1 – Primeiro ano do pontificado do Papa Francisco
O Papa Francisco completou no dia13 de março, um ano de
pontificado. Para celebrar esta data, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer,
arcebispo metropolitano, enviou uma carta convidando os Párocos,
Administradores e Vigários Paroquiais, e todo o povo da Arquidiocese de São
Paulo, a participar da Missa em ação de graças pelo aniversário de pontificado
do Santo Padre, no próprio dia 13, às 12h, na Catedral da Sé
O Jornal O São Paulo, semanário da Arquidiocese, na edição 2992,
produziu uma edição especial com uma série de reportagens sobre o primeiro ano
de pontificado do Papa Francisco, conforme transcrito a seguir:
O papa
Francisco concedeu uma entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”,
tratando de assuntos relevantes do seu primeiro ano de pontificado. Desde a
apresentação no balcão da Basílica de São Pedro, na noite de 13 de março de
2013, o Bispo de Roma lidou com diversos assuntos, tais como a Nova
Evangelização, a reforma da Cúria Romana, a família, os escândalos de pedofilia
e a pobreza na Igreja. Com perspicácia e bom humor, o Santo Padre falou desses
temas, comentando ainda sobre certa “mitologia” criada em torno de sua imagem,
e sobre suas relações com Bento 16.
Relações com Bento 16
“O papa Emérito não é uma estátua em um museu. É uma
instituição. Não estávamos acostumados. Sessenta ou setenta anos, o bispo
emérito não existia. Veio depois do Concílio. Hoje, é uma instituição. A mesma
coisa deve acontecer com o papa Emérito. Bento 16 é o primeiro, e talvez haverá
outros. Não sabemos. Ele é discreto, humilde, não quer perturbar. Falamos a
respeito e decidimos juntos que seria melhor que ele visse pessoas, saísse e
participasse da vida da Igreja. Uma vez, ele veio aqui para a bênção da estátua
de São Miguel Arcanjo, depois ao almoço em Santa Marta, e, depois do Natal, eu
lhe dirigi o convite de participar do Consistório, e ele aceitou. A sua
sabedoria é um dom de Deus. Alguns gostariam que ele se retirasse para uma
abadia beneditina longe do Vaticano. Eu pensei nos avós que, com a sua sabedoria,
os seus conselhos, dão força à família e não merecem acabar em uma casa de
repouso.”
Modo de governo
“O Papa não está sozinho no seu trabalho, porque está
acompanhado e é aconselhado por muitos. E seria um homem sozinho se decidisse
sem ouvir ou fingindo ouvir. Mas há um momento, quando se trata de decidir, de
colocar uma assinatura, em que ele está sozinho apenas com o seu senso de
responsabilidade.”
Projetos de mudança
“Em março passado, eu não tinha nenhum projeto de mudança da
Igreja. Eu não esperava essa transferência de diocese, digamos assim. Comecei a
governar tentando colocar em prática o que havia surgido no debate entre
cardeais nas várias Congregações. No meu modo de agir, espero que o Senhor me
dê a inspiração. Dou-lhe um exemplo. Falou-se do cuidado espiritual das pessoas
que trabalham na Cúria, e começaram a fazer retiros espirituais. Devia-se dar
mais importância aos Exercícios Espirituais anuais: todos têm o direito de
passar cinco dias em silêncio e meditação, enquanto antes, na Cúria, ouviam-se
três pregações por dia, e depois alguns continuavam trabalhando.”
Imagem pública
“Eu gosto de estar entre as pessoas, junto com quem sofre, ir às
paróquias. Não me agradam as interpretações ideológicas, uma certa mitologia do
papa Francisco. Quando se diz, por exemplo, que ele sai de noite do Vaticano
para ir dar de comer aos sem-teto na Via Ottaviano. Isso nunca me veio à mente.
Sigmund Freud dizia, se não me engano, que em toda idealização há uma agressão.
Pintar o Papa como uma espécie de super-homem, uma espécie de estrela,
parece-me ofensivo. O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem
amigos, como todos. Uma pessoa normal.”
O Papa e o marxismo
“Nunca compartilhei a ideologia marxista, porque não é
verdadeira, mas conheci muitas pessoas boas que professavam o marxismo.”
Escândalos e abusos
“Os casos de abuso são terríveis, porque deixam feridas muito
profundas. Bento 16 foi muito corajoso e abriu um caminho. A Igreja, nesse
caminho, fez muito. Talvez mais do que todos. As estatísticas sobre o fenômeno
da violência contra as crianças são impressionantes, mas também mostram com
clareza que a grande maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar e na
vizinhança. A Igreja Católica talvez seja a única instituição pública que se
moveu com transparência e responsabilidade. Ninguém fez mais. No entanto, a
Igreja é a única a ser atacada.”
Uniões civis homo afetivas
“O matrimônio é entre um homem e uma mulher. Os Estados laicos
querem justificar as uniões civis para regular diversas situações de
convivência, impulsionados pela exigência de regular aspectos econômicos entre
as pessoas, como por exemplo, assegurar a assistência de saúde. Trata-se de
pactos de convivência de várias naturezas, dos quais eu não saberia elencar as
diversas formas. É preciso ver os diversos casos e avaliá-los na sua
variedade.”
2 – São Paulo ganha 1ª Faculdade de Direito Canônico do
Brasil
A Congregação para a Educação Católica,
departamento da Cúria Romana, aprovou, com decreto assinado no dia 26 de
fevereiro, a ereção da Faculdade de Direito Canônico
São Paulo Apóstolo, primeira do gênero no Brasil.
O anúncio foi feito na manhã
de segunda-feira, dia 17, pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo
Metropolitano de São Paulo.
A nova faculdade será
instalada no dia 7 de abril, em Ato Acadêmico Solene às 9h30, na sede da
faculdade (avenida Nazaré, 993 - Ipiranga), com a presença do Núncio Apostólico
no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello.
3 – Padre José de Anchieta será proclamado santo pelo
Papa
O Vaticano
confirmou, em notícia publicada na Rádio Vaticano, que o Papa Francisco irá
proclamar santo, por meio de decreto, no dia 2 de abril o Beato José de
Anchieta, Jesuíta, um dos fundadores da cidade de São Paulo, que
desenvolveu uma intensa ação evangelizadora não só em São Paulo, mas também em
outros estados brasileiros, como Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro.
No próprio dia 2 de abril, em
todas as Igrejas da Arquidiocese de São Paulo, às
14h, haverá repicar dos sinos pela canonização de Anchieta. Haverá uma surpresa
para quem comparecer à Praça da Sé.
A Igreja de São
Paulo está em festa e convida todos a participar da Missa em ação de graças
pela canonização de Anchieta, no domingo, 06 de abril, às 11h, na Catedral da Sé. A
celebração será transmitida ao vivo pela
TV Cultura e retransmitida, por meio de pool, por emissoras
católicas, como a Canção Nova, Rede Vida e TV Aparecida, as que, até
o momento, confirmaram.
Saiba mais em:
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Abril 2014
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa - SP