sexta-feira, 2 de maio de 2014

COTIDIANO: A MULHER E A SOCIEDADE

A Mulher e a Sociedade

O papel de mãe é o lugar social mais classicamente associado às mulheres. Desde sempre, a identidade e a posição que a mulher ocupa no ambiente econômico, político, cultural e social estão assinalados por essa relação com a maternidade que localiza as mulheres em um âmbito que terminou por ser aquele no qual ela está mais legitimada: o mundo doméstico, privado, do cuidado.

No entanto, nos dias de hoje, a mulher vem ocupando um espaço cada vez maior na sociedade. As mulheres continuam casando e tendo filhos, porém, acrescentaram mais um desafio em suas vidas: Conciliar trabalho e vida pessoal.

Essa mudança ocorreu por conta do surgimento de novos modos de produção e tecnologias que exigem do mercado a diminuição do trabalho braçal e o aumento do trabalho intelectual surgindo, desse modo, condições cada vez mais favoráveis para a inclusão da mão de obra feminina nos mais diferentes ramos de atividade.

Contudo, mesmo com essa demanda favorável, as mulheres têm enfrentado algumas barreiras que dificultam o aumento de sua taxa de participação no mercado de trabalho, o acesso a educação é uma delas. Mas, apesar disso, em vários países, inclusive no Brasil, as mulheres já são maioria nos cursos superiores. Em nosso país, por exemplo, entre 1980 e 2000, o nível de escolaridade das mulheres ultrapassou o dos homens. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, entre a população com 15 anos ou mais de estudo, as mulheres são 57,5%, ou seja, deixar de aproveitar essa mão de obra qualificada seria um desperdício.

Infelizmente, em contraponto com essa realidade, estudos realizados pela equipe do Fundo Monetário Internacional, mostram que apesar desses avanços, em todo o mundo, o número de mulheres profissionalmente ativas continua inferior ao de homens. Essa é uma má noticia, pois, este cenário se traduz, por exemplo, em um menor crescimento econômico.

Pensando nesse assunto a empresa de consultoria americana Booz & Company, fez uma projeção sobre qual seria o impacto na economia de alguns países caso houvesse um aumento na participação de mulheres no mercado de trabalho. Em nosso país, por exemplo, a conclusão foi de que se os níveis de emprego de homens e mulheres fossem equiparados, até o final desta década o Brasil teria um crescimento de 9% em seu PIB (Produto Interno Bruto).

Portanto, atualmente, as mulheres não estão mais exclusivamente limitadas ao lar (como donas de casa, mãe e esposa), mas conduzem famílias, escolas, universidades, empresas, cidades e países, além do mais, estudos indicam que o aumento no nível de escolaridade das mães tem uma força mensurável na saúde e educação dos filhos.

Diante desse contexto observa-se que lenta e continuamente as mulheres se aprontam para assumir não apenas funções no mercado de trabalho, mas também para assumir funções de liderança, começando a ocupar lugar de destaque em setores que até pouco tempo atrás eram absolutamente masculinos. Elas assumem o trabalho como parte de sua identidade, sem deixar a feminilidade de lado, e assim, vão conquistando espaço para trabalhar e viver melhor.

Essa virada no papel social da mulher deixa reflexos não apenas nas relações de trabalhos em si, mas na sociedade de um modo geral. Pesquisas indicam que mulheres com melhor nível de escolaridade têm menos filhos, casam-se mais tarde, possuem melhores empregos, salários e têm maior expectativa de vida. Vale ressaltar que as pretensões femininas variam conforme seu grau de esclarecimento e também de acordo com a cultura em que a mulher está inserida.

Por fim, esse cenário ecoa fundamentalmente nas relações sociais com os homens de um modo geral, pois, mudanças no papel da mulher promovem mudanças no papel do homem que começam a ter de dividir um espaço no qual outrora reinavam absolutos.

Vanusa dos Reis Coêlho Rodrigues
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Vanusa Coêlho possui Mestrado em Psicologia da Educação (PUC/SP); MBA em Recursos Humanos (FGV). É Especialista em Educação Lúdica, Neuroaprendizagem e em Psicopedagogia Clínica e institucional (PUC/SP). É graduada em Ciências Contábeis e Letras/Inglês. ÉPersonal Coach e Practitioner em Programação Neurolinguística. Possui Certificação em Mediação PEI e Curso de aperfeiçoamento em TDA/TDAH (EPSIBA/Buenos Aires).


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Maio 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br