REFLEXÃO SOBRE O DÍZIMO NO FINAL DO ANO
LITÚRGICO
No último domingo do tempo comum que encerra o ano
litúrgico, a liturgia nos propõe a celebração de Jesus Cristo Rei do
Universo e nos recorda o grande acontecimento anunciado a toda a humanidade: o
fim do mundo, a volta gloriosa de Cristo e o Juízo Final.
Quando lançamos um olhar retrospectivo percebemos
que nos últimos 100 anos foram descobertas muitas facilidades que criaram
um grande conforto para a vida moderna: o uso generalizado da energia
elétrica, da água encanada e das redes de esgotos – falando apenas das mais
básicas, – o que alterou para muito melhor a qualidade de vida dos seres
humanos.
Mas estes tempos modernos que nos oferecem tantos
confortos materiais inexistentes há pouco mais de um século e que não param de
inventar dia-a-dia novos produtos que simplificam e facilitam a nossa vida,
acabaram também por desviar a atenção das pessoas das realidades definitivas da
existência. Hoje nos preocupamos em adquirir o carro mais moderno, o computador
mais recente, o equipamento de som, o televisor.
Queremos nos submeter aos tratamentos de saúde e
de rejuvenescimento e pretendemos adiar o momento da morte a qualquer custo.
Não temos tempo ou interesse em refletir sobre o fim desta nossa vida e menos
ainda em nos preparar para a eternidade. Mas todos nós temos a consciência da
transitoriedade da vida, ainda que tentemos de todas as formas camuflar a nossa
realidade finita.
O que a liturgia nos propõe, portanto, nesta sua
dimensão escatológica – isto é – nesta sua advertência às realidades últimas:
morte, juízo, inferno ou paraíso – é a imperiosa necessidade de vivermos
segundo os ensinamentos do Evangelho. De sermos verdadeiramente cristãos. É
possível afirmar, pois, que a comunidade que tem o Dízimo como a sua principal
fonte de sustentação para a evangelização pode ser considerada comunidade fiel
e atenta a estas realidades últimas da existência.
Pensando exclusivamente com a lógica humana o
Dízimo seria uma loucura e o Dizimista, um louco – alguém que livremente deposita
na Igreja uma parcela de seus ganhos mensais. Mas o verdadeiro dizimista tem
consciência que a sabedoria de Deus é considerada loucura para o mundo e o
dizimista sabe também que uma das formas de vestir os nus, atender aos enfermos
e assistir aos necessitados acontece através do Dízimo que deposita mensalmente
em sua comunidade.
É consolador para o dizimista reconhecer que com o
Dízimo servimos à Igreja de Deus e aos irmãos!
Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Novembro 2013
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação:
Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila
Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br