A Mulher e a Sociedade
O papel de mãe é o lugar
social mais classicamente associado às mulheres. Desde sempre, a identidade e a
posição que a mulher ocupa no ambiente econômico, político, cultural e social
estão assinalados por essa relação com a maternidade que localiza as mulheres
em um âmbito que terminou por ser aquele no qual ela está mais legitimada: o
mundo doméstico, privado, do cuidado.
No entanto, nos dias de
hoje, a mulher vem ocupando um espaço cada vez maior na sociedade. As mulheres continuam casando e tendo filhos, porém, acrescentaram mais um desafio
em suas vidas: Conciliar trabalho e vida pessoal.
Essa mudança ocorreu por
conta do surgimento de novos modos de produção e tecnologias
que exigem do mercado a diminuição do trabalho braçal e o aumento do trabalho
intelectual surgindo, desse modo, condições cada vez mais favoráveis para a
inclusão da mão de obra feminina nos mais diferentes ramos de atividade.
Contudo, mesmo com essa demanda favorável, as
mulheres têm enfrentado algumas barreiras que dificultam o aumento de sua taxa
de participação no mercado de trabalho, o acesso a educação é uma delas. Mas,
apesar disso, em vários países, inclusive no Brasil, as mulheres já são maioria
nos cursos superiores. Em nosso país, por exemplo, entre 1980 e 2000, o nível
de escolaridade das mulheres ultrapassou o dos homens. De acordo com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente, entre a
população com 15 anos ou mais de estudo, as mulheres são 57,5%, ou seja, deixar
de aproveitar essa mão de obra qualificada seria um desperdício.
Infelizmente, em contraponto com essa
realidade, estudos realizados pela equipe do Fundo Monetário Internacional,
mostram que apesar desses avanços, em todo o mundo, o número de mulheres
profissionalmente ativas continua inferior ao de homens. Essa é uma má noticia,
pois, este cenário se traduz, por exemplo, em um menor crescimento econômico.
Pensando nesse assunto a empresa de
consultoria americana Booz & Company, fez uma projeção sobre qual seria o
impacto na economia de alguns países caso houvesse um aumento na participação
de mulheres no mercado de trabalho. Em nosso país, por exemplo, a conclusão foi
de que se os níveis de emprego de homens e mulheres fossem equiparados, até o
final desta década o Brasil teria um crescimento de 9% em seu PIB (Produto
Interno Bruto).
Portanto, atualmente, as mulheres não estão
mais exclusivamente limitadas ao lar (como donas de casa, mãe e esposa), mas
conduzem famílias, escolas, universidades, empresas, cidades e países, além do
mais, estudos indicam que o aumento no nível de escolaridade das mães tem uma
força mensurável na saúde e educação dos filhos.
Diante desse contexto observa-se que lenta e
continuamente as mulheres se aprontam para assumir não apenas funções no
mercado de trabalho, mas também para assumir funções de liderança, começando a
ocupar lugar de destaque em setores que até pouco tempo atrás eram absolutamente
masculinos. Elas assumem o trabalho como parte de sua identidade, sem deixar a
feminilidade de lado, e assim, vão conquistando espaço para trabalhar e viver
melhor.
Essa virada no papel social da mulher deixa
reflexos não apenas nas relações de trabalhos em si, mas na sociedade de um
modo geral. Pesquisas indicam que mulheres com melhor nível de escolaridade têm
menos filhos, casam-se mais tarde, possuem melhores empregos, salários e têm
maior expectativa de vida. Vale ressaltar que as pretensões femininas variam
conforme seu grau de esclarecimento e também de acordo com a cultura em que a
mulher está inserida.
Por fim, esse cenário ecoa fundamentalmente
nas relações sociais com os homens de um modo geral, pois, mudanças no papel da
mulher promovem mudanças no papel do homem que começam a ter de dividir um
espaço no qual outrora reinavam absolutos.
Vanusa dos Reis Coêlho Rodrigues
____________________________________________________________________________________
Vanusa Coêlho possui Mestrado em Psicologia da Educação (PUC/SP); MBA em Recursos Humanos (FGV). É Especialista em Educação Lúdica, Neuroaprendizagem e em Psicopedagogia Clínica e institucional (PUC/SP). É graduada em Ciências Contábeis e Letras/Inglês. ÉPersonal Coach e Practitioner em Programação Neurolinguística. Possui Certificação em Mediação PEI e Curso de aperfeiçoamento em TDA/TDAH (EPSIBA/Buenos Aires).
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Maio 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br