Vocação,
Dom da Misericórdia Divina
“A
minha vocação é a maneira que eu encontrei para melhor amar a Deus e as pessoas
servindo a todos sem distinção e assim chegar à santidade a ser feliz... você
já encontrou a sua?” (Santa Terezinha do Menino Jesus)
Queridos irmãos e irmãs, estamos
vivendo durante todo esse ano o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Somos
chamados a refletir sobre a misericórdia de Deus também nas vocações.
O
tema central, proposto pela CNBB, para este ano é: “Vocação, dom da
misericórdia divina”; e o lema: “Misericordiosos como o Pai”. No primeiro domingo rezamos pelas
vocações ao ministério ordenado, que são eles: diáconos, presbíteros e bispos.
Cada ministério ordenado é destinado para um serviço. Neste Ano Santo da
Misericórdia, rezemos para que os ministros ordenados na Igreja experimentem a
misericórdia de Deus e a transmitam com amor, a cada fiel que deles se
aproximarem.
No segundo domingo somos convidados a
reconhecer que todas as vocações são dons da Misericórdia. Queremos com muita
alegria, louvar e bendizer ao nosso Deus pela vocação matrimonial, por este
projeto de amor, por toda graça que Deus realiza na vida daqueles que dão o seu
sim um para o outro. Que nossas famílias sejam verdadeiras “Igrejas domésticas”
e cultivem a cada dia, a graça de serem herdeiras da Sagrada Família, em que o
amor de Deus Pai se faz presente. Teremos oportunidade de rezar durante a
semana da Família por todas as nossas famílias, motivo para divulgar e
incentivá-las a conhecerem a Exortação
Apostólica “Amoris Laetitia”, sobre a alegria na família. Uma necessidade,
considerando que a divulgação da “Amoris Laetitia” — como acontece com outros
acontecimentos da Igreja — é noticiada na mídia e, logo em seguida, esquecida.
Trata-se de um texto rico e atual para ser meditado e proposto como caminho
evangelizador para a Pastoral Familiar e para as famílias em particular.
No terceiro domingo do mês vocacional,
com Maria, mãe e rainha das vocações, celebremos o dom da vida consagrada. Os
religiosos e consagrados são pessoas que se consagram a Deus a fim de viver os
conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, seguindo os exemplos
de Jesus, sendo um sinal luminoso da Misericórdia do Pai. Rezemos por aqueles
que consagraram sua vida por amor a Cristo, aos irmãos e à Igreja, na
disposição de serem sinais do amor misericordioso de Deus pela humanidade. Que
a exemplo de Maria possam expressar com a vida, a presença de Jesus, o “Rosto
da Misericórdia” do Pai. Quem o vê, vê o Pai (cf. Jo 14,9). Peçamos a Maria,
mãe da Divina Misericórdia, que interceda pelos consagrados e consagradas,
pedindo que suscite santas e numerosas vocações à vida consagrada.
Por fim, no último domingo de agosto
rezamos pelos leigos de nossa comunidade. Os leigos, pelo batismo, são chamados
a exercerem a missão de povo de Deus, a viverem o seguimento de Jesus Cristo na
realidade cotidiana, sendo chamados a testemunhar a beleza do Evangelho, a ser
sal da terra e luz do mundo na sua realidade familiar e social, vivendo com fé.
Teremos a oportunidade de celebrar com toda a família agostiniana recoleta, a
festa de Santa Mônica e Santo Agostinho. Peçamos ao Senhor o dom da
perseverança aos frades, monjas e religiosas e o aumento de vocações. Que nossa
comunidade, cada dia mais assuma sua vocação de testemunho do amor e da alegria
de ser de Deus.
Papa Francisco, logo no início da
“Amoris Laetitia” pede que se evite a leitura apressada, capaz de fornecer
apenas conhecimento superficial da Exortação Apostólica. É uma indicação
pastoral, convidando as comunidades e as famílias a dedicarem tempo para
conhecer o pensamento da Igreja, discuti-lo e confrontá-lo com o pensamento da
sociedade de nossos dias sobre o conceito de família. A proposta de Francisco,
na “Amoris Laetitia” é ajudar as famílias a perceberem a Igreja como mãe que
acolhe e confia. A família é o caminho
evangelizador para um mundo melhor, é a fonte de uma sociedade mais humana,
fraterna e solidária.
Neste mês iniciaremos as formações
permanentes que nos ajudarão a viver como batizados a nossa fé no seguimento a
Cristo. O discípulo e a discípula de
Jesus são pessoas de fé, que compreendem a Palavra e se deixam iluminar pelo
Espírito do Senhor. É o Espírito de Jesus, acolhido na pessoa, que torna o
Evangelho compreensível e vivencial. Esta é uma condição indispensável no
discipulado.
O desafio está lançado. Um mês
abençoado a todos!
Frei
Alcimar Fioresi, OAR.
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Agosto de 2016
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br