“Levante a voz pela Amazônia”, pede CNBB em
nota
A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu nota sobre a situação
em que classifica de “absurdos incêndios” e outras criminosas depredações em
curso na Amazônia. Estas atitudes, segundo o documento, requerem
posicionamentos adequados. “É urgente que os governos dos países amazônicos,
especialmente o Brasil, adotem medidas sérias para salvar uma região
determinante no equilíbrio ecológico do planeta – a Amazônia. Não é hora de
desvarios e descalabros em juízos e falas”, diz a nota.
No
documento, a CNBB ressalta que Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, convocado
pelo papa Francisco para outubro próximo, no cumprimento de sua tarefa
missionária e da evangelização, é sinal de esperança e fonte de indicações
importantes no dever de preservar a vida, a partir do respeito ao meio
ambiente.
Confira,
abaixo, a íntegra o documento:
Nota da CNBB
O povo brasileiro, seus
representantes e servidores têm a maior responsabilidade na defesa e
preservação de toda a região amazônica. O Brasil possui significativa extensão
desse precioso território, com o rico tesouro de sua fauna, flora e recursos
hidrominerais. Os absurdos incêndios e outras criminosas depredações requerem,
agora, posicionamentos adequados e providências urgentes. O meio ambiente
precisa ser tratado nos parâmetros da ecologia integral, em sintonia com o
ensinamento do Papa Francisco, na sua Carta Encíclica Laudato Si’, sobre o cuidado com a casa comum.
“Levante a voz pela Amazônia” é um
movimento, agora, indispensável, em contraposição aos entendimentos e escolhas
equivocados. A gravidade da tragédia das queimadas, e outras situações
irracionais e gananciosas, com impactos de grandes proporções, local e
planetária, requerem que, construtivamente, sensibilizando e corrigindo rumos,
se levante a voz.
É hora de falar, escolher e agir com
equilíbrio e responsabilidade, para que todos assumam a nobre missão de
proteger a Amazônia, respeitando o meio ambiente, os povos tradicionais, os
indígenas, de quem somos irmãos. Sem assumir esse compromisso, todos sofrerão
com perdas irreparáveis.
O Sínodo dos bispos sobre a Amazônia,
em outubro próximo, em sintonia amorosa e profética com a convocação do Papa
Francisco, no cumprimento da tarefa missionária e da evangelização, é sinal de
esperança e fonte de indicações importantes no dever de preservar a vida, a
partir do respeito ao meio ambiente.
“Levante a voz” para esclarecer,
indicar e agir diferente, superar os descompassos vindos de uma prolongada e
equivocada intervenção humana, em que predominam a “cultura do descarte” e a
mentalidade extrativista. A Amazônia é uma região de rica biodiversidade,
multiétnica, multicultural e multirreligiosa, espelho de toda a humanidade que,
em defesa da vida, exige mudanças estruturais e pessoais de todos os seres
humanos, Estados e da Igreja.
É urgente que os governos dos países
amazônicos, especialmente o Brasil, adotem medidas sérias para salvar uma
região determinante no equilíbrio ecológico do planeta – a Amazônia. Não é hora
de desvarios e descalabros em juízos e falas. “Levante a voz” na voz profética
do Papa Francisco ao pedir, a todos os que ocupam posições de responsabilidade
no campo econômico, político e social: “Sejamos guardiões da criação”.
Vamos construir juntos uma nova ordem
social e política, à luz dos valores do Evangelho de Jesus, para o bem da
humanidade, da Panamazônia, da sociedade brasileira, particularmente dos pobres
desta terra. É indispensável para promovermos e preservarmos a vida na Amazônia
e em todos os outros lugares do Brasil. Em diálogos e entendimentos lúcidos,
que se “levante a voz”!
Brasília-DF, 23 de agosto de 2019
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler, OFM
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio
de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB
Mês da Bíblia reforçará o conhecimento da
Sagrada Escritura
O mês de
setembro se tornou referência para o estudo e a contemplação da Palavra de
Deus, tornando-se em todo o Brasil, desde 1971, o Mês da Bíblia. Desde o
Concílio Vaticano II, convocado em dezembro de 1961, pelo papa João XXIII, a
Bíblia ocupou espaço privilegiado na família, nos círculos bíblicos, na
catequese, nos grupos de reflexão, nas comunidades eclesiais.
Este ano,
2019, a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia, em sintonia com a Comissão
Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), dando continuidade ao ciclo do tema “Para que
n’Ele nossos povos tenham vida”, propondo o estudo da Primeira Carta de João
com destaque para o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19).
“Na realidade ainda não tinha sido
contemplado este escrito, então se o objetivo do Mês da Bíblia é favorecer o
conhecimento da Sagrada Escritura, era hora de colocar ante os olhos da nossa
gente, do nosso povo também esse escrito tão bonito”, salientou o presidente da
Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo.
Dom Peruzzo explica que o texto foi
redigido para uma comunidade mergulhada em muitas incertezas e interrogações.
“Naquela época, eles se questionavam se eram mesmos amados por Deus e por Jesus
Cristo, se eram eleitos. Havia muitas hostilidades no mundo circunstante,
hostilidade aos cristãos e também tensões internas, então o texto foi escrito
para dar respostas”, salienta o bispo.
Essas respostas, segundo dom Peruzzo,
afirmam que somos sim amados por Deus e por Jesus Cristo. “Sempre perceberemos
este amor se de fato crermos que Ele, Jesus Cristo é filho de Deus e participou
de nossas histórias. Se o acolhermos como ele foi revelado, como ele se
apresentou e se entre nós vive a fraternidade e o amor, daí a ênfase na
fraternidade, no perdão, no convívio salutar, tudo por causa de Deus e quem o
revelou: Jesus Cristo”, aponta.
Ainda de
acordo com dom Peruzzo convencionou-se que o Mês da Bíblia fosse comemorado em
setembro, e na ocasião, a Igreja sempre propõe um livro para ser estudado, como
é o caso do deste ano. “A proposta é que ao longo do tempo e a cada ano
conhecendo, estudando, orando, lendo cada vez um destes livros, o discipulado
tenha crescido a familiaridade com a Palavra”, finaliza o bispo.
Texto-base
No
texto-base para o Mês da Bíblia, lançado pela Editora CNBB, logo em suas
primeiras páginas são dadas algumas orientações básicas sobre a Primeira Carta
de João, importantes para situá-la em seu contexto histórico, literário e
teológico.
À medida que o leitor avança poderá encontrar informações básicas
referentes ao gênero literário, ao autor e aos interlocutores, aos temas
teológicos principais, à época e ao lugar de composição da Carta.
Nos
capítulos seguintes, o autor busca fazer uma exposição passo a passo. O
subsídio já está à venda e pode ser adquirido no site da Edições CNBB: www.edicoescnbb.com.br
Jornal Online “A Voz de Lourdes” – Setembro de 2019Compilação e Edição: Sérgio Bonadiman - Revisão e Publicação: Dermeval NevesResponsabilidade: PASCOM Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Hamburguesa – SPSite da Paróquia: http://www.pnslourdes.com.br