as pessoas passam a viver com um psiquismo doentio cujo quadro é pré-diagnosticado como sonambulismo digital a nível de transtorno ou disfunção mental.


Prof. Adilson L. P. Oliveira


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Agosto de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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