Consagrar as Famílias a Nossa Senhora
Por Prof. Felipe Aquino
Nossa Senhora é Mãe da
Igreja e de cada um de nós. Ela recebeu de Jesus aos pés da Cruz, cada cristão
como filho. Mas, sobretudo ela é mãe protetora das famílias, pois cuidou da
Sagrada família de Nazaré.
Ninguém como a Virgem
Maria sabe consolar as mães sofredoras, as mulheres abandonadas e traídas, os
pais angustiados com os problemas de seus filhos.
A Igreja ensina que a
família é a célula vital da sociedade, desejada e idealizada por Deus para ser
o “Santuário da Vida”, como disse João Paulo II; mas hoje a família está
imensamente ameaçada por um conjunto de práticas imorais que contrariam a
vontade e a lei de Deus: aborto, eutanásia, drogas, bebidas, manipulação de
embriões humanos, casamento de pessoas do mesmo sexo, falsas famílias,
divórcio, uniões sem matrimônio, “amor livre”, e muitos outros males. Quem
salvará a família de tantas misérias e tristezas? A Virgem Maria.
Mais do que nunca hoje
os pais precisam, diariamente, consagrar-se a Maria; bem como consagrar seus
filhos, seu casamento, seu trabalho, seu lar. São muitas as misérias que hoje
entram no lar trazendo o pecado, os maus comportamentos, os vícios, a
pornografia, etc. Maria é Aquela que, desde os primórdios, recebeu de Deus o
poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás. Ela é a consoladora dos
aflitos, auxiliadora dos cristãos, advogada nossa.
O lar precisa
urgentemente ser protegido por Aquela que Deus escolheu para sua Mãe. Cada família
cristã precisa hoje rezar o sagrado Terço de Nossa Senhora contemplando com
devoção os sagrados mistérios da vida de Jesus. “Família que reza unida
permanece unida”; é o antigo ensinamento da Igreja. O Terço de Nossa Senhora é
a corrente com a qual ela prende o espírito do mal que quer destruir as
famílias.
O Papa Leão XIII disse
na encíclica “Magnae Dei Matris” (8 de dezembro de 1892): “Maria, muito melhor
que qualquer outra mãe, conhece e vê os socorros de que necessitamos para
viver, os perigos públicos e particulares que nos ameaçam, as angústias e males
que nos oprimem, e, sobretudo, a luta encarniçada que havemos de sustentar com
os inimigos da salvação. Nestas e noutras dificuldades da vida, melhor do que
ninguém, pode ela generosamente e deseja ardentemente proporcionar a seus
filhos queridos consolação, força e toda espécie de auxílios”.
O Concílio Vaticano II
quando falou da maternidade espiritual de Maria, disse: “Por sua maternal
caridade cuida dos irmãos de seu Filho, que peregrinam rodeados de perigos e
dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria (LG, n. 61).
Santo Afonso de Ligório,
doutor da Igreja, em seu clássico “Glórias de Maria”, afirma: “Deus quer que
pelas mãos de Maria nos cheguem todas as graças… A ninguém isso pareça contrário
à sã teologia. Pois Santo Agostinho, autor dessa proposição, estabelece como
sentença, geralmente aceita, que Maria tem cooperado por sua caridade para o
nascimento espiritual de todos os membros da Igreja”.
Muitos santos falaram
dessa mediação de Maria junto a Deus. São Bernardo, doutor da Igreja, assim
diz: “Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se,
portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que
isto nos vem por suas mãos”.
São Bernardino de Sena,
disse: “Todos os dons virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos
pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer”.
São Boaventura (1218-1274), bispo e doutor da Igreja, ensinou que: “Deus
depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que
tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós”.
São Roberto Belarmino
(1542-1621), bispo e doutor da Igreja, nos ensinou que: “Todos os dons, todas
as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam
por Maria que é como o colo desse corpo místico”.
Há muitas maneiras da
família se consagrar a Nossa Senhora e viver debaixo de sua proteção. São Luiz
de Montfort, no seu “Tratado da verdadeira devoção a Virgem Maria”, nos ensina
a “fazer tudo por Maria, com Maria, em Maria e para Maria”.
A família
consagrada a Maria não deixa de rezar o Terço, de imitar suas virtudes, de
implorar sua proteção, de celebrar suas festas litúrgicas, de cultuar suas
imagens e de cumprir o que ela pediu: “Fazei tudo que Ele vos disser”.
Prof. Felipe Aquino
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Fevereiro de 2019
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
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