Cardeal
Scherer: Síntese do relatório da Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos
sobre os desafios da Família
A segunda parte da Síntese Final (RelatioSynodi) da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos é um convite a acolher o “Evangelho da família”. O tema da Assembleia era “os desafios pastorais da família”, e foram levantados muitos.
No entanto, não basta
saber que são tantos e quais são. Os melhores diagnósticos, por si só, ainda
não curam as doenças... É preciso dar uma palavra de orientação e indicar o
caminho para as famílias enfrentarem esses desafios e também para a ajuda que a
Igreja pode e deve dar às famílias e aos casais. E o que fez o Sínodo?
Antes de tudo, convidou
a olhar para Jesus Cristo. A Igreja fala a partir do horizonte da sua fé, com
base no Evangelho: neste caso, do “Evangelho da família”: o que Deus pensa da
família? Qual é o significado do Matrimônio e da família na história da
salvação, na vida de Cristo, na pedagogia divina, que conduz o homem à
realização do fim último de sua existência?
A Igreja deve fidelidade
a Deus e ao Evangelho de Cristo e, por isso, os caminhos e soluções que ela
indicar para os atuais desafios pastorais da família e do casamento não poderão
estar em contradição com esse pressuposto. Mas isso não lhe impede de
“perscrutar as Escrituras” e também o ensinamento dela própria; e o Papa
Francisco nos encoraja a deixar-nos conduzir pelo Espírito Santo e a
colocar-nos de forma aberta e fiel diante da Palavra de Deus. O que diria Jesus
diante desses desafios? Como agiria?
Quando os doutores da
lei lhe apresentaram o caso do divórcio, achavam que tinham a interpretação
segura das Escrituras: “Moisés nos ensinou assim...” Jesus, no entanto, lhes
mostra que isso não era suficiente: “no início não foi assim... mas foi por
causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu mandar embora a mulher
e casar-se com outra” (cf Mc 10,1-10). Será que, sobre casamento e família, não
falam mais alto os critérios dos movimentos da cultura circunstante do que a
Palavra de Deus? Esses podem ter coisas boas; outras, porém, precisam ser
iluminadas e transformadas com a luz do Evangelho.
Por outro lado, o
ensinamento da Igreja, “mãe e mestra”, é rico de sabedoria e traduz a
experiência da fé vivida por muitas gerações. É preciso conhecer mais e melhor
o tesouro dos ensinamentos do Magistério sobre Matrimônio e família. Corremos o
risco de nos deixarmos envolver tanto pelos “problemas” e desafios, que
esquecemos o que há de belo, grandioso e atraente no casamento e na família.
Recordo aqui um provérbio: na escuridão, vale mais acender uma lâmpada do que
xingar as trevas...
Infelizmente, os maus
exemplos e os estímulos negativos sobre casamento e família são postos bem mais
em evidência do que as coisas belas e animadoras. E essas ainda existem em
grande quantidade e qualidade! No coração dos jovens, continua o desejo de
casar e formar família; muitas vezes, estão apreensivos e inseguros em relação
à proposta cristã do casamento. É preciso falar-lhes mais e que vejam e ouçam
testemunhos de casais que vivem bem o casamento; que saibam que é uma vocação e
um projeto de vida abençoado por Deus.
Nessa segunda parte da
Síntese Final, tratou-se da indissolubilidade, como um dos elementos
constitutivos do Matrimônio. Mas também foi lembrado o significado alto e, ao
mesmo tempo, tão humano, do amor esponsal fiel “para sempre”: o amor humano
verdadeiro requer isso!
A união matrimonial é
algo tão profundo e envolve as pessoas de tal maneira, que não pode ficar
entregue à precariedade de relações sem um compromisso recíproco total. Além
disso, a aliança nupcial dos esposos é imagem do amor salvador e fiel de Deus
pela humanidade; supõe um dinamismo de relações que se constroem ao longo de
uma existência inteira.
A Igreja tem consciência
de que nem todos os casais conseguem vivem plenamente as qualidades do
Matrimônio. Contudo, os encoraja a viverem de forma generosa tudo aquilo que já
conseguem viver; a vida matrimonial e familiar também está sujeita à lei do
crescimento e do amadurecimento. A graça e a misericórdia de Deus não faltarão
para quem tem fé e boa vontade.
Igreja: a serviço da vida plena para todos’ será a urgência da Arquidiocese em 2015
“Igreja: a serviço da
vida plena para todos” será a urgência pastoral da Arquidiocese de São Paulo
para o ano de 2015. O tema foi abordado na Assembleia Arquidiocesana de
Pastoral realizada sábado, 8, no Centro de Pastoral São José do Belém.
Presidida pelo arcebispo
metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer, a Assembleia contou com a presença
dos bispos auxiliares, vigários episcopais e lideranças pastorais leigas e
religiosas, que refletiram sobre pospostas de ação para o próximo ano, a partir
do 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese (2013-2016).
Houve uma alternância
entre as urgências propostas pelo Plano para os próximos dois anos. A urgência
antes prevista para 2016 foi antecipada para 2015, enquanto a urgência “Igreja:
lugar de animação bíblica da vida e da pastoral” passa para o ano seguinte.
Dom Milton Kenan Júnior,
bispo auxiliar de São Paulo e referencial do Secretariado Arquidiocesano de
Pastoral, explicou que essa mudança foi realizada devido ao fato de a Igreja no
mundo todo celebrar em 2015 os 50 anos da constituição pastoral Gaudium et
Spes, do Concílio Vaticano II, documento que ilumina essa urgência.
Nesse sentido, os
coordenadores regionais de pastoral apresentaram a síntese dos destaques para
2015. Os principais foram: Missão, Vida Plena, Juventude, Família, Iniciação à
Vida Cristã e Pastorais Sociais.
A partir desses
destaques, foram criados grupos para discutir e apresentar propostas pastorais
em âmbito arquidiocesano, as quais serão sistematizadas pelo Secretariado
Arquidiocesano de Pastoral e encaminhadas para os coordenadores regionais de
pastoral, que irão viabilizar sua aplicação nos setores e paróquias.
O Cardeal Scherer
recordou o caminho traçado pelo 11º Plano de Pastoral, cujo tema é “Testemunha
de Jesus Cristo na Cidade”. “Este Plano de Pastoral nos orienta, nos chama a
tomarmos a sério, a viabilizarmos, da melhor forma possível, a nossa missão,
nossa presença na cidade de São Paulo”. O Cardeal também frisou que não se
trata de uma “presença qualquer”, mas a missão de testemunho de Jesus Cristo e
seu Evangelho de muitas formas para, “não só manter viva a memória do
testemunho de Jesus Cristo, mas também sua missão”.
Dom Milton salientou que
a maioria das indicações do Plano de Pastoral procura valorizar aquilo que já
existe na Arquidiocese. “Podemos notar que os verbos utilizados pelo Plano são
‘apoiar’, ‘fortalecer’, ‘reanimar’, ou seja, dar um novo espírito, novo impulso
àquilo que nós já temos e que não deixa de ser hoje uma resposta aos desafios
que a Igreja enfrenta e estão dentro dessa urgência pastoral”, comentou o Bispo
Auxiliar da Arquidiocese, recém-nomeado para a Diocese de Barretos (SP).
Sobre a urgência para
2015, Dom Milton chamou a atenção para o fato de a Igreja Católica ser uma
referência na cidade de São Paulo, que “valoriza, aguarda e conta com a
presença da Igreja na defesa dos direitos humanos e na promoção da dignidade
humana”.
O Plano nas bases
Dom Odilo também
observou que após a elaboração das propostas em âmbito arquidiocesano, as
paróquias terão seu próprio planejamento, isto é, vão refletir “como fazer as
indicações de âmbito arquidiocesano serem viabilizadas na base”.
“Não podemos perder de
vista que nesse processo o ponto de partida é o mais importante. O Plano tem
que acontecer em cada comunidade e em cada paróquia. Nosso compromisso é para
que isso aconteça”, acrescentou Dom Milton.
NATAL DOS SONHOS 2014
A Arquidiocese de São Paulo realiza a 13ª
edição do Natal dos Sonhos, campanha organizada pela Pastoral do Menor,
faculdades e colégios católicos. No dia 29 aconteceu a grande festa de
arrecadação, na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom).
Este ano com o tema “Lições do Presépio”, o
Natal dos Sonhos tem o objetivo de “incentivar a solidariedade pela a
arrecadação de brinquedos, contribuir com o resgate da infância perdida,
ressaltar a importância do lúdico, pedagógico, do direito de brincar e
possibilitar a realização do sonho de Natal das crianças carentes de São
Paulo”, como destaca Dom Milton Kenan Junior, bispo auxiliar da Arquidiocese e
referencial para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, em carta enviada ao
clero arquidiocesano.
No evento, houve uma celebração da Palavra,
apresentações de danças, coral e a encenação do nascimento de Jesus.
Fonte: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Dezembro 2014Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval NevesResponsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SPSite da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br