quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

EDITORIAL JANEIRO - 2020

Queridos Paroquianos, Irmãos e Irmãs,

O ano de 2019 se encerra!

Não podemos dizer que foi um ano bom ou ruim, porque isso depende da perspectiva individual de cada ser humano, mas no geral, com a Graça de Deus e a Proteção da Virgem Maria, podemos dizer que mais foi um ano cheio de muitas Graças e Bênçãos.

Apesar das muitas dificuldades, na maioria dos lares reinou a paz, não faltou o pão de cada dia e muitas coisas boas aconteceram. Geralmente não costumamos dar valor para as graças e bênçãos que recebemos diariamente da Providência Divina, e se pararmos para pensar vamos ver que foram muito mais graças do que acontecimentos ruins em nossa vida, em nossos caminhos encontramos muito mais flores do que pedras.

Infelizmente, algumas pessoas e algumas famílias não conseguiram os benefícios desejados no ano inteiro, houve sim muito sofrimento e muita dor e perdas..., mas, a Providência Divina também não deixou de estar ali.... Nos solidarizamos com todos que passaram momentos ruins, e afirmamos que Deus está sempre ao lado dos que sofrem e como Jesus disse: “Bem-aventurados os pobres, os que sofrem e os que choram, porque terão a consolação. ”

O ano de 2020 se inicia!

E agora renovamos nossas esperanças por mais paz em nossas famílias, nossas cidades, nosso país e no mundo, por mais realizações de nossos desejos, mais saúde, mais alegria e maior felicidade.

Em nossos corações, todos nós desejamos que Deus esteja presente em nossas vidas e nos colocamos em sua presença com humildade para agradecer por mais um ano que Ele nos concede para viver e O louvar.

Que neste ano possamos ser Verdadeiros Cristãos e colocar em prática a Palavra de Deus, que tenhamos coragem de ler a Bíblia diariamente e aprender os ensinamentos de Jesus e mostrar ao mundo, através de nosso exemplo, através da nossa vida, do nosso modo de viver segundo o Evangelho, como deve viver um verdadeiro seguidor e discípulo de Cristo.

Que neste ano possamos estar mais perto de Maria Santíssima, rezando o Terço diariamente, praticando a caridade, participando da vida em comunidade e mostrando o amor de Jesus em nossas condutas, seguindo fielmente o que nos diz Nossa Senhora, como disse em Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser!”

Que neste ano e por todos os anos seguintes, nossa vida seja reflexo do que Jesus nos ensina quando diz: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!” Acredite, podemos mudar o mundo praticando esse Mandamento de Amor que Jesus nos ensinou... Fazendo isso, nossa felicidade será imensurável...

Feliz 2020!
Feliz Ano Novo!
Feliz Vida Renovada em Jesus Cristo e Maria!

Pascom – Pastoral da Comunicação
Paróquia Nossa Senhora de Lourdes



Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Janeiro de 2020
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
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FELIZ ANO NOVO DE 2020


Vamos receber o Ano Novo com a alma renovada de esperança e alegria, carregando Jesus no coração, e que assim seja o ano todo.

A todos desejamos um Feliz Ano Novo! Que seja de amor, perdão, paz e felicidade!

Que o Evangelho seja nossa orientação em cada dia deste novo ano. Que saibamos encontrar a felicidade na paz e no amor de Cristo. Que Deus abençoe a todos e Sua luz ilumine os nossos corações.

Que a maior promessa de Ano Novo seja o fortalecimento da nossa fé, e que a saibamos cumprir em cada um dos 365 dias.

ORAÇÃO PARA O ANO NOVO

Meu Jesus adorado, queremos Vos oferecer nesta hora em que o tempo vira uma página da história dos homens, nosso olhar e nossas orações, contemplando o Mistério do Natal, do Vosso Presépio, onde nascestes para nos salvar.

E assim como fostes não mais do que uma frágil criança, dependendo em tudo de Vossa Mãe Santíssima e de São José, Vosso Pai adotivo, assim queremos ser, diante de Vós e de Vosso Pai.

Antes de tudo, queremos agradecer por todas as graças que recebemos ao longo deste último ano, graças de perdão, graças de amor, vindo em nossos corações pela Santa Comunhão.

Também por todas as forças e ajudas que recebemos de Vós para bem realizar nossas obrigações e deveres, tanto materiais quanto espirituais.

Nós sabemos, ó Bom Jesus, que por causa do abandono em que Vos deixamos por nossos pecados, tudo o que temos nos vem da pobreza da gruta em que nascestes, da Cruz que aceitastes por nossa causa.

E que, pela gloriosa Ressurreição alcançaremos, nós também, o Céu onde habitais.

Hoje o mundo se prepara para festejar um ano que termina, outro que começa.

Nós queremos nos lembrar, antes de tudo, que foi o Vosso nascimento em Belém que deu origem a todos os séculos.

Ali, naquela hora sublime, o tempo parou de contar para dar início a uma nova era, marcada por vossa presença sobre a Terra.

É assim que queremos viver todos os dias, lembrando que um dia, estivestes pisando o pó das nossas estradas, falando com nossa gente, morrendo sobre uma Cruz para mostrar o caminho do Céu.

Dessa lembrança virá nossa felicidade neste novo ano.

Que este ano bom seja para nós e para todos os nossos queridos pais, parentes e amigos, de verdadeira felicidade e sincera paz, e que os fogos e festejos dessa hora só nos faça estar mais próximos do tempo sem fim da Vossa Eternidade.

Amém!


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Janeiro de 2020
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MENSAGEM DO PAPA PARA O DIA MUNDIAL DA PAZ 2020


Vaticano, 12 Dez. 19 / 08:10 am (ACI).- O Vaticano publicou neste dia 12 de dezembro a mensagem do Papa Francisco por ocasião do Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2020, com o tema “A paz como caminho de esperança: diálogo, reconciliação e conversão ecológica”.

Na mensagem, o Santo Padre afirmou que “a fratura entre os membros de uma sociedade, o aumento das desigualdades sociais e a recusa de empregar os meios para um desenvolvimento humano integral colocam em perigo a prossecução do bem comum. Inversamente, o trabalho paciente, baseado na força da palavra e da verdade, pode despertar nas pessoas a capacidade de compaixão e solidariedade criativa”.

A seguir, o texto completo da mensagem do Papa Francisco:

1. A paz, caminho de esperança face aos obstáculos e provações

A paz é um bem precioso, objeto da nossa esperança; por ela aspira toda a humanidade. Depor esperança na paz é um comportamento humano que alberga uma tal tensão existencial, que o momento presente, às vezes até custoso, «pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros dessa meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho»[1]. Assim, a esperança é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis.

A nossa comunidade humana traz, na memória e na carne, os sinais das guerras e conflitos que têm vindo a suceder-se, com crescente capacidade destruidora, afetando especialmente os mais pobres e frágeis. Há nações inteiras que não conseguem libertar-se das cadeias de exploração e corrupção que alimentam ódios e violências. A muitos homens e mulheres, crianças e idosos, ainda hoje se nega a dignidade, a integridade física, a liberdade – incluindo a liberdade religiosa –, a solidariedade comunitária, a esperança no futuro. Inúmeras vítimas inocentes carregam sobre si o tormento da humilhação e da exclusão, do luto e da injustiça, se não mesmo os traumas resultantes da opressão sistemática contra o seu povo e os seus entes queridos.

As terríveis provações dos conflitos civis e dos conflitos internacionais, agravadas muitas vezes por violências desalmadas, marcam prolongadamente o corpo e a alma da humanidade. Na realidade, toda a guerra se revela um fratricídio que destrói o próprio projeto de fraternidade, inscrito na vocação da família humana.

Sabemos que, muitas vezes, a guerra começa pelo facto de não se suportar a diversidade do outro, que fomenta o desejo de posse e a vontade de domínio. Nasce, no coração do homem, a partir do egoísmo e do orgulho, do ódio que induz a destruir, a dar uma imagem negativa do outro, a excluí-lo e cancelá-lo.

A guerra nutre-se com a perversão das relações, com as ambições hegemónicas, os abusos de poder, com o medo do outro e a diferença vista como obstáculo; e simultaneamente alimenta tudo isso.

Como fiz notar durante a recente viagem ao Japão, é paradoxal que «o nosso mundo viva a dicotomia perversa de querer defender e garantir a estabilidade e a paz com base numa falsa segurança sustentada por uma mentalidade de medo e desconfiança, que acaba por envenenar as relações entre os povos e impedir a possibilidade de qualquer diálogo. A paz e a estabilidade internacional são incompatíveis com qualquer tentativa de as construir sobre o medo de mútua destruição ou sobre uma ameaça de aniquilação total. São possíveis só a partir duma ética global de solidariedade e cooperação ao serviço dum futuro modelado pela interdependência e a corresponsabilidade na família humana inteira de hoje e de amanhã»[2].

Toda a situação de ameaça alimenta a desconfiança e a retirada para dentro da própria condição. Desconfiança e medo aumentam a fragilidade das relações e o risco de violência, num círculo vicioso que nunca poderá levar a uma relação de paz. Neste sentido, a própria dissuasão nuclear só pode criar uma segurança ilusória.

Por isso, não podemos pretender manter a estabilidade no mundo através do medo da aniquilação, num equilíbrio muito instável, pendente sobre o abismo nuclear e fechado dentro dos muros da indiferença, onde se tomam decisões socioeconómicas que abrem a estrada para os dramas do descarte do homem e da criação, em vez de nos guardarmos uns aos outros[3]. Então como construir um caminho de paz e mútuo reconhecimento? Como romper a lógica morbosa da ameaça e do medo? Como quebrar a dinâmica de desconfiança atualmente prevalecente?

Devemos procurar uma fraternidade real, baseada na origem comum de Deus e vivida no diálogo e na confiança mútua. O desejo de paz está profundamente inscrito no coração do homem e não devemos resignar-nos com nada de menos.

2. A paz, caminho de escuta baseado na memória, solidariedade e fraternidade

Os sobreviventes aos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki – denominados os hibakusha – contam-se entre aqueles que, hoje, mantêm viva a chama da consciência coletiva, testemunhando às sucessivas gerações o horror daquilo que aconteceu em agosto de 1945 e os sofrimentos indescritíveis que se seguiram até aos dias de hoje. Assim, o seu testemunho aviva e preserva a memória das vítimas, para que a consciência humana se torne cada vez mais forte contra toda a vontade de domínio e destruição. «Não podemos permitir que as atuais e as novas gerações percam a memória do que aconteceu, aquela memória que é garantia e estímulo para construir um futuro mais justo e fraterno»[4].

Como eles, há muitos, em todas as partes do mundo, que oferecem às gerações futuras o serviço imprescindível da memória, que deve ser preservada não apenas para evitar que se voltem a cometer os mesmos erros ou se reproponham os esquemas ilusórios do passado, mas também para que a memória, fruto da experiência, constitua a raiz e sugira a vereda para as opções de paz presentes e futuras.

Mais ainda, a memória é o horizonte da esperança: muitas vezes, na escuridão das guerras e dos conflitos, a lembrança mesmo dum pequeno gesto de solidariedade recebida pode inspirar opções corajosas e até heroicas, pode colocar em movimento novas energias e reacender nova esperança nos indivíduos e nas comunidades.

Abrir e traçar um caminho de paz é um desafio muito complexo, pois os interesses em jogo, nas relações entre pessoas, comunidades e nações, são múltiplos e contraditórios. É preciso, antes de mais nada, fazer apelo à consciência moral e à vontade pessoal e política. Com efeito, a paz alcança-se no mais fundo do coração humano, e a vontade política deve ser incessantemente revigorada para abrir novos processos que reconciliem e unam pessoas e comunidades.

O mundo não precisa de palavras vazias, mas de testemunhas convictas, artesãos da paz abertos ao diálogo sem exclusões nem manipulações. De facto, só se pode chegar verdadeiramente à paz quando houver um convicto diálogo de homens e mulheres que buscam a verdade mais além das ideologias e das diferentes opiniões. A paz é uma construção que «deve estar constantemente a ser edificada»[5], um caminho que percorremos juntos procurando sempre o bem comum e comprometendo-nos a manter a palavra dada e a respeitar o direito. Na escuta mútua, podem crescer também o conhecimento e a estima do outro, até ao ponto de reconhecer no inimigo o rosto dum irmão.

Por conseguinte, o processo de paz é um empenho que se prolonga no tempo. É um trabalho paciente de busca da verdade e da justiça, que honra a memória das vítimas e abre, passo a passo, para uma esperança comum, mais forte que a vingança. Num Estado de direito, a democracia pode ser um paradigma significativo deste processo, se estiver baseada na justiça e no compromisso de tutelar os direitos de cada um, especialmente se vulnerável ou marginalizado, na busca contínua da verdade[6]. Trata-se duma construção social em contínua elaboração, para a qual cada um presta responsavelmente a própria contribuição, a todos os níveis da comunidade local, nacional e mundial.

Como assinalava o Papa São Paulo VI, «a dupla aspiração – à igualdade e à participação – procura promover um tipo de sociedade democrática. (...). Isto, de per si, já diz bem qual a importância de uma educação para a vida em sociedade, em que, para além da informação sobre os direitos de cada um, seja recordado também o seu necessário correlativo: o reconhecimento dos deveres de cada um em relação aos outros. O sentido e a prática do dever são, por sua vez, condicionados pelo domínio de si mesmo, pela aceitação das responsabilidades e das limitações impostas ao exercício da liberdade do indivíduo ou do grupo»[7].

Pelo contrário, a fratura entre os membros duma sociedade, o aumento das desigualdades sociais e a recusa de empregar os meios para um desenvolvimento humano integral colocam em perigo a prossecução do bem comum. Inversamente, o trabalho paciente, baseado na força da palavra e da verdade, pode despertar nas pessoas a capacidade de compaixão e solidariedade criativa.

Na nossa experiência cristã, fazemos constantemente memória de Cristo, que deu a sua vida pela nossa reconciliação (cf. Rm 5, 6-11). A Igreja participa plenamente na busca duma ordem justa, continuando a servir o bem comum e a alimentar a esperança da paz, através da transmissão dos valores cristãos, do ensinamento moral e das obras sociais e educacionais.

3. A paz, caminho de reconciliação na comunhão fraterna

A Bíblia, particularmente através da palavra dos profetas, chama as consciências e os povos à aliança de Deus com a humanidade. Trata-se de abandonar o desejo de dominar os outros e aprender a olhar-se mutuamente como pessoas, como filhos de Deus, como irmãos. O outro nunca há de ser circunscrito àquilo que pôde ter dito ou feito, mas deve ser considerado pela promessa que traz em si mesmo. Somente escolhendo a senda do respeito é que será possível romper a espiral da vingança e empreender o caminho da esperança.

Guia-nos a passagem do Evangelho que reproduz o seguinte diálogo entre Pedro e Jesus: «“Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes? ” Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”» (Mt 18, 21-22). Este caminho de reconciliação convida-nos a encontrar no mais fundo do nosso coração a força do perdão e a capacidade de nos reconhecermos como irmãos e irmãs. Aprender a viver no perdão aumenta a nossa capacidade de nos tornarmos mulheres e homens de paz.

O que é verdade em relação à paz na esfera social, é verdadeiro também no campo político e económico, pois a questão da paz permeia todas as dimensões da vida comunitária: nunca haverá paz verdadeira, se não formos capazes de construir um sistema económico mais justo. Como escreveu Bento XVI, «a vitória sobre o subdesenvolvimento exige que se atue não só sobre a melhoria das transações fundadas sobre o intercâmbio, nem apenas sobre as transferências das estruturas assistenciais de natureza pública, mas sobretudo sobre a progressiva abertura, em contexto mundial, para formas de atividade económica caraterizadas por quotas de gratuidade e de comunhão»[8].

4. A paz, caminho de conversão ecológica

«Se às vezes uma má compreensão dos nossos princípios nos levou a justificar o abuso da natureza, ou o domínio despótico do ser humano sobre a criação, ou as guerras, a injustiça e a violência, nós, crentes, podemos reconhecer que então fomos infiéis ao tesouro de sabedoria que devíamos guardar»[9].

Vendo as consequências da nossa hostilidade contra os outros, da falta de respeito pela casa comum e da exploração abusiva dos recursos naturais – considerados como instrumentos úteis apenas para o lucro de hoje, sem respeito pelas comunidades locais, pelo bem comum e pela natureza –, precisamos duma conversão ecológica.

O Sínodo recente sobre a Amazónia impele-nos a dirigir, de forma renovada, o apelo em prol duma relação pacífica entre as comunidades e a terra, entre o presente e a memória, entre as experiências e as esperanças.

Este caminho de reconciliação inclui também escuta e contemplação do mundo que nos foi dado por Deus, para fazermos dele a nossa casa comum. De facto, os recursos naturais, as numerosas formas de vida e a própria Terra foram-nos confiados para ser «cultivados e guardados» (cf. Gn 2, 15) também para as gerações futuras, com a participação responsável e diligente de cada um. Além disso, temos necessidade duma mudança nas convicções e na perspectiva, que nos abra mais ao encontro com o outro e à recepção do dom da criação, que reflete a beleza e a sabedoria do seu Artífice.

De modo particular brotam daqui motivações profundas e um novo modo de habitar na casa comum, de convivermos uns e outros com as próprias diversidades, de celebrar e respeitar a vida recebida e partilhada, de nos preocuparmos com condições e modelos de sociedade que favoreçam o desabrochar e a permanência da vida no futuro, de desenvolver o bem comum de toda a família humana.

Por conseguinte, a conversão ecológica, a que apelamos, leva-nos a uma nova perspectiva sobre a vida, considerando a generosidade do Criador que nos deu a Terra e nos chama à jubilosa sobriedade da partilha. Esta conversão deve ser entendida de maneira integral, como uma transformação das relações que mantemos com as nossas irmãs e irmãos, com os outros seres vivos, com a criação na sua riquíssima variedade, com o Criador que é origem de toda a vida. Para o cristão, uma tal conversão exige «deixar emergir, nas relações com o mundo que o rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus»[10].

5. Obtém-se tanto quanto se espera[11]

O caminho da reconciliação requer paciência e confiança. Não se obtém a paz, se não a esperamos.

Trata-se, antes de mais nada, de acreditar na possibilidade da paz, de crer que o outro tem a mesma necessidade de paz que nós. Nisto, pode-nos inspirar o amor de Deus por cada um de nós, amor libertador, ilimitado, gratuito, incansável.

O medo é, frequentemente, fonte de conflito. Por isso, é importante ir além dos nossos temores humanos, reconhecendo-nos filhos necessitados diante d’Aquele que nos ama e espera por nós, como o Pai do filho pródigo (cf. Lc 15, 11-24). A cultura do encontro entre irmãos e irmãs rompe com a cultura da ameaça. Torna cada encontro uma possibilidade e um dom do amor generoso de Deus. Faz-nos de guia para ultrapassarmos os limites dos nossos horizontes estreitos, procurando sempre viver a fraternidade universal, como filhos do único Pai Celeste.

Para os discípulos de Cristo, este caminho é apoiado também pelo sacramento da Reconciliação, concedido pelo Senhor para a remissão dos pecados dos batizados. Este sacramento da Igreja, que renova as pessoas e as comunidades, convida a manter o olhar fixo em Jesus, que reconciliou «todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto as que estão na terra como as que estão no céu» (Col 1, 20); e pede para depor toda a violência nos pensamentos, nas palavras e nas obras quer para com o próximo quer para com a criação.

A graça de Deus Pai oferece-se como amor sem condições. Recebido o seu perdão, em Cristo, podemos colocar-nos a caminho para ir oferecê-lo aos homens e mulheres do nosso tempo. Dia após dia, o Espírito Santo sugere-nos atitudes e palavras para nos tornarmos artesãos de justiça e de paz.

Que o Deus da paz nos abençoe e venha em nossa ajuda.

Que Maria, Mãe do Príncipe da paz e Mãe de todos os povos da terra, nos acompanhe e apoie, passo a passo, no caminho da reconciliação.

E que toda a pessoa que vem a este mundo possa conhecer uma existência de paz e desenvolver plenamente a promessa de amor e vida que traz em si.

Vaticano, 8 de dezembro de 2019.

Franciscus

[1] Bento XVI, Carta enc. Spe salvi, 30 de novembro de 2007, 1.
[2] Discurso sobre as armas nucleares, Nagasáqui – Parque «Atomic Bomb Hypocenter», 24 de novembro de 2019.
[3] Cf. Francisco, Homilia em Lampedusa, 8 de julho de 2013.
[4] Francisco, Discurso sobre a Paz, Hiroxima – Memorial da Paz, 24 de novembro de 2019.
[5] Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes, 78.
[6] Cf. Bento XVI, Discurso aos dirigentes e membros das Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos (ACLI), 27 de janeiro de 2006.
[7] Carta ap. Octogesima adveniens, 14 de maio de 1971, 24.
[8] Carta enc. Caritas in veritate, 29 de junho de 2009, 39.
[9] Francisco, Carta enc. Laudato si’, 24 de maio de 2015, 200.
[10] Ibid., 217.
[11] Cf. São João da Cruz, Noite Escura, II, 21, 8.



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CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020


Citações da sagrada escritura para trabalhar a CF 2020

Gn 1,2-15; 2,1-25: Criação do mundo e do homem.
Jó 42, 3: A criação está repleta de maravilhas que ultrapassa o conhecimento.
Dn 3, 57: A simples existência de cada ser é sinal da grandeza e convite a louvar a Deus.
Sl 8: Contemplar a grandeza das mãos de Deus.
Sl 23: A Ele pertence a terra e o que ela encerra.
Jó 5, 25; Sl 36,37; Gn 33,22: Somente Deus concede vida e posteridade.
Jó 2,4: Para salvar a vida, o homem dá tudo que tem.
Jo 15,13: Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida por seus amigos.
Sl 36,10: Pois em ti está a fonte da vida, e na tua luz veremos a luz.
Ez 18,23; Jr 21,8; Mt 7,13-14: O mandamento de Deus é caminho de vida.
Ecle 11,5: Deus é o autor soberano da vida.
Mt 22,37-39: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Hb 05,01-10: Acima de tudo Jesus continua fiel e obediente a vontade do Pai.
Ap 01,18: O Pai o liberta das consequências da morte.
Ap 21,04: Toda humanidade e a criação são chamados à participar desse mesmo processo de morte e ressureição.
1Cor 4,10: Trazemos em nós o sinal da vida e da morte de Cristo.
Rm 05,12-15: O inimigo pode destruir a vida nova em Cristo e a vida plena trazida por Cristo.
Mc 10,17-30: Somente Ele pode responder a pergunta do que se deve fazer para ganhar a vida eterna.
Lc 10,25-37: Proximidade e auxílio aos que sofrem.
At: Dimensão social do cuidado com os mais frágeis.
1Cor: Hino sobre a caridade.
Tg; 1Pd: O chamado a atenção dos mais frágeis que estão próximo.

Campanha da Fraternidade 2020 – CF 2020
Lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)
Tema: “Fraternidade e vida: dom e compromisso”

Magistério

– Patrística: Ireneu de Leão “A glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é o olhar de Deus: A compreensão de Deus aprofunda a dignidade do homem. ”

Exemplos de vida de santos: São Maximiliano Kolbe, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce.

– Carta Encíclica Evangelium Vitae – Papa João Paulo II

– Oração do Papa João Paulo II no final da Carta Encíclica Evangelium Vitae:

Ó Maria,
aurora do mundo novo,
Mãe dos viventes,
confiamos-vos a causa da vida:
olhai, Mãe,
para o número sem fim

de crianças a quem é impedido nascer,
de pobres para quem se torna difícil viver,
de homens e mulheres
vítimas de inumana violência,
de idosos e doentes assassinados
pela indiferença
ou por uma presunta compaixão.
Fazei com que todos aqueles que crêem
no vosso Filho
saibam anunciar com desassombro e amor
aos homens do nosso tempo
o Evangelho da vida.
Alcançai-lhes a graça de o acolher
como um dom sempre novo,
a alegria de o celebrar com gratidão
em toda a sua existência,
e a coragem para o testemunhar
com laboriosa tenacidade,
para construírem,
juntamente com todos os homens
de boa vontade,
a civilização da verdade e do amor,
para louvor e glória de Deus Criador
e amante da vida igreja.

Fonte: https://portalkairos.org/texto-base-da-campanha-da-fraternidade-2020/#ixzz67Ey1Pvly


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AGENDA PAROQUIAL E LITÚRGICA

LITURGIA: ANO A – SÃO MATEUS

JANEIRO 2020

01
QUA
11h00 e 19h00= Missas
Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. Confraternização universal. Lc 2,16-21
02
QUI
São Basílio Magno e S. Gregório Nazianzeno, Bsps Drs.(M).
03
SEX
1.ª Sexta – Bênção do Santíssimo e Missa às 19h00.
São Fulgêncio de Ruspe, bispo.
05
DOM
07h00, 09h00,10h30,19h00
EPIFANIA DO SENHOR- 2.ª Semana do Saltério
Mt 2,1-12
06
SEG
20h00- TERÇO DOS HOMENS 
12
DOM
07h00, 09h00, 11h00, 19h00
BATISMO DO SENHOR. (F)
Lc 3,15-16.21-22
16
QUI
19h00- Santo Antão, Ab (M)
Comemoração dos parentes falecidos dos membros da Ordem.
19
DOM
07h00, 09h00, 11h00, 19h00
2.º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Cor verde)
Jo 2,1-11
21
TER
Santa Inês, Vg Mt (M)
22
QUA
15h00- Missa em Louvor a Santa Rita de Cássia
23
QUI
Bem-aventurada Josefa Maria de Benigánim, Virgem.
24
SEX
São Francisco de Sales, Bp Dr. (M.)
25
SAB
Conversão de São Paulo Apóstolo (F.) e Fundação da Cidade de São Paulo
Mc 16,15-18
26
DOM
07h00, 09h00, 11h00, 19h00
3.º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Lc 1,1-4; 4,14-21
28
TER
Santo Tomás de Aquino
31
SEX
 São João Bosco, Presb. (M.).


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