terça-feira, 3 de abril de 2018

A PALAVRA DO PÁROCO

Queridos paroquianos!

Entramos em abril e iniciamos já no primeiro dia com a celebração da Ressurreição de Jesus. É a Páscoa do Senhor.  A Páscoa não se limita a uma celebração. Mais que isso, insiste na atividade de caminhar, de correr para buscar a Ressurreição de Jesus. Corrida para um endereço concreto, o túmulo vazio, de onde se parte para evangelizar com a palavra e com atitudes libertadoras. A Páscoa de Jesus é o projeto para que cada discípulo e discípula passe (faça sua Páscoa) por este mundo, a exemplo do Ressuscitado, fazendo o bem.

"Vós sereis testemunhas de tudo isso", conclui o Evangelho de João neste segundo domingo de abril. De tudo, o quê? De Jesus que passou entre nós fazendo o bem, promovendo a vida, de acordo com a lógica divina. Um testemunho não para ensinar doutrinas, mas para converter-se, modelando a própria vida no seu modo de viver, a fim de que todos se tornem discípulos e discípulas de Jesus Cristo. Esta é a grande obra evangelizadora da Igreja: propor o discipulado ao mundo. Um desafio e um programa de vida muito apropriado a ser refletido no Ano do Laicato.

Ainda neste mês de abril estaremos celebrando o domingo do Bom Pastor rezando pelas vocações. Na mensagem para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de 2018, o Papa Francisco diz que cada vida é fruto de uma vocação divina e indica caminhos para discerni-la porque “não estamos submersos no acaso, nem à mercê duma série de eventos caóticos; ao contrário, a nossa vida e a nossa presença no mundo são frutos duma vocação divina”.

O Pontífice afirmou que Deus não cessa de vir ao encontro do homem e o acompanha ao longo das estradas “poeirentas” da vida. Nesta dinâmica, o Papa destaca três aspectos ligados à vocação pessoal e eclesial de cada pessoa: a escuta, o discernimento e a vida.

Escutar — Francisco explicou que o chamado do Senhor não possui a evidência própria das muitas coisas que se pode ouvir, ver ou tocar na experiência diária de cada um, mas acontece de forma silenciosa e discreta. Por isso, “é preciso preparar-se para uma escuta profunda da sua Palavra e da vida, prestar atenção aos próprios detalhes do dia-a-dia, aprender a ler os acontecimentos com os olhos da fé e manter-se aberto às surpresas do Espírito”.

Discernir — O Papa destacou que cada pessoa só pode descobrir a própria vocação através do discernimento espiritual. “Um ‘processo pelo qual a pessoa, em diálogo com o Senhor e na escuta da voz do Espírito, chega a fazer as opções fundamentais, a começar pela do seu estado da vida'”. Francisco apontou que também hoje há grande necessidade do discernimento e da profecia, de superar as tentações da ideologia e do fatalismo e de descobrir, no relacionamento com o Senhor, os lugares, instrumentos e situações através dos quais ele chama a cada um.

Viver — O Santo Padre evidenciou que a missão cristã é para o momento presente e que a “alegria do Evangelho” não pode esperar pelas lentidões e preguiças de cada um. “Não nos toca, se ficarmos debruçados à janela, com a desculpa de continuar à espera dum tempo favorável; nem se cumpre para nós, se hoje mesmo não abraçarmos o risco duma escolha. A vocação é hoje!”.

Por fim, no dia 24 de abril nossa Ordem Agostiniana celebra a Conversão de Nosso Pai Santo Agostinho. Neste ano de 2018 iniciaremos em toda a ordem a Expedição Vocacional 2018 no dia da celebração da conversão de Santo Agostinho. Será uma ocasião de rezarmos e refletirmos sobre as vocações de que tanto necessita a Igreja e nossa Ordem. “Se amas a Cristo Segue-o” este será nosso lema neste ano de 2018. Que possamos amá-lo e seguí-lo neste mês e durante  este ano de 2018 com a Expedição Vocacional OAR.


Frei Alcimar Fioresi, OAR


Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Abril de 2018
Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval Neves
Responsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SP
Site da Paróquiahttp://www.pnslourdes.com.br