ANO LITÚRGICO 2016-2017: EVANGELHO DE SÃO MATEUS
O Ano Litúrgico é o “calendário religioso”. Por
ele, o povo cristão revive anualmente todo o Mistério da Salvação centrado na
Pessoa de Jesus, o Messias. O Ano Litúrgico contém as datas dos acontecimentos
da História da Salvação; contudo, não coincide com o ano civil, que começa no
dia primeiro de janeiro e termina no dia 31 de dezembro.
O Ano Litúrgico, por sua vez, começa com o Primeiro
Domingo do Advento e termina na última semana do Tempo Comum, onde se celebra a
solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Cristo Rei). Em
outras palavras, ele começa e termina quatro semanas antes do Natal, cumprindo
sempre três ciclos: A, B e C. No Ano (ou ciclo) A, predomina a leitura do
Evangelho de São Mateus; no Ano (ou ciclo) B, predomina a leitura do Evangelho
de São Marcos e no Ano(ou ciclo) C, predomina a leitura do Evangelho de São
Lucas. O Ano Litúrgico é composto de diversos “tempos litúrgicos” e sua
estrutura é a seguinte:
Tempo do Advento
Tempo do Natal
Tempo Comum ( Primeira
parte )
Tempo da Quaresma
Tríduo Pascal
Tempo Pascal
Tempo Comum
ANO MARIANO
O Papa Francisco confirma o Ano Jubilar Mariano e
concede indulgência plenária aos fiéis
Em reconhecimento de o Ano Jubilar Mariano que está em curso no Brasil por ocasião
dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da
Conceição no rio Paraíba do Sul, o Papa Francisco concedeu a
indulgência plenária àqueles que, “verdadeiramente penitentes e
impulsionados pela caridade”, peregrinarem à Basílica do Santuário Nacional
ou a qualquer igreja paroquial do país dedicada à padroeira.
O Ano Nacional Mariano começou em 12 de
outubro de 2016 e segue até 11 de outubro de 2017. Foi convocado pela
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) como um tempo para celebrar,
fazer memória e agradecer pelo terceiro centenário da devoção a Nossa
Senhora Aparecida.
Como alcançar a indulgência
Para obter a indulgência
plenária, serão necessárias, em primeiro lugar, as condições habituais:
– a confissão sacramental;
– a comunhão eucarística;
– a oração na intenção do Santo Padre,
o Papa.
O documento enviado pelo Supremo
Tribunal da Cúria Romana ressalta que a remissão será concedida “aos fiéis
verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade, se, em forma de
peregrinação, visitarem a Basílica de Aparecida ou qualquer igreja paroquial do
Brasil dedicada a Nossa Senhora Aparecida”.
No local da peregrinação, os fiéis
deverão “devotamente participar das celebrações jubilares ou de promoções
espirituais ou, ao menos, por um conveniente espaço de tempo, elevar humildes
preces a Deus por Maria”. A conclusão deste momento deve acontecer com a “Oração
Dominical, com o Símbolo da Fé e com as invocações da Beata Maria Virgem em
favor da fidelidade do Brasil à vocação cristã, impetrando vocações sacerdotais
e religiosas e em favor da defesa da família humana”.
A indulgência é a “remissão, diante
de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. O
fiel bem disposto obtém esta remissão, em determinadas condições, pela
intervenção da Igreja, que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica,
por sua autoridade, o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e
dos santos” (cf. Paulo VI, constituição apostólica Indulgentarium
Doctrina).
Idosos e enfermos
O documento enviado pelo Vaticano
estabelece uma condição especial para a obtenção das indulgências pelos fiéis
impedidos de fazer a peregrinação por conta da idade ou de grave doença. Eles a
poderão alcançar se, “assumida a rejeição de todo pecado e com a intenção de
cumprirem onde primeiro for possível as três condições, espiritualmente se
dedicarem, diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou
peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso
por Maria”.
Orientações aos padres
De acordo com a orientação da Santa Sé,
os sacerdotes aos quais está confiado o cuidado pastoral da Basílica de
Aparecida e os párocos das paróquias que possuem o título de Nossa Senhora
Aparecida deverão, “com ânimo pronto e generoso”, oferecer-se para a
celebração da penitência e administrar muitas vezes “a Sagrada Comunhão aos
enfermos”.
O pedido de concessão da indulgência
durante o Ano Nacional Mariano foi feito pelo arcebispo emérito de Aparecida
(SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis. Na solicitação, o cardeal
explicou que, durante o tempo jubilar da Igreja no Brasil, serão realizadas “várias
celebrações sagradas e peregrinações em honra da celeste Padroeira do Brasil,
não só na Basílica Nacional do Santuário de Aparecida, mas também em todas as
igrejas paroquiais dedicadas em honra dela”, para que cresça nos fiéis “o
piedoso afeto para com a ‘Virgem Aparecida’ e, assim, se tornem mais fortes nos
seus veneradores a fé, a esperança e a caridade, e eles próprios, refeitos
pelos sacramentos, sejam mais e mais estimulados a conformarem a vida ao
Evangelho”.
A CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2017
CNBB
apresenta texto-base da CF 2017
A Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou o texto-base da Campanha da Fraternidade
(CF) de 2017. Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e
o lema “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2.15), a iniciativa alerta para o
cuidado da criação, de modo especial dos biomas brasileiros.
Segundo o bispo
auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich
Steiner, a proposta é dar ênfase a diversidade de cada bioma e criar relações
respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especialmente à
luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise
ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos
os biomas e as pessoas que neles vivem sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.
Ainda de acordo com o
bispo, a Campanha deseja, antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e
guardador da obra criada. “Cultivar e guardar nasce da admiração! A beleza que
toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. A
campanha deseja, antes de tudo, levar à admiração, para que todo o cristão seja
um cultivador e guardador da obra criada. Tocados pela magnanimidade e bondade
dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e a guardar”,
salienta.
Além de abordar a
realidade dos biomas brasileiros e as pessoas que neles moram, a Campanha
deseja despertar as famílias, comunidades e pessoas de boa vontade para o
cuidado e o cultivo da Casa Comum. Para ajudar nas reflexões sobre a temática
são propostos subsídios, sendo o texto-base o principal.
Dividido em quatro
capítulos, a partir do método ver, julgar e agir, o texto-base faz uma
abordagem dos biomas existentes, suas características e contribuições
eclesiais. Também traz reflexões sobre os biomas e os povos originários, sob a
perspectiva de São João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco. Ao final, são
apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os
gestos concretos previstos durante a Campanha 2017.
Cartaz
Para colocar em
evidência a beleza natural do país, identificando os seis biomas brasileiros, o
Cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil, em imagens características de cada
região. Compõem também o cenário, como personagens principais, os povos
originários; os pescadores e o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida,
padroeira do Brasil, acontecido há 299 anos. Além da riqueza dos biomas, o
cartaz quer expressar o alerta para os perigos da devastação em curso, além de
despertar a atenção de toda a população para a criação de Deus.
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
Foram divulgados pelo Dicastério
para os Leigos, Família e Vida os temas escolhidos pelo Papa Francisco para as
próximas Jornadas Mundiais da Juventude.
Os temas são dedicados a Maria.
Para 32ª Jornada Mundial da Juventude em 2017 o tema é: “O Todo-poderoso realizou grandes coisas em meu favor”.
Para a 33ª Jornada, a ser celebrada em 2018, o tema escolhido pelo Santo Padre
é: “Não temas, Maria, porque encontraste graça junto de Deus”. Estas jornadas
de 2017 e 2018 serão vividas nas dioceses. Entretanto a 34ª Jornada Mundial da
Juventude que se realizará no Panamá, em 2019, tem como tema: “Eis a serva do
Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”.
Segundo informa o Dicastério para
os Leigos, Família e Vida, “os três temas anunciados têm
como objetivo dar uma conotação mariana forte ao itinerário espiritual das
próximas JMJ, recordando ao mesmo tempo a imagem de uma juventude a caminho
entre passado (2017), presente (2018) e futuro (2019), animada pelas três
virtudes teologais: fé, caridade e esperança”.
Sobre esta inspiração mariana do
percurso proposto aos jovens até ao grande evento de 2019, no Panamá, a Rádio
Vaticano conversou com o padre João Chagas, brasileiro e responsável pelo Setor
Juventude do Dicastério para Leigos, Família e Vida.
“É a primeira vez que um caminho
de preparação para um Jornada terá todo o percurso mariano. Nós já tivemos, em
todo esse percurso de mais de 30 JMJ’s, duas vezes em Jornadas celebradas em
nível diocesano, os temas marianos. Mas nunca houve um tema mariano em um
Jornada Mundial internacional. Desta vez nós vamos ter três seguidos: todo um
caminho mariano, uma grande alegria, uma grande bênção: sabemos como nosso povo
e nossa juventude tem um carinho especial pela mãe de Deus".
"A
Arquidiocese do Panamá é a primeira diocese em terra firme do continente
americano e tem uma grande devoção a Nossa Senhora chamada ‘La Antigua’. Maria
‘La Antigua’ que é uma devoção de origem espanhola, mas que é muito forte no
Panamá. E, com certeza, para o Brasil, por exemplo, acho que foi muito
significativa essa escolha de um tema mariano, de temas marianos,
exatamente quando o Brasil celebra os 300 anos de Aparecida, Portugal, os
100 anos de Fátima, então, cai como uma luva. Não foi uma coisa, acredito,
intencional, mas com certeza na intenção de Deus foi providencial”.
O caminho mariano proposto aos
jovens para as JMJ está em sintonia com a reflexão que o Papa Francisco confiou
ao próximo Sínodo dos Bispos de 2018: “Os jovens, a fé e o discernimento
vocacional”.
(RS/MJ/RB)
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Janeiro de 2017
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
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