Atualmente os pais analógicos e filhos
digitais, da geração “Z”,
são os que interagem na era líquida e transcendem-na numa aquisição de
convivência saudável, possuem uma vida mental socializadora e não são
vítimas do sonambulismo digital e nem sofrem de nomofobia.
Nos
dias atuais os pais que são ‘os
educadores’ e os profissionais da educação que são os
‘formadores’ numa era líquida (digital, HD, 3D, informatização, novas
tecnologias, globalização,...), estes em todo o país discursam sobre o tema Geração
Z, que tem o enunciado sobre a Família e a Escola na era digital como foco
temático.
Este
é o ambiente que há pouco tempo era definido pelo trio lápis, papel e
lousa que hoje em dia passou por uma revolução. E, agora, vive uma nova era
dialeticamente ascendente, decorrente da infinidade de possibilidades trazidas
pelas tecnologias digitais. Logo,
devemos saber que vivemos numa época de comunicação instantânea (on-line via
satélites), do jamais sonhado acúmulo de informações, que exige de pais e educadores
constante atualização para uma melhor educação e formação humanas.
Por sua
vez é importante saber que a definição sociológica denominada geração “Z”
caracteriza-se pelas crianças nascidas na era da internet que superou a era da
impressão no período histórico da renascença, inseridas no mundo virtual, nas
redes de relacionamento, nos blogs, etc., são os chamados nativos digitais.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman,
desde que colocou, em 1999, sua ideia da “modernidade líquida" – que é uma etapa na qual tudo que era sólido
se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos
apenas até novo aviso" –, seu argumento em tese tornou-se uma figura de
referência da sociologia na pós-modernidade, século XXI. Ele, vai nos dizer que as redes sociais
mudaram a forma como as pessoas protestam e que há uma exigência de
transparência.
Podemos perguntar se eu ou você somos
um cético sobre esse “ativismo de sofá" e ressaltamos que a Internet
também nos entorpece com entretenimento barato. Em vez de um instrumento
revolucionário, como alguns pensam, as redes sociais são o novo ópio do povo,
como disse Sartre sobre a religião?
A questão anterior se trata da
identidade que foi transformada de algo preestabelecido em uma tarefa: você tem
que criar a sua própria comunidade e a grande diferença está entre a comunidade
e a rede, diz o sociólogo. E, isto, é o que você pertence à esta comunidade,
mas a rede pertence a você. Logo, é possível adicionar e deletar amigos, e
controlar as pessoas com quem você se relaciona. Isso faz com que os indivíduos
se sintam um pouco melhor, porque a solidão e a neurose de angústia são as
grandes ameaças nesses tempos individualistas. Mas, nas redes, é tão fácil
adicionar e deletar amigos que as habilidades sociais não são necessárias. Elas
são desenvolvidas na rua, ou no trabalho, ao encontrar gente com quem se
precisa ter uma interação razoável.
Aí você tem que enfrentar as
dificuldades, se envolver em um diálogo. E, como diz o papa Francisco em seus
discursos, sobre as redes sociais, elas não nos ensinam a dialogar, porque
nelas é muito fácil evitar a controvérsia. E, é por isto que muita gente as usa
não para unir, não para ampliar seus horizontes, mas ao contrário, para se
fechar no que eu chamo de zonas de conforto, onde o único som que escutam é o
eco de suas próprias vozes, monólogo interior, onde o único que veem são os
reflexos de suas próprias caras.
Conclui-se que as redes são muito
úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha. Isto se dá
porque causa nomofobia, que é um pânico da dependência digital, e as pessoas
passam a viver com um psiquismo doentio cujo quadro é pré-diagnosticado como
sonambulismo digital a nível de transtorno ou disfunção mental.
Prof. Adilson L. P. Oliveira
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Agosto de 2016
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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