segunda-feira, 7 de outubro de 2013

PALAVRA DO PÁROCO

Quem diria!

Como é maravilhoso vivermos entre muitas pessoas. Nós moramos assim. Vem o grande desafio! É preciso saber viver porque cada pessoa é uma riqueza.

Agora, como unir toda essa riqueza para a construção do reino de Deus? Não é fácil! Hoje nossa paróquia vive essa experiência. Ter uma unidade dentro de uma grande diversidade. Temos dados passos firmes sem a preocupação do resultado imediato e, sim, plantar a melhor semente que é o próprio Jesus.

Iniciamos a Missa com as crianças. Vem sendo uma benção. Agora estamos incentivando a Pastoral dos Coroinhas e já na primeira reunião éramos dezesseis. Que alegria perceber o ânimo de cada um.

Voltando ao que escrevi acima, encontramos algumas formas de meditar nas dificuldades de viver numa cidade grande. Podemos unir as forças numa mesma direção ou então revezar, pois quando um pode o outro não pode. Aí vem o estresse da correria do dia a dia e tudo é motivo para se ausentar.

Quem diria! Outro dia saiu uma reportagem mostrando que as pessoas aqui em São Paulo estão reclamando do canto dos sabiás na madrugada. Dá pra acreditar? Na nossa casa tem um ninho com três filhotes numa das janelas. A natureza é uma graça de Deus. Nesta cidade existe esperança! Nossa Paróquia pode viver uma solidariedade maior. Ter uma experiência de união maior ainda. Como o sabiá fez seu ninho na cidade, é sinal que vida nova surge.

Venha participar de nossa paróquia com mais esperança e assim como o sabiá, vida nova irá surgir. No nosso coração cabe sempre mais um e na nossa comunidade esperamos sempre mais um.

Frei Egisto Cansian, OAR


Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Outubro 2013
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
Site da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br

OUTUBRO – Mês Missionário

Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (CF 2013) e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o tema da Campanha Missionária deste ano é “Juventude em Missão”.

O lema é tirado do profeta Jeremias: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b) e recorda que Deus continua a chamar e a enviar pessoas para anunciar a Boa Notícia de Jesus a todos os povos.“

A ação evangelizadora é a principal razão de ser da nossa Igreja e seus missionários e missionárias representam uma grande riqueza. Contudo, não podemos nos acomodar pensando que já chegamos à maturidade. A Igreja no Brasil pode e deve ajudar muito mais, em especial, com a generosidade da sua juventude”, explica padre Camilo Pauletti, diretor nacional das POM.
A Campanha Missionária acontece durante o mês de outubro e procura envolver todos os cristãos, com os grupos e as comunidades, nas dioceses e regionais. O objetivo é incentivar os cristãos viverem a solidariedade, a partilha e a ajuda mútua em todas as partes do mundo, seja na oração, no testemunho e na generosidade com a oferta. A coleta do Dia Mundial das Missões (este ano realizada nos dias 19 e 20 de outubro) é um dos objetivos da Campanha.
“A Igreja é por sua natureza missionária. E esta campanha deseja recordar essa dimensão”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Sérgio Braschi. “Pelo batismo e pela Crisma, somos ungidos para levar o Evangelho, levar a missão de Jesus. Essa Campanha quer nos comprometer, de uma maneira concreta, no apoio aos missionários além fronteiras”, completa.
A organização da Campanha no Brasil é de responsabilidade das POM, em parceria com duas Comissões Episcopais da CNBB: a de Ação Missionária e a da Amazônia. Os subsídios foram enviados para as comunidades de todo o país: 190 mil livretos da novena missionária; 22 mil DVD’s com testemunhos; 8 milhões de folhetos com orações para as missas dominicais; 11 milhões de envelopes para a coleta.
“Que todos procurem estes subsídios que já estão nas dioceses e que sejam utilizados da melhor maneira possível”, explica dom Sérgio. Ele também destacou o papel dos Conselhos Missionários Diocesanos e Paroquiais na motivação da Campanha. Todo o material está disponível também no site das POM, e pode ser baixado gratuitamente.





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IGREJA EM MISSÃO


No mês de outubro direcionamos juntamente com toda a Igreja Católica Apostólica Romana nossas reflexões e orações para as missões. Somos convidados a partir do nosso batismo, a muito mais que fazermos missão, e sim, sermos missão. Ser missão significa que o ardor missionário está engendrada em nós, por isso, Deus Pai nos cria, nos ama e nos chama à vida; o Filho Jesus Cristo nos envia em missão e o Espírito Santo nos santifica e nos confirma na missão.

Nesse sentido, o evangelista Mateus, nos ilumina com seus escritos sagrados quando narra o envio dos discípulos por Jesus: “Os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Ainda assim, alguns duvidaram. Então Jesus se aproximou, e falou: Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,16-20).

Mateus começa seu evangelho, situando a missão de Jesus na Galiléia, cidade pobre, para depois concluí-lo onde tudo começou. Por isso, os discípulos são motivados por Jesus a se dirigem novamente à Galiléia, e ao verem Jesus, eles se ajoelham, pois reconhecem-no como o Senhor Ressuscitado. Esse gesto de adoração é um ato de fé. Entretanto, havia, entre eles, alguns que duvidavam.

É formidável o realismo de Mateus, ao fazer coexistir diante da mesma manifestação de Jesus, alguns que o adoram, e outros que duvidam. Podemos reconhecer nessa pequena comunidade, a nossa Igreja onde convivem os que adoram e os que duvidam da presença do Ressuscitado em nosso meio, guiando a Igreja frente aos novos desafios e exigências para uma nova evangelização.

Adorar o Senhor é uma graça, é resposta ao dom de sua presença em nosso meio, que nos cativa e surpreende. Por isso peçamos a Deus que nos conceda esse o dom da adoração que nos coloca de joelhos diante do seu Filho para depois sairmos guiados pelo Espírito Santo em missão, pois todo aquele que se sente chamado à missão, se primeiro não reconhecer e adorar o Senhor Ressuscitado como Aquele que o chama e o envia, não terá êxito na missão, pois não fora atraído por Ele.


Cônego Edmilson Januário da Silva CLR


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MARIA TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO

Dia 12 de outubro celebramos a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição de Aparecida, padroeira e protetora do Brasil. Todo brasileiro cristão católico reconhece Nossa Senhora de Aparecida como mãe e intercessora.

E qual cristão brasileiro católico que não foi em Romaria ao Santuário da Basílica de Nossa Senhora Aparecida homenagear a Virgem Santíssima, participando da celebração da Eucaristia com sua família, seus amigos ou sua comunidade?

No ano de 2001, o beato João Paulo II, escreveu essa singela oração à Virgem Maria: “Tu és a Toda Bela, que o Altíssimo vestiu com o seu poder. Tu és a Toda Santa, que Deus preparou como sua intacta habitação de glória. Ave, Templo misterioso de Deus, ave, cheia de graça, intercede por nós”!

Nas palavras do anjo Gabriel, o mensageiro de Deus saúda a Virgem de Nazaré com palavras fraternas e cordiais: “Ave, cheia de Graça, o Senhor é contigo” (Lucas 1,28). Nesta saudação, Maria é chamada de “Cheia de Graça”. Tal expressão diz-nos quem é Maria: é aquela repleta da Presença de Deus, do favor divino, da Santidade e do Amor do Senhor. É aquela que a gratuidade amorosa de Deus beneficiou com uma especial Santidade, desde o primeiro momento de sua existência.

No Prefácio da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, lemos: “A fim de preparar para o vosso Filho, uma mãe que fosse digna Dele, preservastes a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a com a plenitude de vossa graça. Nela, nos destes as primícias da Igreja, esposa de Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente beleza. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha que tira os nossos pecados. Escolhida, entre todas as mulheres, modelo de santidade e advogada nossa, ela intervém constantemente em favor de vosso povo. (Missal Dominical: Missal da Assembleia Cristã. Paulus,1995. p. 589).

No Ofício de Leituras do Comum de Nossa Senhora, nos degustamos de saborosas palavras dirigidas à Virgem Maria: “Aquele a quem adoram, o céu, a terra, o mar, o que governa o mundo, na Virgem vem morar. A lua, o sol e os astros o servem, sem cessar. Mas ele vem no seio da Virgem se ocultar. Feliz, ó Mãe, que abrigas o Autor da Salvação na arca do teu seio, que vive entre nós” (Hino da Liturgia das Horas: Comum de Nossa Senhora – Ofício das Leituras).

No Catecismo da Igreja Católica, fruto do pensamento da Igreja, também nos deleitamos com belíssimas afirmações marianas relacionadas à expressão “Alegra-te, cheia de graça”. Ao lermos os parágrafos §721 à §725, entendemos como a Igreja compreende a graça divina na pessoa de Maria:

§721 – Maria, a Mãe de Deus toda santa, sempre Virgem, é a obra prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do tempo pela primeira vez no plano da salvação e porque o seu Espírito a preparou, o Pai encontra a Morada em, que seu Filho e seu Espírito podem habitar entre os homens. E neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes leu, com relação à Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria: Maria é decantada e representada na Liturgia como o "trono da Sabedoria". Nela começam a manifestar-se as "maravilhas de Deus" que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja.

§722 – O Espírito Santo preparou Maria com sua graça. Convinha que fosse "cheia de graça" a mãe daquele em quem "habita corporalmente a Plenitude da Divindade" (Cl 2,9). Por pura graça, ela foi concebida sem pecado como a mais humilde das criaturas; a mais capaz de acolher o Dom inefável do Todo-Poderoso. É com razão que o anjo Gabriel a saúda como a "filha de Sião": "Alegra-te". É a ação de graças de todo o Povo de Deus, e portanto da Igreja, que ela faz subir ao Pai no Espírito Santo em seu cântico, enquanto traz em si o Filho Eterno.

§723 – Em Maria, o Espírito Santo realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. Sua virgindade transforma-se em fecundidade única pelo poder do Espírito e da fé.

§724 – Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai tornado Filho da Virgem. Ela é a Sarça ardente da Teofania definitiva: repleta do Espírito Santo, ela mostra o Verbo na humildade de sua carne, e é aos Pobres e às primícias das nações que ela o dá a conhecer.

§725 – Finalmente, por Maria o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens, "objetos do amor benevolente de Deus", e os humildes são sempre os primeiros a recebê-lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos.

Concluo essa nossa reflexão mariana, convidando à você, querida amiga, a fazermos juntos essa oração tão simples, mas ao mesmo tempo tão nobre, que enobrece a pessoa da Virgem Maria, que de tal pessoa aprendemos duas grandes virtudes: a do silêncio – pois, ela guardava os fatos em seu coração e neles meditava, e a da humildade – fazei tudo que Ele vos disser, pois a humildade nos direciona à obediência livre e amorosa às Palavras de Jesus:

Virgem Santíssima, que fostes concebida sem o pecado original e por isto merecestes o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras: "Ave Maria, cheia de graça"; nós vos pedimos que nos alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que nós vos chamamos de Mãe, atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos. Amém!

Frei Laércio Rodrigues da Cruz, OAR.


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AGENDA PAROQUIAL

AGENDA

04 - Primeira Sexta – Hora Santa e Missa a partir das 18h00.

07 - Terço dos Homens às 20h00

12 - Nossa Senhora Aparecida- Padroeira do Brasil- Missa às 19h00.

17 - Preparação de pais e padrinhos às 20h00.

19 - Primeira Eucaristia – Colégio Madre Paula Montalt às 10h00.
        Reunião da Legião de Maria às 15h00.

20 - Santa Madalena de Nagasáki- Padroeira da FRASAR.

22 - Santa Rita de Cássia- Missa às 15h00 e, logo após, delicioso chá.


26 - Bazar Beneficente, às 08h00.


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ACONTECEU NA IGREJA

Vaticano

MUDANÇAS NA CÚRIA ROMANA

O papa Francisco fez no dia 21 de setembro,  algumas alterações na cúria romana.
O pontífice aceitou o pedido de renúncia, por limite de idade, do cardeal Manuel Monteiro de Castro como penitenciário-mor e nomeou como seu sucessor o cardeal Mauro Piacenza, até então prefeito da Congregação para o Clero;
Na Congregação para a Doutrina da Fé: confirmou como prefeito Dom Gerhard Ludwig Müller; como secretário dom Luis Francisco Ladaria Ferrer; e nomeou secretário adjunto dom Joseph Augustine Di Noia, até então vice-presidente da Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei»; confirmou ainda os membros e os consultores, nomeando como novo consultor dom Giuseppe Sciacca, secretário adjunto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica;
Na Congregação para a Evangelização dos Povos: confirmou como prefeito o cardeal Fernando Filoni; como secretário Dom Savio HonTai-Fai; como secretário adjunto dom Protase Rugambwa; e todos os membros e consultores do Dicastério;
Na Congregação para o Clero: nomeou como prefeito o arcebispo Dom Beniamino Stella, até então presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica; confirmou como secretário dom Celso MorgaIruzubieta; e nomeou como secretário para os Seminários dom Jorge Carlos Patrón Wong, elevando-o à dignidade de arcebispo;
Na Administração do Patrimônio da Sé Apostólica: nomeou delegado da Seção Ordinária o Mons. Mauro Rivella, do clero da arquidiocese de Turim.
O Santo Padre nomeou núncio apostólico na Alemanha dom Nikola Eterovic, até então secretário geral do Sínodo dos Bispos, e chamou para suceder-lhe no mesmo cargo dom Lorenzo Baldisseri, até então secretário da Congregação para os Bispos.
Por fim, o pontífice nomeou como núncio apostólico e presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica o Mons. Giampiero Gloder, Conselheiro de Nunciatura, elevando-o a dignidade de arcebispo.
O papa Francisco nomeou ainda como núncio apostólico em Serra Leoa dom Miroslaw Adamczyk, até então núncio na Libéria e Gâmbia.

Fonte: Rádio Vaticano.

Carta aberta do Papa Francisco ao Jornal La Repubblica

Segue, na íntegra, a carta do papa Francisco, publicada no jornal La Republica, no dia 11 de setembro, em resposta a dois editoriais (7 de julho e 7 de agosto) do jornalista fundador do jornal italiano, Eugenio Scalfari, sobre questões relacionadas à fé e à vida cristã, tendo como referência a Encíclica Lumen Fidei .

Vaticano, 4 de setembro de 2013
Caríssimo Dr. Scalfari, é com viva cordialidade que, ainda que em linhas gerais, gostaria de responder, com esta minha carta, à que o Sr. pelas páginas [do jornal] República, escreveu-me, dia 07 de julho, com uma série de reflexões pessoais, que posteriormente aprofundou, no mesmo jornal, dia 07 de agosto.
Agradeço-lhe, antes de tudo, pela atenção com a qual leu a Encíclica Lumen Fidei. Ela, na intenção de meu amado predecessor, Bento XVI, que a concebeu e em grande medida a redigiu, e de quem, com gratidão, eu herdei, tem por finalidade não só confirmar na fé em Jesus Cristo os que já se reconhecem nessa fé, mas também suscitar um diálogo sincero e rigoroso com quem, como o Sr., se define “um não crente há muitos anos interessado e fascinado pela pregação de Jesus de Nazaré”.
Parece-me, portanto, que seja positivo, não só para nós pessoalmente, mas também para a sociedade em que vivemos concentrar-nos no diálogo a respeito de uma realidade importante como é a fé, que se refere à pregação e à figura de Jesus. Penso que há duas circunstâncias, em particular, que tornam hoje esse diálogo necessário e precioso.
Ele, afinal, constitui, como é sabido, um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II – querido por João XXIII – e do ministério dos Papas que, cada um com sua sensibilidade e sua contribuição, daquela ocasião até hoje caminharam no sulco traçado pelo Concílio.
A primeira circunstância – como se destaca nas páginas iniciais da Encíclica – deriva do fato que, ao longo dos séculos da modernidade, se tem assistido a um paradoxo: a fé cristã, cuja novidade e incidência na vida do homem desde o início se expressou com o símbolo da luz, foi considerada como superstição obscura, oposta à luz da razão. Assim se chegou a um estado de incomunicação entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, por um lado, e a cultura moderna de cunho iluminista, por outro. Chegou, porém, o tempo de um diálogo aberto e sem preconceitos, que reabra as portas de um sério e fecundo encontro. O Vaticano II inaugurou esta estação.
A segunda circunstância, para quem procura ser fiel ao dom do seguimento de Jesus à luz da fé, deriva do fato que este diálogo não é um acessório secundário da existência de quem crê. Ao contrário, é uma expressão íntima e indispensável [dessa existência]. Permita-me citar, a propósito, uma afirmação que considero muito importante da Encíclica: como a verdade testemunhada pela fé é a verdade do amor – ali se sublinha – “é claro que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. Quem crê não é arrogante; ao contrário, a verdade o faz humilde, sabendo que mais do que nós a possuirmos, é ela que nos circunda e possui. Longe de enrijecer-nos, a segurança da fé nos põe a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos” (n. 34). É este o espírito que anima as palavras que escrevo.
A fé, para mim, nasce do encontro com Jesus. Um encontro pessoal, que tocou meu coração e deu uma nova direção e um novo sentido à minha existência. Mas, ao mesmo tempo, um encontro tornado possível pela comunidade de fé na qual eu vivi e graças à qual encontrei o acesso à inteligência da Sagrada Escritura, à vida nova que como fluxo de água jorrando de Jesus através dos Sacramentos, à fraternidade para com todos e a serviço dos pobres, verdadeira imagens do Senhor. Sem a Igreja, - creia-me – não teria podido encontrar Jesus, apesar de estar ciente de que este dom imenso que é a fé está guardado nos vasos da frágil argila de nossa humanidade.
É precisamente a partir daqui, desta experiência pessoal de fé vivida na Igreja, que me sinto à vontade para escutar suas questões e para procurar, junto com o Sr., os caminhos ao longo dos quais poderemos, talvez, começar a fazer juntos um percurso.
Perdoe-me se não sigo passo a passo a argumentação que o Sr. propôs no editorial de 7 de julho. Parece-me mais frutuoso – ou me é mais congenial – ir, de certo modo, ao coração de suas considerações. Também não entro na modalidade expositiva seguida pela Encíclica, na qual o Sr. sente a falta de uma seção especificamente dedicada à experiência histórica de Jesus de Nazaré.
Observo apenas, para começar, que uma análise desse tipo não é secundária. Trata-se, de fato, seguindo a própria lógica que segue o desenvolvimento da Encíclica, de centrar a atenção sobre o significado do que Jesus disse e fez, e, assim, em última instância, sobre o que Jesus foi e é por nós. De fato, as cartas de Paulo e o Evangelho de João, aos quais se faz particular referência na Encíclica, foram construídos sobre o sólido fundamento do ministério messiânico de Jesus de Nazaré, cujo cume resolutivo é a páscoa da morte e da ressurreição.
É necessário confrontar-se com Jesus, eu diria, na concretude e na dureza do seu acontecimento, assim como é narrado sobretudo no mais antigo dos Evangelhos, que é o de Marcos. Constata-se, então, que o “escândalo” que a palavra e a praxe de Jesus provocam ao seu redor derivam de sua extraordinária “autoridade”: uma palavra atestada desde o Evangelho de Marcos, mas que não é fácil de traduzir para o italiano. A palavra grega é “exousia”, que literalmente se refere ao que “provém do ser” que se é. Não se trata de algo exterior ou forçado, mas que emana de dentro e que se impõe por si. Jesus, efetivamente, atinge, surpreene, inova, como ele mesmo diz, a partir de sua relação com Deus, a quem chama familiarmente Abbá, que lhe entrega esta “autoridade” para que ele a exerça a favor dos homens.
Assim Jesus prega “como quem tem autoridade”, cura, chama os discípulos a segui-lo, perdoa... todas elas, coisas que no Antigo Testamento são próprias de Deus e somente dele. A pergunta que retorna mais de uma vez no Evangelho de Marcos: “Quem é este que...?”, e que se refere à identidade de Jesus, brota da constatação de uma autoridade diferente da do mundo, uma autoridade cuja finalidade não é exercitar um poder sobre os outros, mas servi-lhes, dar-lhes liberdade e plenitude de vida. E isto até o ponto de por em jogo a própria vida, experimentar a incompreensão, a traição, a recusa, ser condenado à morte, até o estado de abandono na cruz. Mas Jesus permanece fiel a Deus, até o fim.
É então – como exclama o centurião romano aos pés da cruz, no Evangelho de Marcos – que Jesus se mostra, paradoxalmente, como o Filho de Deus! Filho de um Deus que e amor e que quer, com todo seu ser, que o homem, cada homem, se descubra e viva também como seu verdadeiro filho. Este, pela fé cristã, recebe a certeza de que Jesus ressuscitou: não para triunfar sobre os quem lhe refutou, mas para atestar que o amor de Deus é mais forte que a morte, o perdão de Deus é mais forte que todo pecado, e que vale a pena gastar a própria vida, até o fim, para testemunhar este imenso dom.
A fé cristã crê isto: que Jesus é o filho de Deus vindo para dar a sua vida para abrir a todos o caminho do amor. Por isso, tem razão o egrégio Dr. Scalfari, quando vê na encarnação do Filho de Deus o caminho da salvação. Já Tertuliano escrevia “caro cardo salutis”, a carne [de Cristo] é o cardo da salvação. Porque a encarnação – o fato que o Filho de Deus tenha vindo na nossa carne e tenha condiviso alegrias e dores, vitórias e derrotas da nossa existência, até o grito na cruz, vivendo cada coisa no amor e na fidelidade ao Abbá – testemunha o incrível amor que Deus tem por cada homem, o valor inestimável que lhe atribui. Cada um de nós, por isto, é chamado a fazer seu o olhar e a escolha de amor de Jesus, a entrar no seu modo de ser, de pensar e de agir. Esta é a fé, com todas as expressões que são descritas com precisão na Encíclica.
No mesmo editorial de 07 de julho, o Sr. me pergunta ainda como compreender a originalidade da fé cristã enquanto essa tem seu foco precisamente sobre a encarnação do Filho de Deus, em relação a outros credos que, diferentemente, gravitam em torno da transcendência absoluta de Deus.
Eu diria que a originalidade está precisamente no fato que a fé nos faz participar, em Jesus, da relação que Ele tem com Deus que é Abbá e, a esta luz, no relacionamento que Ele tem com todos os outros homens, inclusive os inimigos, no sinal do amor. Em outros termos, a filiação de Jesus, como a apresenta a fé cristã, não é revelada para marcar uma separação insuperável entre Jesus e todos os outros: mas para dizer-nos que, nele, todos somos chamados a ser filhos do único Pai e irmãos entre nós. A singularidade de Jesus é para a comunicação, não para a exclusão.
Disto segue também – e não é pouca coisa – a distinção entre a esfera religiosa e a esfera política que é afirmada no “dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”, afirmada com clareza por Jesus e sobre a qual, com fadiga, se construiu a história do Ocidente. A Igreja, de fato, é chamada a semear o fermento e o sal do Evangelho, o amor e a misericórdia de Deus que atingem todos os homens, apontando a meta ultraterrena e definitiva do nosso destino, enquanto à sociedade civil e política toca a árdua tarefa de articular e encarnar na justiça e na solidariedade, no direito e na paz, uma vida cada vez mais humana. Para quem vive a fé cristã, isto não significa fuga do mundo ou procura de qualquer tipo de hegemonia, mas serviço ao homem, ao homem todo e a todos os homens, a partir das periferias da história e tendo desperto o sentido da esperança que impulsiona a trabalhar pelo bem apesar de tudo e olhando sempre além.
O Senhor me pergunta ainda, na conclusão de seu primeiro artigo, o que dizer aos irmãos judeus a respeito da promessa feita por Deus a eles: esvaziou-se completamente? Este é – acredite-me – um questionamento que nos interpela radicalmente, como cristãos, porque, com a ajuda de Deus, sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, temos redescoberto que o povo judeu é ainda, para nós, a raiz santa da qual germinou Jesus. Eu também, na amizade que cultivei ao longo de todos esses anos com irmãos judeus, na Argentina, muitas vezes na oração interroguei a Deus, de modo particular quando recordava a terrível experiência da Shoah. O que lhe posso dizer, com o apóstolo Paulo, e que nunca se acabou a fidelidade de Deus à aliança feita com Israel e que, através das terríveis provas destes séculos, os judeus conservaram a sua fé em Deus. E por isto, nunca seremos suficientemente gratos a eles, como Igreja, mas também como humanidade. Esses, perseverando na fé no Deus da aliança, recordam todos, também nós cristãos, o fato que estamos sempre na espera do retorno do Senhor, como peregrinos, e, portanto, devemos estar abertos para ele e nunca apoiar-nos no que já tenhamos atingido.
Agora trato das três questões que o Sr. me propôs no artigo de 07 de agosto. Me parece que, nas duas primeiras, o que lhe interessa é entender o comportamento da Igreja com relação aos que não partilham a fé em Jesus. Antes de tudo, me pergunta se o Deus dos cristãos perdoa quem não crê e não busca a fé. Antecipando que – e é o fundamental – a misericórdia de Deus não tem limites se se volta a ele de coração sincero e contrito, a questão para quem não crê em Deus está em obedecer à própria consciência. O pecado, também para quem não tem fé, existe quando se vai contra a consciência. Escutar e obedecer a ela significa, de fato, decidir-se diante do que é percebido como bem ou como mal. E sobre essa decisão se joga a bondade ou a maldade do nosso agir.
Em segundo lugar, me pergunta se o pensamento segundo o qual não existe nenhum absoluto e, consequentemente, nenhuma verdade absoluta, mas somente uma série de verdades relativas e subjetivas, seja um erro ou um pecado. Para começar, eu não falaria, nem mesmo para quem crê, de verdade “absoluta”, no sentido que absoluto é o que é desligado, o que é privado de qualquer relação. Ora, a verdade, segundo a fé cristã, é o amor de Deus por nós em Jesus Cristo. Portanto, a verdade é uma relação! Tanto é verdade, que cada um de nós a compreende e a exprime a partir de si: da sua história e cultura, da situação em que vive, etc. Isto não significa que a verdade seja variável e subjetiva. Ao contrário. Mas significa que ela se dá a nós sempre e só como um caminho e uma vida. Jesus não disse “Eu sou o caminho, a verdade, a vida”? Em outros termos, a verdade, sendo definitivamente uma com o amor, requer a humildade e a abertura para ser buscada, acolhida e expressa. Portanto, é necessário um bom entendimento a respeito dos termos e, talvez, sair da estreiteza de uma contraposição... absoluta, impostar novamente em profundidade a questão. Penso que isto seja absolutamente necessário para entabular o diálogo sereno e construtivo que eu auspiciava no início desse meu dizer.
Na última pergunta, o Sr. me pergunta se, com o desaparecimento do homem sobre a terra, desaparecerá também o pensamento capaz de pensar Deus. Certo, a grandeza do homem está no poder pensar Deus. E no poder viver uma relação consciente e responsável com Ele. Mas a relação existe entre duas realidades. Deus – este é o meu pensamento e esta é minha experiência, mas quantos, ontem e hoje, a condividem! – não é uma ideia, ainda que elevadíssima, fruto do pensamento do homem. Deus é realidade com “R” maiúsculo. Jesus no-lo revela – e vive a relação com Ele – como um Pai de bondade e misericórdia infinita. Deus não depende, portanto, do nosso pensamento. De resto, também quando viesse a acabar a vida do homem sobre a terra – e para a fé cristã, em todo caso, este mundo assim como o conhecemos é destinado a acabar –, o homem não cessará de existir e, de um modo que não sabemos, também com ele o universo criado. A Escritura fala de “novos céus e nova terra” e afirma que, no fim, no onde e no quando que estão além de nós, mas para os quais, na fé, tendemos com desejo e esperança, Deus será “tudo em todos”.
Egrégio Dr. Scalfari, concluo assim estas minhas reflexões, suscitadas pelo que o Sr. quis me comunicar e perguntar. Acolha como resposta provisória mas sincera e confiante ao convite que lhe dirigi de fazer um percurso de caminho juntos. A Igreja, creia-me, apesar de todas as lentidões, infidelidades, erros e pecados que pode ter cometido e pode ainda cometer nos que a compõem, não tem outro sentido e fim a não ser o de viver e testemunhar Jesus: Ele que foi enviado pelo Abbá “a levar aos pobres o alegre anúncio, a proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a vista, e por em liberdade os oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).
Com proximidade fraterna,
Francisco.



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CENTENÁRIO DA ORDEM DOS AGOSTINIANOS RECOLETOS

ORDEM DOS AGOSTINIANOS RECOLETOS

O Centenário da declaração dos agostinianos recoletos como Ordem religiosa, se encerrou solenemente em nove países.


O ano do Centenário do reconhecimento dos agostinianos recoletos como Ordem religiosa, inaugurado dia 16 de setembro de 2012, foi concluído no último dia 15.

A celebração dos cem anos do Breve Religiosas Familias foi uma ocasião providencial para iluminar a tessitura de revitalização e reestruturação em que a Ordem se encontra.

O encerramento mais solene, presidida pelo Núncio pontifício em Colômbia e com a participação do Prior Geral, teve lugar em Bogotá.


Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Outubro 2013
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP
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ACONTECEU NA ARQUIDIOCESE

CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

1. Papa nomeia Cardeal Cláudio Hummes como seu representante em celebração no Paraguai.

O Santo Padre nomeou o prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal brasileiro Cláudio Hummes, como seu enviado especial às celebrações conclusivas do 25º aniversário da canonização de São Roque González de Santa Cruz e dos Companheiros mártires, que serão realizadas em Assunção, no Paraguai, em 15 de novembro de 2013.
São Roque e seus companheiros foram alguns dos primeiros mártires sul-americanos. Foram assassinados pelos índios em 1628 e canonizados pelo papa João Paulo II. Roque González nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576.

2. Material da Campanha para Evangelização 2013 é divulgado pela CNBB
Já estão disponíveis para download no site da Conferência os materiais da Campanha para a Evangelização 2013. O evento tem início na solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo em 24 de novembro e se estende até o 3º domingo do Advento.
A Coleta Nacional será realizada em 15 de dezembro nas paróquias e comunidades do Brasil. O resultado é todo direcionado para os trabalhos de evangelização, nos vários níveis: diocesano (45% do total arrecadado), regional (20%) e nacional (35%).
A Campanha para a Evangelização foi instituída pelos bispos em 1997 e realizada pela primeira vez em 1998, com o objetivo de despertar nos fieis o compromisso evangelizador e a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais da Igreja no Brasil. A CE tem o slogan “evangeli.já”, que faz referência a palavra evangelizar. 
O presidente da Comissão Episcopal da Campanha para a Evangelização, dom Murilo Ramos Krieger, explica o lema Eu vos anuncio uma grande alegria!", proposto para este ano. “Queremos que a CE de 2013 seja marcada pela alegria - alegria que nasce do dom que o Pai nos faz de Seu Filho Jesus no Natal; alegria pelo privilégio de termos sido chamados para ser evangelizadores. Por isso, escolhemos como lema da CE de 2013 o anúncio dos anjos aos pastores de Belém”.


3. Região Episcopal Lapa peregrinou no dia 15/09 no Ano da Fé

O arcebispo cumprimentou dom Júlio, o clero, os leigos e falou que, peregrinar até a Catedral a fim de  renovar a Profissão de Fé tem um significado especial, pois é feito como parte da Igreja num todo, haja vista que a Catedral é a Igreja Mãe de todas as igrejas da Arquidiocese e Nela, todos professam a mesma Fé: “Unidos na Fé que se professa junto com o Papa, os cristãos, e católicos do mundo inteiro”.

Neste Ano da Fé, onde todos os cristãos são convidados a renovar e aprofundar o encontro com Deus e a resposta da fé, dezenas de fieis e religiosos dos cinco setores da região Lapa (Butantã, Lapa, Leopoldina, Pirituba e Rio Pequeno) se concentraram no Pátio do Colégio, peregrinaram à Catedral da Sé na tarde de domingo, 15/9, e assistiram a missa presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, e concelebrada por dom Julio Endi Akamine - vigário episcopal para a Região Lapa.

Dom Julio disse que a caminhada feita pela Região Lapa caracteriza a Fé e o reconhecimento precioso, que é o encontro pessoal com Jesus Cristo: “A Fé nos ilumina, ilumina a nossa caminhada. Ela dá sentido as nossas canseiras, nos faz fortes diante dos sofrimentos, angústias e atribulações”.

Ele também pediu que celebrassem com Fé, esperança e alegria a eucaristia, e reforçou o quão é importante a Fé na vida daquele que a tem: “A Fé nos faz mais esperançosos, porque sabemos e experimentamos que somos amados, esperados e desejados por Deus”.




Jornal Online “A Voz de Lourdes” - Outubro 2013
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ACONTECEU NA PARÓQUIA

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes

1. Aniversário de 20 anos do Sopão - 14.09.2013


Dia 14 de setembro foi comemorado na parte da manhã, no salão de festas, o 20º Aniversário do Sopão.

Após uma celebração litúrgica aconteceu um belíssimo almoço para as pessoas que são atendidas por este serviço de caridade e à noite houve uma Missa de Ação de Graças, com a presença daqueles que trabalham na Obra.



Leia abaixo o que está escrito no site da Paróquia: www.pnslourdes.com.br atualizado:

“Tive fome e me destes de comer, tive sede e 
me destes de beber, era peregrino e me acolhestes”
(Mt 25,35).


Falar do “sopão” é falar de uma das obras mais bonitas que há em nossa Paróquia.    Este é um trabalho que começou a 20 anos, no dia 14 de setembro do ano de 1993, com o incentivo do então pároco Frei Egisto Cansian.

A princípio, o trabalho era realizado em parceria com as paróquias do Setor Leopoldina, o Pronto-Socorro da Lapa e a Seicho-no-ie. Servia-se, uma vez na semana, somente a sopa que vinha do Pronto-Socorro; daí o nome de “sopão”.

Hoje em dia é somente a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes a responsável pela comida. É servida cerca de 180 refeições de segunda a sexta-feira, as 18:00hs, a moradores de rua.

Atualmente, contamos com a colaboração de cinco equipes que nos auxiliam na preparação e no serviço das refeições. É um trabalho totalmente voluntário.

Quanto às doações, é a própria comunidade que nos ajuda; não temos nenhum vínculo governamental. A comunidade nos doa o arroz, feijão, óleo, macarrão, sal, farinha de mandioca, molho de tomate, vinagre, etc.   Do CEASA ganhamos as verduras e legumes e da avícola, os frangos. Nosso sincero agradecimento a todos! Gás e material de limpeza cabe à própria Igreja comprar.

Seja um doador, contamos com sua colaboração!

Neste ano de 2013 estamos comemorando os 20 anos de um lindo serviço aos moradores de rua, que são o rosto do próprio Jesus Cristo que se manifesta no meio de nós, em nossa Comunidade e na Paróquia.

CONTAMOS COM SUA AJUDA!!!


2. ENCONTRO DE NOIVOS

No dia 21 de setembro aconteceu na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes de Vila Hamburguesa o 3° Encontro de Noivos.

A Pastoral da Família ajudou a refletir e dialogar a respeito do matrimônio.

Participaram dez casais de noivos.



3. ESCOLA DA FÉ

Para viver mais intensamente o Ano da Fé, o Grupo de Oração Nossa Senhora de Lourdes da Paróquia preparou três noites de palestras, com o tema central: ‘’Senhor, aumentai nossa fé!”, da 2ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo Ano da Fé 2013-2013, escrita pelo Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer.

O primeiro tema: “Senhor, aumentai a nossa fé!” (Lc 17,5) foi apresentado pelo Frei Marcus Dorrigo Leite; o segundo tema: “A fé vem da pregação da Palavra de Cristo!”( cf. Rm 10,17), reflexão feita por Sérgio Bonadiman e o terceiro tema: “Acabei a minha corrida, guardei a fé”( 2Tm 4,7) esteve a cargo do Padre Édson.

A participação dos leigos foi em média de trinta pessoas por cada noite. O Grupo de Oração esteve à frente com as orações e cantos. Agradece a todos pela participação. E aguarda todos para próximos encontros da Escola da Fé.


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SANTOS E CELEBRAÇÕES - OUTUBRO

SANTOS E CELEBRAÇÕES DE OUTUBRO

01 - Santa Teresinha do Menino Jesus
02 - Santos Anjos da Guarda
03 - Bem-aventurados de Soveral, Ambrósio F. Ferro e companheiros
04 - São Francisco de Assis
05 - São Benedito
07 - Nossa Senhora do Rosário
09 - São Dionísio e Companheiros - São João Leonardi
12 - Nossa Senhora Aparecida
14 - São Calixto
15 - Santa Teresa de Jesus (Teresa D´Ávila)
16 - Santa Edwiges - Santa Margarida Maria Alacoque
17 - Santo Inácio de Antioquia
18 - São Lucas, Evangelista
19 - São João de Brébeuf e Santo Isaac Jogues e Companheiros - São Paulo da Cruz.
23 - São João de Capistrano
24 - Santo Antônio Maria Claret
25 - Santo Antônio de Sant’Ana Galvão
26 - Santa Maria no Sábado
28 - São Simão e São Judas Tadeu, Apóstolos

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA, Padroeira do Brasil


Na segunda quinzena de outubro de 1717, três pescadores, Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, ao lançarem sua rede para pescar nas águas do Rio Paraíba, colheram a Imagem de Nossa Senhora da Conceição, no lugar denominado Porto do Itaguaçu. Filipe Pedroso levou-a para sua casa conservando-a consigo até 1732, quando a entregou a seu filho Atanásio Pedroso.

Este construiu um pequeno oratório onde colocou a Imagem da Virgem que ali permaneceu até 1743. Todos os sábados, a vizinhança reunia-se no pequeno oratório para rezar o terço.

Devido à ocorrência de milagres, a devoção a Nossa Senhora começou a se divulgar, com o nome dado pelo povo de Nossa Senhora Aparecida. A 26 de julho de 1745 foi inaugurada a primeira Capela. Como esta, com o passar dos anos, não comportasse mais o número de devotos, iniciou-se em 1842 a construção de um novo templo inaugurado a 8 e dezembro de 1888.

Em 1893, o Bispo diocesano de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, elevou-o à dignidade de “Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida”.

A 8 de setembro de 1904, por ordem do Papa Pio X, a Imagem milagrosa foi solenemente coroada, e a 29 de abril de 1908 foi concedido ao Santuário o título de Basílica menor.

O Papa Pio XI declarou e proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil a 16 de julho de 1930, “para promover o bem espiritual dos fiéis e aumentar cada vez mais a devoção à Imaculada Mãe de Deus”.

A 5 de março de 1967 o Papa Paulo VI ofereceu a “Rosa de Ouro” à Basílica de Aparecida.

Em 1952 iniciou-se a construção da nova Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, solenemente dedicada pelo Papa João Paulo II a 4 de julho de 1980.


SANTO ANTÔNIO DE SANT’ANA GALVÃO - O primeiro santo brasileiro

Há seis meses ocorreu a canonização em terras brasileiras, do primeiro santo nascido aqui. Todos temos nos olhos e no coração as imagens de fé e alegria desse evento único da nossa história.

Foi em 11 de maio 2007, quando cerca de um milhão de pessoas testemunharam no Campo de Marte, em São Paulo, o Papa Bento XVI canonizar Frei Galvão, pronunciando a fórmula de canonização: "... declaramos e definimos como Santo o beato Antônio de Sant'Anna Galvão e o inscrevemos na Lista dos Santos e estabelecemos que, em toda a Igreja, ele seja devotamente honrado entre os santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".

As canonizações ocorrem normalmente no Vaticano, mas o Papa decidiu realizar a cerimônia no Brasil como homenagem ao país de maior número de católicos do mundo. Frei Galvão foi inscrito na glória dos Santos como: Santo Antonio de Sant'Anna Galvão.

Sua memória litúrgica ocorre em 25 de outubro. Este franciscano paulista tornou-se santo 185 anos após sua morte, ocorrida em 1822.

A Postuladora da causa de canonização do novo santo, Irmã Célia Cadorin, definiu-o como 'a ternura de Deus'. "Ele devia ser um padre, um Frei de uma delicadeza, de uma ternura, de uma bondade, sobretudo para com os pobres. Ele é o frade da oração. Tinha um coração compassivo para com os doentes e os pecadores, a todos transmitia uma paz muito grande".

O novo Santo foi 'bem normal': nada de cilícios ou penitências extremadas, mas deixou-nos belo testemunho marcado de simplicidade franciscana ao alcance de todos, mesmo hoje em dia. Viveu a santidade na vida do dia-a-dia como homem de oração, pregador, confessor, missionário popular, pedreiro e também porteiro do Convento São Francisco, no centro de São Paulo. Como porteiro, alegre e cordial, acolhia bem todas as pessoas. É reconhecido como frade da paz e da caridade. Foi também grande devoto de Maria.

O provincial dos Franciscanos de São Paulo, Frei Augusto Koenig, disse que "não basta bater palmas por termos o primeiro Santo brasileiro. É preciso imitar suas virtudes, ser missionário como ele o foi, ter amor aos pobres como ele o teve, ser pacificador, defender a justiça e salvaguardar a vida. (...) Se alguém não é simpático pelas 'pílulas do Frei Galvão' pelo menos não ridicularize, pois, enfim, Deus fez falar até a mula de Balaão" (Nm 22,28).

Frei Galvão morreu em 23 de dezembro de 1822, assistido pelo superior e pelos confrades e sacerdotes, que admiravam suas virtudes e a sua vida apostólica. Foi sepultado diante do altar mor da igreja do Mosteiro da Luz.

Frei Galvão é o primeiro Santo franciscano nesta terra na qual os Franciscanos tiveram a graça de celebrar a primeira Missa. Tudo isso é significativo e nos compromete a 'recomeçar sempre de novo', com ardor e alegria em nossa missão. O mundo precisa de 'outros' Franciscos, Antônios, Galvões... Você aceita?

Frei Jorge Hartamann- OFM



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