sábado, 6 de agosto de 2016

A PALAVRA DO PÁROCO

Vocação, Dom  da Misericórdia Divina

“A minha vocação é a maneira que eu encontrei para melhor amar a Deus e as pessoas servindo a todos sem distinção e assim chegar à santidade a ser feliz... você já encontrou a sua?”  (Santa Terezinha do Menino Jesus)

Queridos irmãos e irmãs, estamos vivendo durante todo esse ano o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Somos chamados a refletir sobre a misericórdia de Deus também nas vocações.

O tema central, proposto pela CNBB, para este ano é: “Vocação, dom da misericórdia divina”; e o lema: “Misericordiosos como o Pai”. No primeiro domingo rezamos pelas vocações ao ministério ordenado, que são eles: diáconos, presbíteros e bispos. Cada ministério ordenado é destinado para um serviço. Neste Ano Santo da Misericórdia, rezemos para que os ministros ordenados na Igreja experimentem a misericórdia de Deus e a transmitam com amor, a cada fiel que deles se aproximarem.

No segundo domingo somos convidados a reconhecer que todas as vocações são dons da Misericórdia. Queremos com muita alegria, louvar e bendizer ao nosso Deus pela vocação matrimonial, por este projeto de amor, por toda graça que Deus realiza na vida daqueles que dão o seu sim um para o outro. Que nossas famílias sejam verdadeiras “Igrejas domésticas” e cultivem a cada dia, a graça de serem herdeiras da Sagrada Família, em que o amor de Deus Pai se faz presente. Teremos oportunidade de rezar durante a semana da Família por todas as nossas famílias, motivo para divulgar e incentivá-las a  conhecerem a Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, sobre a alegria na família. Uma necessidade, considerando que a divulgação da “Amoris Laetitia” — como acontece com outros acontecimentos da Igreja — é noticiada na mídia e, logo em seguida, esquecida. Trata-se de um texto rico e atual para ser meditado e proposto como caminho evangelizador para a Pastoral Familiar e para as famílias em particular.

No terceiro domingo do mês vocacional, com Maria, mãe e rainha das vocações, celebremos o dom da vida consagrada. Os religiosos e consagrados são pessoas que se consagram a Deus a fim de viver os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, seguindo os exemplos de Jesus, sendo um sinal luminoso da Misericórdia do Pai. Rezemos por aqueles que consagraram sua vida por amor a Cristo, aos irmãos e à Igreja, na disposição de serem sinais do amor misericordioso de Deus pela humanidade. Que a exemplo de Maria possam expressar com a vida, a presença de Jesus, o “Rosto da Misericórdia” do Pai. Quem o vê, vê o Pai (cf. Jo 14,9). Peçamos a Maria, mãe da Divina Misericórdia, que interceda pelos consagrados e consagradas, pedindo que suscite santas e numerosas vocações à vida consagrada.

Por fim, no último domingo de agosto rezamos pelos leigos de nossa comunidade. Os leigos, pelo batismo, são chamados a exercerem a missão de povo de Deus, a viverem o seguimento de Jesus Cristo na realidade cotidiana, sendo chamados a testemunhar a beleza do Evangelho, a ser sal da terra e luz do mundo na sua realidade familiar e social, vivendo com fé. Teremos a oportunidade de celebrar com toda a família agostiniana recoleta, a festa de Santa Mônica e Santo Agostinho. Peçamos ao Senhor o dom da perseverança aos frades, monjas e religiosas e o aumento de vocações. Que nossa comunidade, cada dia mais assuma sua vocação de testemunho do amor e da alegria de ser de Deus.

Papa Francisco, logo no início da “Amoris Laetitia” pede que se evite a leitura apressada, capaz de fornecer apenas conhecimento superficial da Exortação Apostólica. É uma indicação pastoral, convidando as comunidades e as famílias a dedicarem tempo para conhecer o pensamento da Igreja, discuti-lo e confrontá-lo com o pensamento da sociedade de nossos dias sobre o conceito de família. A proposta de Francisco, na “Amoris Laetitia” é ajudar as famílias a perceberem a Igreja como mãe que acolhe e confia.  A família é o caminho evangelizador para um mundo melhor, é a fonte de uma sociedade mais humana, fraterna e solidária.

Neste mês iniciaremos as formações permanentes que nos ajudarão a viver como batizados a nossa fé no seguimento a Cristo. O discípulo e a  discípula de Jesus são pessoas de fé, que compreendem a Palavra e se deixam iluminar pelo Espírito do Senhor. É o Espírito de Jesus, acolhido na pessoa, que torna o Evangelho compreensível e vivencial. Esta é uma condição indispensável no discipulado.

O desafio está lançado. Um mês abençoado a todos!


Frei Alcimar Fioresi, OAR.


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Agosto de 2016
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquiahttp://www.pnslourdes.com.br